Uma semana após os desfiles na Sapucaí, uma verdadeira dança das cadeiras ocorreu entre as agremiações do Grupo Especial do Rio de Janeiro, principalmente após a apuração dos resultados na última quarta-feira (14/02). O descontentamento com os resultados levou a uma série de mudanças, refletindo a competitividade e profissionalização crescentes do espetáculo carnavalesco.
Das 12 agremiações do Grupo Especial, todas já têm seus carnavalescos definidos para o próximo ano, indicando uma intensa disputa por talentos no cenário do Carnaval carioca. O retorno à Mocidade da dupla renomada de Renato Lage e Márcia Lage, que fizeram história, conquistando títulos para a verde e branco, é uma das grandes novidades. Assim como Mocidade, Mangueira e Salgueiro, que apostaram em profissionais de São Paulo: Sidnei França, com cinco títulos no carnaval paulistano, foi contratado pela verde e rosa, enquanto Jorge Silveira, atual campeão com a Mocidade Alegre, assume o posto na Vermelho e Branco da Tijuca.
Sete escolas optaram por renovar com seus carnavalescos, incluindo as três primeiras colocadas deste ano: Viradouro, Imperatriz e Grande Rio. Outras tradicionais, como Portela, Vila Isabel, Beija-Flor e Tuiuti também mantiveram seus profissionais. Em busca de renovação, a Unidos da Tijuca, que ficou na penúltima posição, apostou em Edson Pereira, responsável pelo desfile do Salgueiro em 2024. Já a Unidos de Padre Miguel, que estreou no Grupo Especial, após 52 de jejum, surpreendeu ao contratar o multicampeão Alexandre Louzada, ex-carnavalesco da Tijuca.