Rio registra maior temperatura do ano: 43,2°C

Cidade entra no Nível de Calor 3 e enfrenta crise de abastecimento de água em meio ao calor extremo

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A cidade do Rio de Janeiro registrou, nesta quinta-feira (28/11), a temperatura mais alta de 2024 até agora. Segundo o Sistema Alerta Rio, da Prefeitura, os termômetros marcaram impressionantes 43,2°C, às 12h45, na estação meteorológica de Guaratiba, Zona Oeste. Este valor supera os 41,8°C registrados nos dias 17 de janeiro e 27 de novembro, também em Guaratiba.

Alerta máximo e condições críticas

Diante da alta temperatura, o município entrou no Nível de Calor 3 (NC3), o terceiro em uma escala de cinco níveis de alerta, às 12h40. Este nível é ativado quando índices de calor variam entre 36°C e 40°C, com previsão de permanência ou aumento por pelo menos três dias consecutivos. A capital já estava em Nível de Calor 2 (NC2) desde as 11h20 de quarta-feira (27).

O calor foi intensificado pela ausência de chuvas e pela baixa umidade do ar, que variou entre 21% e 30% em diversas regiões da cidade durante a tarde. O céu permaneceu claro a parcialmente nublado, com ventos fracos a moderados.

Previsão do tempo para sexta-feira

Para esta sexta-feira (29), a previsão meteorológica aponta uma ligeira redução das temperaturas. O tempo deve permanecer parcialmente nublado, com possibilidade de pancadas de chuva isoladas à tarde e à noite, acompanhadas de raios. As temperaturas máximas previstas chegam a 38°C, enquanto as mínimas ficam em 22°C.

Maiores temperaturas registradas em 2024

Até o momento, estas são as três maiores temperaturas registradas no ano:

  • 43,2°C – Guaratiba – 28/11 às 12h45
  • 41,8°C – Guaratiba – 17/01 às 11h30 e 27/11 às 12h40
  • 41,1°C – Guaratiba – 12/09 às 13h35

Crise no abastecimento de água

Apesar das recomendações para maior hidratação, muitos moradores do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense enfrentam falta d’água em meio à onda de calor. Na capital, bairros como Ilha do Governador estão desabastecidos há mais de uma semana.

A situação foi agravada pelo rompimento de uma adutora em Rocha Miranda, Zona Norte, que causou a morte de Marilene Rodrigues, de 79 anos. Embora o reparo na estrutura tenha sido concluído na noite de quarta-feira (27), a Cedae ainda não normalizou a capacidade máxima de operação do Sistema Ribeirão das Lajes, que abastece bairros das zonas Sul, Norte (exceto Grande Tijuca) e Centro do Rio, além de Japeri, Nova Iguaçu e Queimados.

O fornecimento também foi impactado pela manutenção anual do Sistema Guandu, que, mesmo após retomada, não conseguiu regularizar a distribuição de água.

Recomendações à população

Em meio ao calor extremo, as autoridades reforçam orientações para que a população:

  • Evite exposição direta ao sol nos horários de maior calor;
  • Beba bastante água (quando disponível);
  • Use roupas leves e proteja-se com chapéus e óculos escuros.

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