Mudança às pressas da Secretaria de Cultura revela crise

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Foto: Thomaz Silva/Agência Brasil

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa precisou mudar às pressas, de ontem para hoje (sexta-feira, 05/07), do prédio que ocupava na Rua da Quitanda para a Biblioteca Parque Estadual, na Presidente Vargas. Esse fato, que se deu por conta de uma dívida milionária do órgão, joga luz em outros problemas da área cultural no Rio de Janeiro.

Parte do acervo da Biblioteca Parque Estadual está sendo retirada para alojar os funcionários da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Em junho deste ano, todo o corpo terceirizado da Biblioteca foi dispensado (mais de 50 funcionários), porque o contrato com a empresa responsável venceu e a Secretaria não licitou.

Por conta das demissões, parte de acessibilidade da Biblioteca está sem funcionários do corpo técnico para atender.

A Biblioteca pede doações até de papel higiênico para quem vai realizar eventos no local. O espaço infantil, bastante elogiado, está fechado, só funciona com agendamento. Não tem internet. Os próprios funcionários compraram chips de telefone celular para poder trabalhar e fazer empréstimos de livros.

Além disso, outros órgãos estão com problemas. O Theatro Municipal viveu uma recente crise. O Museu da Imagem do Som (MIS) está com sérias dificuldades para se manter. A Biblioteca de Manguinhos está funcionando parcialmente. A Biblioteca Parque da Rocinha só está operando, porque muitos funcionários estão trabalhando sem receber.

Sobre a mudança, a Secretaria manifestou-se em nota:

O Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa Ruan Lira, dando prosseguimento ao plano do Governo Wilson Witzel, de melhor utilização de recursos públicos, assumido desde o início de sua gestão, e baseado no estudo e auditoria dos contratos fechados em datas anteriores a 1º de janeiro deste ano, irá proceder à mudança de endereço das atuais instalações da SECEC.

Devido às más gestões de governos anteriores, o Secretário Ruan Lira herdou uma dívida de quase R$20 milhões relativa a aluguel, condomínio e cotas. A altíssima e injustificável despesa mensal em torno de R$ 400 mil – somatório de aluguel, condomínio e IPTU – era outra fonte de inquietação constante do Secretário em relação ao espaço ocupado atualmente pela SECEC, no Centro da cidade.

Com a finalidade de adequar-se totalmente às condutas recomendadas pelo regime de recuperação fiscal seguido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, a SECEC passará a funcionar em um novo endereço. Muito em breve, a Biblioteca Parque Estadual abrigará a nova sede da pasta da cultura e economia criativa fluminense”.

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