Um estudo feito pela Prefeitura do Rio, através da Secretária Municipal de Transportes (SMTR) sobre a frota de BRTs disponível e as condições dos veículos articulados revelou que, nos dias úteis de janeiro, houve queda contínua da quantidade de ônibus em circulação na cidade. A situação se agravou muito nos últimos 4 anos. Atualmente, a frota em operação corresponde a menos da metade da frota determinada.
A análise foi realizada com base em dados operacionais fornecidos pelo BRT e complementada com um esforço da SMTR para a retomada da análise dos dados de GPS de ônibus e BRTs da cidade, que permitem monitorar o posicionamento dos veículos por satélite, e o acompanhamento online da frota em circulação.
Segundo a pasta de transportes do Rio, fiscais fizeram vistorias em 136 estações de BRT e nas garagens dos ônibus articulados. Foram encontrados apenas 199 veículos, em vez dos 413 estipulados na frota determinada, conforme previsto em contrato. O consórcio BRT Rio alega que a frota disponível no fim de 2020 era de 306: oito foram queimados, 94 estão quebrados e falta capacidade financeira para a manutenção.
Na última segunda-feira (01/02), o BRT Rio foi paralisado nos seus três corredores, Transoeste, Transcarioca e Transolímpica.
A SMTR informou que começou a desenvolver uma ferramenta de compartilhamento de informações sobre o BRT, com dados sobre cada corredor, com três escalas de prioridade: urgente (necessita de ação imediata); alta (ação extraordinária); e média (manutenção dos protocolos em vigor).
“Estamos cobrando do BRT Rio, que administra o modal, melhorias no serviço prestado à população e o cumprimento do contrato. Teremos novas reuniões com a empresa para buscar soluções“, afirmou a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio.
Além da nova ferramenta, a Prefeitura anunciou vai criar um comitê executivo de gestão integrada do BRT. O grupo será composto por representantes das secretarias municipais de Transportes, Ordem Pública, Conservação, Assistência Social e Especial de Políticas e Promoção da Mulher. Também farão parte as subprefeituras, CET-Rio e Comlurb. O objetivo é aumentar a capacidade de intervenção e priorizar ações conjuntas. O comitê executivo fará reuniões mensais para monitorar a situação operacional do BRT.