O Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio) e o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) enviaram uma carta à Prefeitura carioca se manifestando contra a possível construção de um empreendimento imobiliário na região conhecida como ”Buraco do Lume”, no Centro da capital fluminense. Urbanistas e especialistas em patrimônio têm se pronunciado todos os dias contra o ”espigão”, que criará um grande paredão onde hoje existe uma praça ajardinada.
De acordo com a coluna do jornalista Ancelmo Gois no site ”O Globo”, no documento, o SindilojasRio e o CDLRio alertam o prefeito Eduardo Paes sobre ”impactos negativos, com prejuízos históricos, culturais, ambientais, urbanos e econômicos que a iniciativa poderia provocar”. Paralelamente, as entidades pedem que ”a área seja preservada, sendo qualquer proposta de mudança amplamente debatida e avaliada”.
Tempos atrás, o próprio Paes havia se pronunciado contra um empreendimento no local, mas fontes internas da Prefeitura do Rio dizem que o ex-secretário Chicão Bulhões defendia a ideia e pode ter convencido o prefeito.
Especialistas também são contra
Situado a cerca de 300 metros do Largo da Carioca, o Buraco do Lume é um terreno retangular composto por aproximadamente 3.000m², sendo atualmente bastante arborizado. Essa, inclusive, é a principal questão para as críticas à possível construção de um empreendimento imobiliário no local.
O arquiteto e urbanista Washington Fajardo, por exemplo, embora seja favorável à exploração residencial do Centro do Rio, afirma que isso precisa ser feito com cautela, ”nunca subtraindo as amenidades ambientais da área”. ”Um grande desafio do Centro é a apropriação do espaço público pela população, que precisa ser cada vez mais organizado, seguro e verde”, complementa.
Sobre o Buraco do Lume, ele afirma que ”é urgente que o Ministério Público analise as questões fundiárias envolvidas nesta faixa de terra, que é um remanescente direto do Morro do Castelo, cujas apropriações do extinto Banco do Estado da Guanabara e posterior venda mal concretizada pela falência do grupo adquirente necessitam de um ‘due diligence’, que é a verificação fina documental e registral, em perspectiva histórica”.
Também arquiteta e urbanista, a secretária municipal de Meio Ambiente e Clima do Rio, Tainá de Paula, corrobora com Fajardo e já se pronunciou contra o uso do terreno para a construção do empreendimento. Para ela, a destinação de parte da praça para um edifício privado não é razoável, especialmente em uma área já densamente ocupada. Tainá defende a requalificação de imóveis e terrenos ociosos, e não a utilização de espaços públicos para fins privados.
William Bittar, colunista do DIÁRIO DO RIO, arquiteto graduado pela FAU-UFRJ e professor, é categórico: ”A descaracterização de uma área tradicional com a inserção de uma torre, independentemente da qualidade de seu partido estético e funcional, é uma violência contra a paisagem. Um ato egoísta para favorecer interesses ou objetivos de poucos, sejam econômicos ou ideológicos”.
Já Leila Marques, integrante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), afirma que ”a ocupação do Buraco do Lume por um empreendimento privado não atende aos interesses da população, especialmente quando o terreno foi integrado à praça e passou a servir à coletividade”.
Vale lembrar que o tal Chicão Bulhões é um dos heróis neoliberalóides recentes que este mesmo diário adoram adular e exaltar.
E a concessão do saneamento que tanto bateram bumbo?
Será que depois do aumento de mais de 200% das contas dos imóveis e condomínios que a Sérgio Castro (patrocinador deste Diário) administra, caíram na real ou vão continuar se fazendo de desentendidos e achando tudo uma maravilha?
Cadê o colunista de chapéu Panamá e charuto na boca que é admirador do “Rio way life” (pobreza de espírito) vai continuar fingindo que falou e fala um monte de bobagens e não vai fazer nenhum mea culpa miserável?
Olha que não adianta tirar foto em porta de igreja pra entrar no céu, tem que se arrepender verdadeiramente.
Esse “Chico Bilhões” digo; Bulhões, deve estar levando comissão p convenser o
prefeito…
Transformem o prédio do Bacen em empreendimento imobiliário de kitnets, lá ninguém trabalha e agora estão 100% home office
Vudu Paes acabando com a história e áreas verdes do Rio tá entregando o Jardim de Alah pra Shoping que ninguém quer, deve tá metendo milhões no bolso e que se dane a cidade do Rio…
Uma provocação: se fosse um empreendimento feito por um governo progressista e com o ok de Lula? Acho que não teria alvoroço…