O Rio de Janeiro é uma das cidades mais arborizadas do Brasil. Com a beleza vem os riscos, se as mesmas não recebem os devidos cuidados por parte do poder público. Esta segunda-feira (18.04) à noite, poderia ter sido de tragédia para um pedestre ou condutor de carro ou motocicleta, uma vez que uma árvore caiu no meio da Rua José Linhares, no Leblon, na Zona Sul da cidade.
Quedas de árvores, infelizmente, não são novidade no Rio de Janeiro. Com a chegada das chuvas, durante o outono e o inverno, a situação tende a se agravar, como bem destacou Wagner Victer, ao comentar sobre a atuação da Fundação Parques e Jardins, na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade.
Em artigo publicado no DIÁRIO DO RIO, em 22 de fevereiro de 2022, Victer já havia denunciado a infestação de pragas, formigueiros e cupins em árvores, na região do Corredor Esportivo do Moneró, na Ilha, e falado sobre o descaso da Fundação Parques e Jardins (FPJ) diante de uma solicitação de um grupo de jovens para que alguma providência fosse tomada pela instituição. Segundo Victer, 90 dias se passaram e nada da instituição responder os jovens, que fazem trabalho voluntário para melhorar as condições do bairro onde moram.
“A preocupação, que a rigor deveria ser considerada um exercício de cidadania e até uma contribuição importante como feedback na melhoria da Fundação Parques e Jardins, foi solenemente ignorada. Como fui copiado, tive a oportunidade de enviar e reiterar, inclusive por WhatsApp, e nada foi feito em relação ao tema. Ou seja, conceitualmente é fundamental plantar árvores, mas também é fundamental preservar as já existentes, muitas até com décadas de existência”, afirmou Wagner Victer na ocasião.
Ainda em seu artigo, Victer lamentou a postura da Fundação Parques e Jardins não somente em relação à má conservação das árvores da cidade, mas também em relação ao descaso ao cidadão que se preocupa com o bem estar da comunidade e dos ativos ambientais do Rio de Janeiro.
“É lamentável uma postura como essa da Fundação Parques e Jardins, pois o mínimo que se busca numa sociedade, é que as contribuições de cidadania tenham pelo menos o respeito, o retorno e uma ação que aliás muitas vezes consigo de outros órgãos da Prefeitura, como, por exemplo, a Rio Luz. (….) Não alcançaremos os objetivos de credibilidade da Conferência Rio+30 se eles estiverem somente estruturados em palestras e seminários, e não forem legitimadas através de ações concretas do dia a dia,” lamentou Wagner Victer.
Os moradores do Leblon esperam uma resposta urgente ao perigo que representam as árvores doentes do bairro. O problema, no entanto, é generalizado. Precisamos descansar à sombra de belas amendoeiras e outras espécies, e não morrer por causa da má conservação delas!
Leia o artigo de Wagner Victer na íntegra:
Os acidentes virão com essas amendoeiras na Ilha (https://diariodorio.com/wagner-victer-os-acidentes-virao-com-essas-amendoeiras-na-ilha/)