Antigo Automóvel Clube do Brasil pode virar hotel, segundo Eduardo Paes

Paes adiantou que uma empresa do ramo de hostels visitou este mês o imóvel e demonstrou interesse em explorá-lo comercialmente

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Prédio do antigo Automóvel Clube do Brasil / Reprodução: Internet

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou, durante a cerimônia de sanção do projeto Reviver Centro, nesta quarta-feira (14/07), que existe uma forte possibilidade de o prédio do antigo Automóvel Clube do Brasil, localizado na Rua do Passeio, no Centro, ser transformado em hotel. Paes adiantou que uma empresa do ramo de hostels visitou este mês o imóvel e demonstrou interesse em explorá-lo comercialmente.

Eduardo Paes destacou a importância de o ex-prefeito e, atualmente, vereador César Maia (DEM), ter trazido o imóvel para o município. O que, infelizmente, não despertou interesse da iniciativa privada na época. O momento atual é outro, segundo o Paes, pois “uma grande rede hoteleira, há duas semanas, visitou [o local] e está pensando em fazer um empreendimento hoteleiro ali, uma rede de hostels”. Mas, segundo ele, o mais importante agora é conter o processo de degradação do prédio, impedindo que ocorram mais invasões e ocupações.

Durante a cerimônia de sanção do projeto Reviver Centro, o prefeito do Rio ressaltou, com pesar, a existência de um grande número de prédios históricos e clássicos que estão abandonados na área do Centro. A solução para tal quadro, segundo ele, passa pelo interesse e intervenção da iniciativa privada rumo à requalificação da região. “Infelizmente, não faltam prédios históricos abandonados no Centro. Mas tenho muita convicção de que esse é um processo sem volta de requalificação da região. E quem faz isso é o setor privado. Não dá para esperar que o Poder Público vá recuperar ou reconstruir todos os prédios, abrir comércio. Não há dinheiro que resista”, afirmou o prefeito, que destacou também como a degradação do patrimônio público faz cair a arrecadação municipal. Para ele, a chegada de novos negócios instaura um círculo virtuoso, no qual as pessoas vão abrindo novos negócios e desenvolvendo a região.

O secretário de Planejamento Urbano do município, Washington Fajardo, por sua vez, lembrou que o Centro, por conta da sua beleza e importância histórica, não pode ficar esvaziado. “O Centro do Rio representa também a beleza da civilização brasileira. Não faz sentido que esse lugar seja vazio de população e é isso que deseja o Reviver Centro, que a gente possa reocupar e que a gente tenha no século XXI um Centro coerente com o nosso povo, com a cidade do Rio de Janeiro e com o nosso tempo”, afirmou Fajardo, que celebrou as atuais perspectivas para a região. “Estamos numa vanguarda para a gente começar a repovoar o Centro histórico, e é a partir do crescimento da população nessa área que a gente vai construir uma centralidade sustentável e que seja coerente com essa beleza que é representada nessa área”, enfatizou.

O DIÁRIO DO RIO, em sua edição 9 de junho de 2019, contou um pouco da história do prédio do Automóvel Clube do Brasil em seus mais de 167 anos de existência. Nesta semana, o DIÁRIO também publicou que o imóvel foi invadido.

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