Os reis magos são personagens bíblicos mencionados no Evangelho de Mateus, no Novo Testamento da Bíblia. Eles são descritos como sendo três homens sábios da Pérsia, Babilônia ou Índia que visitaram Jesus pouco depois de seu nascimento, trazendo-lhe presentes de ouro, incenso e mirra. Eles são conhecidos popularmente como Belchior, Gaspar e Baltasar. A tradição cristã os considera santos e os celebra sua festa em 6 de janeiro.
É uma data popular no folclore, chamada de Folia de Reis, quando as ruas eram enfeitadas e o povo saía com pandeiro e violão celebrando o sinal da Estrela Natalina que indicou aos povos a presença do pequeno que nasceu em Belém e veio para a Redenção de todos. Há uma bela música do Tim Maia que convida com muito suingue para a Festa dos Santos Reis. Na tradição as pessoas se reúnem em grupos chamados “cordões” ou “ranchos” e percorrer as ruas dançando e cantando músicas típicas da folia, como a marcha de reis. Os participantes da folia são vestidos com roupas típicas, como túnicas e barbas postiças, para representar os reis magos. Além disso, é comum a presença de bonecos gigantes, que representam os reis magos e são carregados pelos participantes. Na folia de reis, os grupos costumam parar em casas e estabelecimentos comerciais para cantar e dançar, as crianças recebem balas e guloseimas e os adultos recebem doações para custear as fantasias e instrumentos musicais. São tradições que vão se perdendo com a modernidade.
Mas uma reflexão importante é perceber que em algum momento do passado, em outras sociedades e culturas, haviam sábios e estudiosos (eram chamados de magos, mas não se dedicavam à magia ou ocultismo). Naquela época eram assim denominados como Magos, aqueles que se dedicam a estudar os astros e as escrituras de outros povos e os conhecimentos da natureza Através dos estudos das profecias dos hebreus e também do sinal da estrela que brilhava de modo instigante, resolveram sair de sua terra, organizar caravanas e seguir o desafio atraídos pelo Mistério. E assim, colocaram seus recursos num empreendimento que na época custava caro, afinal uma travessia do oriente até o reino de Judá necessitava de muitas pessoas, mantimentos, animais e se gastava muito tempo. Além disso levaram presentes de valor, como ouro, mirra e incenso, de onde se percebe que eram pessoas de recursos e posses. Talvez não sejam reis ou nobres, mas eram sem dúvida pessoas influentes em suas cidades.
E hoje também temos homens influentes, que percebem os sinais que o Criador nos envia. De que precisamos construir um mundo mais justo e solidário. Essa foi a grande mensagem que Jesus nos deixou e que aqueles Magos atravessaram o deserto para conhecer. Hoje precisamos de lideranças capazes de mobilizar seus recursos, tempo e prestigio para construção deste reino de justiça e bem-estar acessível a todos. Sabemos que o mundo possui riquezas e oportunidades suficientes para que todas as pessoas tenham condições dignas de vida. Sabemos também que essa revolução não vai acontecer por mecanismos ideológicos e materialistas como se propõe na economia capitalista ou na utopia do comunismo/socialismo que onde se implantou só gerou pobreza e uma classe de elite de Estado. É necessário uma terceira via, a Economia Solidária.
O desafio contemporâneo pertence à uma liderança do bem, empresários, empreendedores, jovens e todos aqueles que desejem conhecer a Doutrina Social da Igreja e seus valores. Um caminho alternativo para cristãos e pessoas de boa vontade. No Rio nos reunimos na ADCE-RJ – Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa e temos uma agenda muito ampla para esse ano de 2023. Faça contato conosco pelo Instagram @adcerio.
E mensalmente nos encontramos para uma missa, que acontece no segundo domingo de cada més de forma itinerante. No dia 08 de janeiro de 23 celebraremos na Igreja de São José da Lagoa, conforme convite.