UOL decreta fim do home office em plantões jornalísticos

Gigante da comunicação informou às equipes de redação que não haverá mais home office nos seus plantões de fim de semana, feriados e do final de ano, seguindo tendência internacional de eliminação gradual do teletrabalho

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Imagem meramente ilustrativa / Pxhere

Seguindo a tendência de grandes empresas globais, a UOL tomou a decisão de erradicar o home office nos seus plantões de fim de semana, feriados e do final de ano. A gigante da comunicação informou aos jornalistas que acabaria com o trabalho híbrido, medida que levou o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) a enviar, no dia 1º de outubro, uma carta coletiva escrita pela redação à empresa, que ignorou o documento e manteve a decisão, que se coaduna com o que a maioria das empresas tem feito.

Na última quinta-feira (10), o sindicato da categoria fez um apelo à companhia para que dialogasse com a equipe editorial e que ela disponibilizasse, ao menos, transporte aos profissionais que estarão no plantão. As interpelações também foram ignorados pela UOL, contra a qual foi elaborado um manifesto escrito por jornalistas que trabalham na empresa: “Nós, jornalistas do UOL, manifestamos nossa insatisfação com a decisão unilateral da direção de conteúdo de acabar com o home office nos plantões de fim de semana, feriados e no fim do ano (…)”, diz o manifesto que enumera diversas razões que supostamente dificultam o trabalho presencial..

Temos consciência de que a empresa não é obrigada a justificar toda decisão estratégica a seus funcionários, mas, dado o impacto de uma mudança como essa sobre a vida de todos, nós consideramos justo ter a oportunidade de ao menos discuti-la”, dizem os funcionários, aparentemente inconformados com o retorno ao trabalho presencial.

A volta aos escritórios é uma tendência internacional que está sendo adota por companhias do mundo. No dia 1º de outubro, o DIÁRIO DO RIO repercutiu medida semelhante adotada por várias companhias globais, especialmente as gigantes americanas, como: Disney, Apple, Alphabet (do Google), Meta (do Facebook), Salesforce, BlackRock, JP Morgan, e, recentemente Amazon e Dell, que haviam permitido a maior parte dos seus funcionários exercerem o trabalho integralmente em casa durante a pandemia e na fase posterior ao fim da crise sanitária.

Agora, no entanto, as companhias voltaram a exigir a retomada do trabalho presencial cinco dias por semana na empresa, como determinou a Dell Technologies, que emitiu um memorando, em 26 de setembro, determinado que a sua equipe global de vendas voltasse a trabalhar no escritório a partir de 30 de setembro.

Ainda em setembro, a Amazon, de Jeff Bezos, comunicou ao seu corpo funcional que, a partir de 2 de janeiro de 2025, todos os trabalhadores da empresa passarão a trabalhar cinco dias por semana presencialmente.  A posição da companhia norte-americana acompanhou outras empresas, como UPS, Boeing, Goldman Sachs, Tesla, X, entre outras, que já acabaram com o home office, como modelo de trabalho.

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