No tradicional subúrbio da Zona Norte do Rio, Marechal Hermes tem ganhado fama não apenas pela sua polêmica batata-frita, mas também como um dos locais mais procurados para filmagens na cidade. De acordo com números da Rio Film Commission, o bairro ocupa o terceiro lugar nesse ranking, ficando atrás apenas do Centro e do Flamengo.
Com suas casinhas bem preservadas, de muros baixos e ruas largas adornadas por amendoeiras, Marechal Hermes transporta facilmente os visitantes para as décadas de 50 e 60. Este típico bairro histórico do subúrbio carioca, planejado com cerca de 4 quarteirões paralelos, tem sido palco de diversas produções cinematográficas e televisivas, rendendo até o apelido curioso de “Marechalwood”, numa brincadeira que lembra Hollywood.
Entre as produções já gravadas em Marechal, destacam-se novelas como Boogie Oogie, Terra e Paixão, Além do Horizonte, e séries como Encantados, Histórias Impossíveis e Um Dia Qualquer.
Fundado em 1913, Marechal Hermes é um dos bairros mais antigos do subúrbio da Central do Brasil, sendo o primeiro bairro operário e planejado do Brasil. Projetado com traços da arquitetura modernista, o bairro foi inaugurado na presença do Presidente da República Hermes da Fonseca, no dia 1º de maio daquele ano.
Originalmente estritamente residencial, Marechal Hermes foi planejado com uma ampla rede de serviços públicos, incluindo escolas, hospitais e um teatro. A ideia era criar uma vila proletária para os trabalhadores, embora tenha acabado recebendo funcionários públicos e apadrinhados, ao invés dos desabrigados do Morro do Castelo, como inicialmente previsto.
Uma das joias arquitetônicas do bairro é a sua estação ferroviária, inaugurada para facilitar o transporte dos trabalhadores até a Central do Brasil nos anos 1910. A estação, que leva o nome do Marechal Hermes da Fonseca, foi um marco para o crescimento do comércio, urbanização, moradia e saneamento do bairro.
Marechal Hermes está abandonada pela prefeitura há mais de 10 anos. A última obra do bairro foi aproximadamente em 2007, qdo a prefeitura colocou tijolinho nas calçadas. De lá pra cá, nada. A obra tbm foi péssima, pois o lado que é a batata alaga qdo chove. E do outro lado, a Rua Aurélio Valporto fica engarrafada, pois algum ser “inteligente” transformou a rua Sirici em mão única, trazendo um caos ao bairro, pois todo mundo tem que retornar em outra rua. Tremenda burrice feita.
Fora as ruas esburacadas, matagal… As escolas públicas destruídas. Fachadas caindo aos pedaços!