Em nossa coluna de história aqui no DIÁRIO DO RIO, recentemente, contamos a história da cidade de São João Marcos, que teve parte de seu território submerso. Contudo, esse não é um caso isolado em nosso estado. Tristão Câmara, localidade da Posse, quinto distrito do município de Petrópolis, passou por algo similar.
No distrito de Tristão Câmara havia uma estação de trem, inaugurada em 1886, que fazia parte do Ramal de São José do Vale do Rio Preto. Era chamada de Figueira. Em 1933, mudou o nome para Tristão Câmara.
O nome é uma referência a Tristão da Cunha Câmara, proprietário da Fazenda Figueira.
Em 1940, o Governo do Estado construiu uma barragem no Rio Preto com o objetivo de produzir energia elétrica para a região. “Com o enchimento da represa que inundou uma grande área naquela região, a estação – bem como o povoado – ficou embaixo d’água”, destacou Amarildo Mayrink, no blog Leopoldina.
Acima, a antiga capela local prestes a ser coberta pela represa.
Uma curiosidade desse fato é que a Igreja de São Sebastião, da fazenda Figueira, nunca ficou embaixo d’água e pode ser vista até hoje em dia no mesmo local. Outro povoado com mesmo nome foi erguido às margens da represa. O Ramal Ferroviário foi desativado em 1947.