Em uma sexta-feira de junho, quando o relógio ainda marca 19h, moradores de rua aproveitam a marquise de um prédio da Avenida Princesa Isabel, em Copacabana, na Zona Sul, para atravessar um colchão no meio da calçada e ali dormir, sem serem incomodados, a poucos metros da Gerência Executiva Local (GEL) do bairro e um dos principais posts turísticos da Riotur. Isso além de estar a metros do Hotel Hilton (ex-Meridien), forte cadeia hoteleira internacional e um dos cartões postais da cidade, sem contar os vários outros hotéis da localidade.
Um dos homens ali deitado ainda mexe nas partes íntimas por um bom tempo, ignorando o fluxo de idosos e crianças ainda no início da noite, enquanto outros dormem. O hábito de fazer da calçada um leito (às vezes de motel) é constante, segundo um vendedor que trabalha vizinho ao local, mas não quis se identificar. “Fica cada vez melhor para eles e ruim para gente. O que ainda falta?“, questionou. O fedor de lixo revirado também é forte.
Na Zona Norte, mais colchões que não esperam a madrugada para confortarem os mendigos e viciados que se espalham cada vez mais pelas ruas da cidade também estão presentes. Um dos flagrantes foi de um homem deitado em um colchão de solteiro na Rua Major Ávila, quase em frente à sede da Comlurb, da Tijuca, e bem perto de padarias e restaurantes. Na Zona Sul, os colchões chegam a ser king size e de molas.
Antes do inverno, já era comum ter denúncias de colchões espalhados pela cidade, como foi denunciado em uma matéria do DIÁRIO DO RIO em frente à Praça do Lido, em Copacabana. Após a reportagem, a Secretaria de Ordem Pública realizou uma operação no local e garante que realiza ações na rua diariamente. A região de Copacabana é considerada o melhor destino de praia do país; mas a péssima aparência, a sujeira das ruas e a sensação de insegurança causam impacto negativo aos visitantes, segundo especialistas.
Na rua Constante Ramos, uma das transversais mais nobres de Copacabana, a frente de uma ex-agência do Bradesco se tornou uma pequena favela. Antes da agência fechar, no verão, os mendigos dormiam dentro da agência, inibindo clientes de usar os caixas eletrônicos à noite. Tendas, colchões, lixo, e camelôs vendendo mercadoria falsificada se tornaram uma referência, tudo isto a uma quadra da praia mais famosa do país. Os mendigos defecam nas portas de enrolar, pisoteiam as próprias fezes e chegam a esfregar nas vitrines de uma antiga agência bancária, segundo uma moradora que não quis se identificar por medo de represálias dos moradores de rua, que, segundo ela, consomem drogas no local e também junto à banca de jornal que fica na esquina da rua Barão de Ipanema com a Domingos Ferreira, ali pertinho.
O porteiro de um prédio conta que os mendigos começaram a criar galinhas e frangos ali mesmo no passeio público. “Outro dia um deles cortou a cabeça de um frango na calçada, deixou as crianças apavoradas”, disse, meio chocado. No local, a reportagem observou frangos correndo em direção a uma loja de tintas, junto a moradores de rua. Os frangos estavam vivos (ainda).
Procurada pelo DDR, a Subprefeitura da Zona Sul informou que acionou agentes para retirar o tal colchão da Princesa Isabel e completa que realiza ações diárias no local, mas como não podem mais obrigar mendigos a irem para abrigos, eles acabam voltando ao local. O ponto já foi alvo de denúncias por presença de mendigos que tomam banho nus no chafariz do canteiro central, além de deixar todo o espaço com odor de urina, afastando turistas e moradores.
O que vocês são? Monstros? Porque tanto ódio? Os mendigos não tem o de morar! Que culpa eles tem? Porque acham que estão na rua? Porque gostam? Vocês são monstros . A população de rua é formada não só de nordestino! Quanto preconceito! Centenas de pessoas que perderam suas casas pelos mais variados motivos! Quanta desinformação! Está foi a mais cretina reportagem que já vi!
O Rio e os seus problemas. Quem poderá nos socorrer???
Uma vergonha! Essa cidade precisa de turistas, não tem indústrias, tratem de cuidar bem da cidade para que eles voltem.
Uma cidade que se diz “maravilhosa” está às traças se comparada à FLorença, Roma, Paris, Praga, etc, onde os turistas se apinham, mas têm conforto, banheiros públicos, ônibus de turismo com fones d eouvidos com gravações em várias línguas. O que essa cidade oferece? Ruas sujas, assaltos, mendicância, água suja.
Não entendi: “As populações do Norte e Nordeste vem para o Sudeste e também vão para o Sul, o controle do movimento populacional acabou…”
Então, as pessoas do Norte e Nordeste, na visão da comentarista, têm que ser proibidas de mudar-se para o Sudeste e Sul?
Se foi realmente isso, já li a minha quantidade de besteira para todo o mês de Julho.
Infelizmente, a Cidade do Rio de Janeiro encontra-se entubada no CTI , desde do segundo mandato do Eduardo Paes, antes do Crivella. Veio o incompetente do Crivella e nada fez, alegando problemas de caixa na Prefeitura. “Dudu nervosinho” ganhou de lavada do “dublê de Bispo” da Universal e não diferente do Crivella nada fez e nada faz até o momento, se revelando um extremo incompetente e lacrador que pensa que a Cidade só vive de Carnaval.
A nossa “Cidade maravilhosa ” precisa de um Gestor competente, honesto, que conheça as necessidades e os problemas que possuem para colocá-la nos eixos. Veja o exemplo da Cidade de São Paulo onde o Prefeito e o Governador estão alinhados para resolver um problema de décadas, que é a Cracolândia e esse alinhamento já está apresentando resultados, como investimentos de empresários por toda a Cidade.
Infelizmente, só temos tralhas na Política e no Serviço público no Estado e na Cidade do Rio de Janeiro.
Alguém comentou por aqui que o “problema é de todos nós”, e não, o problema não é meu, toda essa bagunça começou lá com o famigerado Brizola e descambou nisso aí.
As populações do Norte e Nordeste vem para o Sudeste e também vão para o Sul, o controle de movimento populacional acabou faz tempo. Não tem volta. E vai piorar..
Qualquer ser humano prefere colchão do que pedras. O problema (“incômodo”) é de todos nós.