Avaliações da gestão da Conservação Urbana no Rio de Janeiro pioraram em julho de 2023, apesar do bom trabalho na região Central

Apesar disso, mais de 60% das reclamações sobre conservação feitas à Subprefeitura do Centro foram atendidas, segundo levantamento da Aliança Centro Rio

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Funcionários da Secretaria de Conservação trabalham no Centro Histórico do Rio de Janeiro | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Uma das características mais importantes de uma cidade, principalmente no caso de cidades turísticas como o Rio de Janeiro, é a qualidade do ambiente urbano em todo o município. As Pesquisas de Avaliação da Gestão Municipal, realizadas pelo Instituto Rio21 em parceria com o jornal DIÁRIO DO RIO, vêm mapeando a opinião dos cariocas sobre a gestão da Conservação Urbana e Patrimonial em todos os bairros da cidade.

Em relação à edição da pesquisa realizada em março/23, houve um aumento de 6% nas avaliações negativas (Ruim/Péssimo) da gestão desta área, enquanto houve uma queda de 2,3% nas avaliações positivas (Ótimo/Bom).

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As avaliações também variam de acordo com a zona da cidade. Tipicamente, os moradores do Centro são os que pior avaliam a Conservação Urbana. São comuns as queixas de problemas como buracos em calçadas de pedra portuguesa e tampões/grelhas de bueiros fora do lugar, por exemplo, mesmo com as calçadas sendo de responsabilidade dos imóveis que ficam em frente a elas, e não da prefeitura.

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Vale ressaltar que entidades privadas no Centro já vêm se movimentando há algum tempo para tentar amenizar esses problemas estruturais da região. É o caso do projeto Aliança Centro-Rio, uma iniciativa financiada por proprietários de imóveis na região com a finalidade de revitalizar o Centro da cidade do Rio de Janeiro. Desde a criação da Aliança pelas maiores empresas proprietárias de imóveis no Centro, como o Opportunity, a São Carlos e outras, a interlocução com o município melhorou muito e os problemas constatados, geolocalizados e comunicados pela entidade à Prefeitura passaram a ser em grande parte solucionados. Já foram retiradas dezenas de ruínas de velhas bancas de jornal; foram pavimentadas ruas inteiras, como o entorno do Largo de Santa Rita e a Rua da Quitanda; e a camelotagem clandestina vem sendo reprimida na região entre a Rio Branco e a rua do Mercado.

Desde a gestão da Secretária Anna Laura Secco, à frente da Conservação, a coisa começou a mudar, e a região da Praça XV até a Cinelândia passou por um banho de loja e limpeza, que a tornaram indiscutivelmente mais segura“, diz Wilton Alves, diretor de administração de imóveis da Sergio Castro Imóveis, que também é membro da aliança. Alves destacou o bom trabalho do subprefeito Alberto Szafran na região central, que ajuda a mudar a cara da região. “Já são visíveis as mudanças para melhor“, atesta o profissional com mais de 60 anos de atuação na região. Wilton, porém, ressalta que a situação da camelotagem clandestina na região da Uruguaiana ainda precisa de atenção imediata e é um dos principais problemas do Centro, assim como a realização constante de eventos ilegais que causam danos à região da rua do Carmo, por exemplo.

E as estatísticas provam: segundo a Aliança, 61% das queixas e problemas apresentados à Prefeitura até hoje foram resolvidos satisfatoriamente pela Subprefeitura. Um número que, há 2 anos, era menos da metade. A vida da cidade vem respondendo bem à ação das autoridades, com a região da Praça XV, a Orla Conde e a Praça Mauá ficando lotadas mesmo aos sábados, domingos e feriados, com Centro Culturais e restaurantes abarrotados de turistas e cariocas. Szafran, conhecido como o “xerife” do Centro, explica que “a percepção das pessoas sobre a reputação da nossa região demora a mudar, e esta pode ser a razão do desconforto de algumas das pessoas pesquisadas. A região não teve atenção da administração anterior e às vezes reconstruir a reputação pode demorar, mas é inegável que o espaço público tem melhorado e que a prefeitura centra muitos de seus esforços para corrigir os problemas do Centro do Rio, que agora recebe novamente investimentos, não só públicos como privados”.

O projeto conta com a atuação de pesquisadoras (as chamadas “Prefeitinhas”) que monitoram uma área de mais de 11km no Centro e mapeiam problemas da região. Essas ocorrências são registradas no 1746 para que a Prefeitura possa solucioná-los. Todo o trabalho é acompanhado de perto pela equipe do Instituto Rio21, que gerencia todo o processo. Veja mais detalhes sobre o projeto nessa matéria.

Matéria Atualizada em 28/7/2023 às 16:06h

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