O site oficial da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, indica que existem 10 santuários na cidade desde 1955, quando foi consagrado o Santuário da Medalha Milagrosa, na Tijuca.
Os Santuários são locais de peregrinação, associados à demonstração de fé católica, como a atribuição de um milagre ou guarda de relíquias devocionais. No Rio, estão distribuídos por praticamente toda a cidade, alguns deles também elevados à categoria de Basílica Menor, apresentados na coluna anterior, como a Igreja de Nossa Senhora da Penha de França, elevada a Santuário em 1966 e de São Sebastião dos Frades Capuchinhos, na Tijuca, Santuário em 2014.
Considerando a cronologia das respectivas elevações, seguem os demais.
Segundo a página Filhas da Caridade, o conjunto dedicado a Nossa Senhora foi motivado pela canonização da Irmâ Catarina Labouré, em 1947, vidente de Maria e fundado pelas irmãs vicentinas numa pequena colina tijucana. Em junho de 1949, com a presença do Cardeal D, Jaime Câmara, foi lançada a pedra fundamental do templo, inaugurado em julho de 1955, na rua Dr. Satamini, 333, Tijuca, Rio de Janeiro. Em 2003, a primitiva capela dedicada a Nossa Senhora das Graças e o Santuário da Medalha Milagrosa forma tombados pelo município. Confirmadas essas informações, seria o primeiro Santuário da cidade do Rio de Janeiro.
O complexo da Casa Provincial abriga, além do Santuário, espaços para reuniões, a cripta com o ossário das Irmãs e um hospital considerado de excelência.
Em 1981, completando a fachada monumental do templo, foi assentada, a 60 metros do solo, uma imagem de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, com 5,5 metros de altura, sobre a torre única, à direita do observador que entra na nave principal.
O partido arquitetônico adotado apresenta algumas influências românicas, como o predomínio dos cheios sobre vazios e uma robusta torre sineira, associadas aos arcos ogivais, da arquitetura gótica. É possível identificar algumas semelhanças com o Santuário Nacional de Nossa Senhora da Aparecida, em São Paulo. Externamente, substitui a pedra utilizada na Idade Média pela aplicação de tijolos vermelhos em seu revestimento. Acompanhando as dimensões grandiosas da fachada, a nave conta com pé direito monumental, mas também não utiliza a pedra em seu acabamento, optando por revestimento de tons mais claros.
A página dedicada às Filhas da Caridade registra, ainda, a significativa presença de fiéis às segundas-feiras e no dia 27 de cada mês para a novena perpétua, atingindo seu auge durante as festividades da Virgem da Medalha Milagrosa, em novembro.
Na Ladeira da Freguesia, 375, Freguesia/Jacarepaguá, está localizado o terceiro mais antigo Santuário da cidade, dedicado a Nossa Senhora do Loreto. O conjunto arquitetônico foi tombado provisoriamente pelo INEPAC em 2001, considerando sua importância histórica, artística e cultural.
A Freguesia de Jacarepaguá foi criada no século XVII, sob invocação de Nossa Senhora do Loreto e Santo Antônio e a igreja foi construída no início do século XVIII, recebendo sucessivas reformas até retomar uma fachada semelhante àquela de seus primeiros anos, porém com a inclusão de uma nova torre sineira, na década de 1960, simétrica à original, compondo um partido de matriz clássica: um corpo central retangular, arrematado por frontão triangular, ladeado por duas torres sineiras, simétricas.
Desde 1921 a paróquia é administrada pelos padres barnabitas, que promoveram diversas intervenções no interior, descaracterizando inclusive o altar-mor, que foi restaurado, conforme o partido do século XIX, que alguns denominam equivocadamente de barroco.
Em 1970, atendendo à solicitação do Ministério da Aeronáutica, pois desde 1920 a devoção foi proclamada Padroeira dos Aviadores, o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara concedeu à igreja o título de Santuário Nacional dos Aeronautas. Nossa Senhora do Loreto também é considerada intercessora para obtenção de uma moradia digna, associada à Santa Relíquia que é a Casa de Nossa Senhora, transportada milagrosamente da Terra Santa para Loreto, na Itália.
Na Rua Cosme Velho, 470, no Cosme Velho, ergue-se o Santuário de São Judas Tadeu, composto da Igreja Matriz e Centro Paroquial Monsenhor Bessa. O conjunto foi objeto de uma coluna neste jornal, celebrando o dia dedicado ao Santo, 28 de outubro.
A paróquia foi fundada em 1945 em território desmembrado da Paróquia de Nossa Senhora da Glória, do Largo do Machado, funcionando provisoriamente numa modesta capela dedicada a São Lucas. Por iniciativa do padre Góes, foram realizadas campanhas para arrecadação de fundos destinados à construção de uma matriz digna da devoção. Com projeto do arquiteto Benedito Calixto, foi edificado um templo para 800 fiéis, com planta curvilínea, pé direito alto, arrematado por uma cúpula, inaugurado em 196, com sua elegante fachada com pórtico monumental. Em agosto de 1985, o Cardeal Dom Eugênio Sales sagrou a igreja como Santuário, abrigando um relicário com dois fragmentos de osso de São Judas Tadeu.
O Movimento Mariano de Schoenstatt surgiu às margens do rio Reno, na Alemanha, em 1914, fundado pelo Padre Kentenich. No Brasil conta com 22 santuários, todos com características semelhantes à capela original situada no Vale onde começou. No Rio de Janeiro, na Estrada Dos Bandeirantes, 13.833, em Vargem Pequena, foi aberto, em 1998, o Santuário dedicado à Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt,
A ermida, com sua fachada composta por um telhado com ponto elevado, arrematado por pequena sineira central, está implantada no centro de um grande terreno, com arborização ao fundo. No jardim fronteiro, uma imagem do fundador recebe os fiéis e visitantes. Internamente, imagem de Nossa Senhora está representada em pintura, réplica da imagem original, obra do pintor Luigi Crosiom.
Na Floresta da Tijuca, na base do monumento ao Cristo Redentor, no Corcovado, está a capela do Cristo Redentor, elevado a Santuário Arquidiocesano em 12 de outubro de 2006 pelo Cardeal D. Eusébio Scheid. A pequena capela, disposta sob a imagem monumental com acesso por sua parte posterior, tornou-se o primeiro santuário praticamente a céu aberto no mundo, pois os fiéis participam das celebrações aos pés de uma das sete maravilhas dos tempos modernos, diante do deslumbrante cenário do mar e das montanhas do Rio de Janeiro.
No bairro de Vila Valqueire, na rua da Divina Misericórdia, s/n, foi fundada uma paróquia, em 1983, dedicada à Divina Misericórdia, o primeiro templo no Brasil sob essa devoção. No dia 11 de abril de 2010, o Cardeal Dom Orani Tempesta proclamou a igreja como Santuário da Divina Misericórdia.
A edificação conta com três pisos e acesso através de uma rampa em sua fachada principal, de concepção popular, que permite o acesso à nave principal que pode abrigar cerca de 450 fiéis num amplo salão com ar-condicionado e iluminação por vitrais nas laterais. O altar mor é discreto, sem ornamentação, com poucas imagens. O corpo central da fachada se eleva, ostentando uma cruz latina, sobre o qual assenta uma imagem de Nossa Senhora da Misericórdia com cerca de 3,0 m de altura.
O Santuário Nossa Senhora de Fátima foi construído à Avenida Alfredo Balthazar da Silveira, 900, no Recreio dos Bandeirantes. Trata-se de um dos mais novos Santuários erigidos no Rio de Janeiro, por iniciativa do Cardeal D. Orani Tempesta, em 13 de maio de 2010, um ano após o início da construção da réplica da portuguesa Capela das Aparições, com autorização oficial da original. Este jornal apresentou ampla matéria sobre a edificação em https://diariodorio.com/rio-de-janeiro-tem-seu-proprio-santuario-de-fatima-no-recreio-dos-bandeirantes/.
O templo é um edifício de arquitetura contemporânea, com uma esbelta laje que recobre a nave principal e a própria réplica da capelinha construída na Cova da Iria, em Fátima, Portugal. Os grandes panos de vidro integram interior e exterior, onde existem outras edificações que compõe o conjunto.
No bairro de São Cristóvão Imperial, na rua Fonseca Teles, 109, foi construída uma pequena capela dedicada a Santa Edwiges, Padroeira dos Necessitados que, em 1945, tornou-se sede de Paróquia. Considerando as diminutas dimensões do templo, o padre Gino adquiriu um novo terreno e iniciou obras para ampliação da igreja e construção um complexo para abrigar diversas atividades paroquiais, com auxílio da Pastoral dos Vicentinos.
O conjunto arquitetônico apresenta um partido muito simples para a fachada principal, com repertório semelhantes a alguns edifícios residenciais construídos no mesmo período, recebendo obras constantes que mudam seus revestimentos externos e internos. A nave principal, bem iluminada por generosos vãos, conta com alto pé direito e grande vão livre devido à estrutura de concreto armado em quadros poligonais, abrigando grande número de fiéis,
Em 2011, considerando a importância dos trabalhos realizados e a existência de uma relíquia da Santa vinda da Polônia, o Cardeal Dom Orani Tempesta elevou a igreja à Santuário Arquidiocesano Santa Edwiges.
Certamente outras paróquias na cidade do Rio de Janeiro irão pleitear, com sucesso, elevação à categoria de Santuários, confirmando a devoção dos fiéis diante de seus padroeiros.
Faltou de citar o santuário de Santa Terezinha do menino Jesus na rua mariz e Barros na tijuca ,santuário da adoração perpétua que fica na igreja de Santana. Santuário de nossa senhora da Conceição no bairro de engenho Novo.
Bom dia esqueceu de citar o santuário de adoração perpétua que fica na igreja de Santana na praça 11 . Esse igreja ficava onde hoje fica o prédio da central do Brasil.