O governador Cláudio Castro anunciou, nesta quinta-feira (10), a retomada das obras da Estação Gávea do MetrôRio, paralisadas há uma década. A previsão de entrega é de 36 meses, contando a partir da mobilização do canteiro e da drenagem dos túneis. O projeto foi reformulado para reduzir custos e acelerar a conclusão das intervenções, que devem beneficiar cerca de 20 mil pessoas diretamente.
Durante a cerimônia, também foi assinado um novo contrato com o MetrôRio, que unifica, pela primeira vez no Brasil, duas concessões distintas: as Linhas 1 e 2, já operadas pela MetrôRio, e a Linha 4, anteriormente concedida à Rio Barra. O contrato, elaborado pela Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram), com apoio da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Controladoria-Geral do Estado, foi validado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“A retomada das obras da estação representa um novo tempo para o Rio de Janeiro. Além disso, a unificação das concessões do metrô, feita pela primeira vez no Brasil, abre caminho para ampliar a rede e discutir temas fundamentais, como a ligação Estácio x Praça XV, a Linha 3 e a expansão até o Recreio”, declarou Cláudio Castro.
Com o novo contrato, a concessionária se comprometeu a investir R$ 600 milhões, enquanto o Governo do Estado investirá inicialmente R$ 97 milhões, com reserva de mais R$ 300 milhões para cobrir eventuais custos adicionais.
“O evento de hoje, além de permitir a retomada das obras da estação Gávea, significa o destravamento dos investimentos na expansão do sistema metroviário do Rio. O investimento em metrô traz retorno direto em qualidade de vida, geração de empregos e impacto social e ambiental”, afirmou o presidente do MetrôRio, Guilherme Ramalho.
A nova modelagem contratual também foi desenvolvida com apoio técnico da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e passa a contar com índices de desempenho e metas de qualidade, além de ferramentas de controle de risco, com vistas a atrair novos investimentos e garantir melhorias para os mais de 600 mil usuários diários do sistema.
O novo contrato também prevê a criação da Tarifa RJ, um valor público de passagem que será calculado a partir de estudos detalhados sobre a realidade econômica da Região Metropolitana. O modelo rompe com a antiga lógica da tarifa técnica e permite ao Estado definir um valor mais acessível à população, com subsídio controlado.