Bibliotecas municipais serão reformadas e modernizadas no Rio

Programa ‘Bibliotecas do Amanhã’, da Prefeitura do Rio, irá investir mais de R$ 30 milhões na aquisição de acervo, novo mobiliário, reformas estruturais, entre outras ações

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Biblioteca Parque, no Centro da Cidade • Foto: Rafa Pereira, Diário do Rio

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, retoma o programa “Bibliotecas do Amanhã”, que visa a recuperação e modernização das nove bibliotecas e cinco salas de leitura municipais. O lançamento foi feito nesta quarta-feira, (29/3), na Biblioteca Annita Porto Martins, no Rio Comprido, com a presença do prefeito Eduardo Paes e do secretário de Cultura, Marcelo Calero.

“A leitura é a porta de entrada no exercício da cidadania. Da compreensão do mundo em que vivemos, dos nossos direitos, deveres. É a leitura que nos permite ter senso crítico e esse exercício da cidadania. Meu interesse pela política foi despertado pela leitura, então tenho um papel a cumprir de estimular essas bibliotecas, espaços de leitura e o hábito de ler. Todo dia eu dedico um tempo para a leitura e isso tem ajudado numa tomada mais consciente, tranquila e serena nas decisões. Não tenho dúvida nenhuma que estamos dando um passo importante e que é fundamental avançarmos com esse programa”, afirmou Eduardo Paes.

Biblioteca Bibliotecas municipais serão reformadas e modernizadas no Rio
Foto: Beth Santos / Prefeitura do Rio

Nesta 2ª fase do programa – iniciado em 2016 – serão investidos mais de R$ 30 milhões, recursos que contemplam a aquisição de acervo, inclusive acessível, novo mobiliário, reformas estruturais e a implementação de um programa educativo e cultural para cada espaço. A ideia é que as bibliotecas e salas de leitura sirvam como lugares de fruição e produção cultural, além de espaço de estudo e integração da comunidade.

O “Bibliotecas do Amanhã” está inserido na estratégia do Plano Nacional de Livro e Leitura, mirando em cinco eixos: democratização do acesso; fomento à leitura e formação de leitor; valorização da leitura, arte e educação; desenvolvimento de experiências do saber e bibliotecas como local de encontros e trocas; e produção e circulação cultural.

Em parceria com a Fecomércio RJ, as primeiras contempladas nesta nova fase do programa serão a Biblioteca Municipal Euclides da Cunha (Ilha do Governador), a Biblioteca Municipal Machado de Assis (Botafogo) e o Espaço de Leitura Maria Firmina dos Reis (Prefeitura do Rio/Cidade Nova), que será transferido do 2º andar para o térreo do Centro Administrativo São Sebastião (CASS), facilitando o acesso de servidores e moradores do entorno.

Não existe legado maior do que educação e cultura. Essas três bibliotecas serão o pontapé inicial para nos ambientarmos com o projeto e, no futuro, podermos ampliar. Nosso trabalho é sempre voltado para educação e cultura. A biblioteca de Botafogo tem um simbolismo muito grande. Meu filho, desde pequeno, é um leitor voraz e é associado na biblioteca. Quando eu dei a notícia pra ele, acho que foi o maior abraço que eu ganhei dele. Vamos incentivar cada vez mais a leitura. Quem lê muito, escreve bem e se prepara para o dia a dia”, declarou o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florêncio de Queiroz Junior.

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6 COMENTÁRIOS

  1. Ao invés de demolir casarões antigos, aqueles construídos antes da década de 1950, estes poderiam ser usados como bibliotecas. É uma maneira de preservar o patrimônio arquitetônico da cidade e utilizá-lo para uma nobre função. Se houver alguma intenção de ampliação do número de bibliotecas, tanto as Prefeituras quanto os governos estaduais poderiam priorizar casarões antigos. Inclusive (por que não?), transferir bibliotecas já existentes para prédios antigos, vendendo ou alugando os imóveis atuais em uso. Se é para demolir um prédio, que sejam as construções dos anos 1960 para cá, pois, do ponto de vista estético, não têm graça nenhuma.

      • Quintino, agradeço muito sua disposição em responder ao meu post, e levar adiante o debate. Arquitetos reunidos em classe também defendem interesses econômicos – deles ou de outros entes mais influentes, como especuladores e grandes empreiteiros -, e duvido que se coloquem de forma autônoma e imparcial. Como em todas as áreas da sociedade, os interesses econômicos se sobrepõe aos interesses culturais e históricos da coletividade. O abandono de prédios históricos e a substituição deles por construções modernas não são uma exceção, mas um processo contínuo, e a cidade já foi e continua sendo descaracterizada. Há alternativas para conter este processo, mas a coletividade precisaria se organizar e fazer frente aos interesses meramente econômicos. Infelizmente, estamos perdendo essa guerra.

        • Marcel, por exemplo, o prédio que nasci tem quase 50 anos, mas não tem nenhum valor arquitetônico, entre outros na região da Praça Seca. A gente luta bastante aqui no DIÁRIO DO RIO pelo patrimônio histórico, mas há casos e casos. Eu mesmo não sei definir essas questões.

          • É como eu disse anteriormente: as edificações dos anos 1960 para cá não têm valor estético ou cultural nenhum, portanto ninguém sentirá falta delas caso desapareçam. Meu foco é na preservação das construções de mais de 70 anos. Essas sim são, em sua maioria, obras de arte que merecem ser preservadas. A indústria da construção civil dos últimos 60 anos é apenas máquina de enriquecer poucos, com pouquíssimos de seus exemplares dignos de admiração e preservação.

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