Em artigo neste “Diário do Rio”, em 27/01/2022, apontei alguns dos muitos problemas enfrentados pelos moradores de Santa Teresa, decorrentes da precariedade dos serviços públicos, como matéria do próprio DDR havia reportado.
O deputado estadual Rodrigo Amorim, do PSL, publicou uma espécie de réplica, no mesmo jornal, em que aborda questões tratadas naquele texto de maneira distorcida e equivocada.
Na verdade, parece que o deputado não leu direito o que escrevi e usa o meu texto, feito a partir do que observo e das demandas dos moradores que chegam ao meu gabinete na Câmara Municipal, para se autopromover como o paladino da segurança pública de Santa Teresa. Menos, deputado.
Rodrigo Amorim afirma em seu texto que sou ex-morador de Santa Teresa. De onde tirou isso? Do meu artigo não foi. Lá, digo – e reafirmo –, que moro no bairro há 25 anos. E aqui exerço a minha militância comunitária e cidadã na AMAST, Associação de Moradores de Santa Teresa, e em todos os movimentos culturais de que tenho ciência.
Quanto à questão da segurança pública, devo dizer que participo ativamente das conversas organizadas pela AMAST com os responsáveis pela segurança do bairro. Como ocorreu no dia 10/11/2021, quando, por meio de uma plenária virtual com o comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Antônio Ludogero; e com a comandante da Companhia da Polícia Militar de Santa Teresa e responsável pelo Programa Bairro Seguro, 1ª Tenente Dandara Vieira, foi possível conhecer as propostas e sugerir iniciativas para o referido Programa. Este, aliás, foi implantado sem qualquer diálogo com a comunidade. Na ocasião, também foi discutida a necessidade de alinhamento das ações policiais aos reais interesses dos moradores.
Com certeza, o arrogante deputado não tem conhecimento, mas o debate sobre segurança pública prossegue no bairro. Agora mesmo, em janeiro de 2022, a AMAST organizou o “Ciclo de Debates sobre Segurança Pública”, que contou com a participação de Lenin Pires, antropólogo, e de Jacqueline Muniz, antropóloga e cientista política, ambos especializados em segurança pública e direitos humanos. Foi um debate rico e profícuo, no qual os moradores puderam refletir e conhecer outras formas de enfrentamento da questão da violência, para além da intervenção policial.
Quando menciono no meu artigo que a manutenção do calçamento de paralelepípedos das ruas do bairro é um problema crônico, o deputado tenta distorcer a questão, desqualificando uma crítica construtiva. Ressalto que, sempre que acionada pelo nosso mandato, a Secretaria municipal de Conservação buscw atender às nossas demandas. Porém, devido à especificidade desse tipo de calçamento, é necessário mais do que simplesmente tapar buracos. É preciso desenvolver ações que garantam a manutenção regular do piso, a fim de que permaneça em perfeitas condições de uso. Por isso, nossa assessoria entrou em contato com a secretária Anna Laura Secco, com quem temos cordial relação de cooperação mútua, para reiterar a necessidade de uma intervenção mais ampla, a fim de solucionar definitivamente o problema. A secretária, sempre muito atenciosa, anunciou a formação de uma força-tarefa na região, a fim buscar uma solução para a manutenção adequada das ruas do bairro.
O deputado avoca para si o papel de defensor das políticas públicas municipais, mas esquece que um dos mais graves problemas do bairro, hoje, é o funcionamento inadequado e limitado dos bondes, principal meio de transporte de Santa Teresa. Vale lembrar que o serviço é da alçada estadual. Mas nem o deputado que se diz tão interessado pelo nosso bairro nem o governador que ele apoia e dá sustentação política na Alerj vêm demonstrando qualquer interesse em solucionar esse problema.
Em vez de gastar energia demonizando o PSOL, utilizando-se para isso de afirmações levianas, o deputado, como parlamentar estadual, buscar junto ao governo do Rio de Janeiro uma saída para os problemas que afligem os moradores de Santa Teresa há anos. E para os quais, até o momento, ele não dispensou a devida atenção.
UM DOS MAIS ATUANTES POR SANTA TERESA – se nao o unico, é o Chico Alencar. A gente que mora aqui sabe disto. As (poucas) boas melhorias para o nosso bairro dos ultimos vinte anos vieram da batalha dele. Tanto é que tem o voto de quem REALMENTE VIVE Santa Teresa, sempre. Agora, outros comentários imbecis (tipo xingar de comunista etc) é pura POLITICAGEM DE BOLSONAZIS. O povinho a exxxxxxtrema Direita atua politicamente só no sentido de favorecer a crescente milícia que anda apavorando aqui no bairro. Vigaristas cheios de marra (desde que bem guardados por sua milícia de estima) mas com nojinho do povo que o sustenta, como Rodrigo Amorim, deveriam vir aqui no bairro aprender com Chico Alencar que político bom é POLÍTICO QUE TRABALHA. E nao essa turminha de mussolininhos tupiniquins que falam bosta no Plenário mas NÃO ATUAM POR SANTA TERÊ.
Este comunista só aparece em ano de Eleições: este sujeitinho nunca fez NADA por Santa Teresa!.
Oportunista malandro!…
Sem brincadeira, gente, se querem solução não só para o problema de Santa Teresa como de outros bairros,só tem um caminho…é colocar a mão na massa e fazer acontecer. Se o bairro tem o privilégio de morador tão ilustre há décadas mas não conseguiu pra Santa a solução dos bondes, talvez seja fruto das reuniões cordiais, debates ricos e muita troca de ideias. Quanto a polêmica com o outro parlamentar, as falas de impacto e oba-oba que ele faz não agregam e passam a impressão de que só cria polêmica. Menos partidos e mais união para tocar obras e conservação, colocando as coisas funcionando é o que falta…E não custa muito, sempre falam isso, mas falta interesse. A iniciativa privada do bairro que deveria ser protagonista, fica na espera que tudo venha de mão beijada do poder público, mas cobrando horrores nas contas de consumo de cervejas e petiscos. E o problema vai continuar.
Chico, excelente artigo sobre o bairro de Santa Teresa. Muito construtivo. Após ler seu artigo, fiquei aqui lembrando quem é Rodrigo Amorim. Lembrei de uma foto dele ao lado de Daniel Silveira que foi preso recentemente e de Witzel que foi afastado do Governo do RJ por estar envolvido num esquema de corrupção na saúde. Esses três pousaram com a placa de rua com nome de Marielle Franco… Você acredita que essa escória vai contribuir mesmo com soluções para o bairro?
Essas associações de moradores de Santa Teresa são políticas pura, e não se mexe para resolver os problemas de Santa Teresa. É só sai da cadeira ir para as ruas vistorias ruas, calçadas, etc, e não ficar esperando moradores debruçados no 1746. Já falei isso ao adminsitrador municipal no bairro.
E algum deputado de fora do bairro é bem capaz de fazer mais do que os que estão por aqui.