Camelôs e kombis clandestinas atrapalham circulação de carros e do bonde em Santa Teresa

Trânsito na região do Largo do Guimarães foi fortemente afetado durante o Carnaval devido à presença ilegal de vendedores ambulantes

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Camelôs e kombis clandestinas impedindo passagem de carros e do bonde no Largo do Guimarães, em Santa Teresa - Foto: Diário do Rio

Com diversos blocos acontecendo no bairro, além do seu viés turístico de costume, Santa Teresa certamente é um dos locais mais procurados por foliões durante o período de Carnaval no Rio de Janeiro. A locomoção pela região, porém, especialmente do tradicional bonde, tem sido fortemente afetada devido à enorme quantidade de vendedores ambulantes clandestinos e veículos – alguns sem placa – que ocupam as ruas do bairro.

Na região do Largo do Guimarães, um dos principais points de Santa Teresa, a Rua Almirante Alexandrino foi tomada por camelôs e suas respectivas kombis, como mostram as imagens que o DIÁRIO DO RIO flagrou no último domingo (19/02).

”Atrapalha muito para circular, seja a pé, de carro ou transporte público, além do barulho e toda a agitação que isso causa”, reclama um morador local que preferiu não se identificar.

O DIÁRIO DO RIO tentou contato com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) para comentar o assunto, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. A reportagem será atualizada caso a pasta queira se manifesta (conferir no fim do texto).

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Carro impedido de passar na Rua Almirante Alexandrino, em Santa Teresa, devido à desordem urbana – Foto: Diário do Rio

Outros casos

A desordem urbana em Santa Teresa não é novidade e tampouco pertencente apenas ao bairro. Na última sexta-feira (17/02), também no Centro do Rio, após um sapateiro exercendo sua atividade de maneira ilegal na Rua Sete de Setembro ser retirado por guardas municipais, outros camelôs se revoltaram com a situação e ameaçaram funcionários da loja em frente ao local em que o ambulante irregular estava.

Já na Rua da Assembleia, em meio a uma parte da calçada tomada por camelôs vendendo óculos escuros, um restaurante local colocou bancos de madeira enormes para entregadores aguardarem enquanto o pedido sai, numa espécie de ”sala de espera” sem autorização municipal.

Vale ressaltar que, há praticamente 2 anos, em fevereiro de 2021, uma pesquisa pública realizada pela Prefeitura do Rio por meio do projeto Reviver Centro informou que, para a maioria dos cariocas, o maior problema da região é a falta de ordenamento urbano em relação aos vendedores ambulantes, que ficam livremente nas ruas. Na ocasião, foram ouvidas quase 3.700 pessoas.

Atualização – 21 de fevereiro de 2023 – 17h57

Por meio de nota oficial, a Secretaria de Ordem Pública do Rio afirmou que, ”junto com a Guarda Municipal, realiza o ordenamento viário, assim como as fiscalizações dos ambulantes neste Carnaval de 2023”.

Ainda segundo a pasta, ”os agentes estão atuando em diversos pontos da cidade onde acontecem os blocos de rua e entorno do Sambódromo, enquanto guardas municipais atuaram em Santa Teresa acompanhando blocos, mas não houve o flagrante dessa irregularidade”.

”Desde sexta-feira (17/02), os agentes aplicaram 1.437 multas em veículos, 183 carros rebocados e 1.738 ambulantes legais removidos das ruas. Também foram apreendidos mais de 10 mil produtos que estavam sendo comercializados ilegalmente”, concluiu a Seop.

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2 COMENTÁRIOS

  1. É incrível que o estado não consiga eliminar essas coisas de uma vez. Esses lixos sociais são uma desgraça que funciona como um vírus. E ainda há quem justifique e defenda esses trastes.

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