Através da Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses, a Prefeitura do Rio de Janeiro promoveu, na tarde desta quarta-feira (15/07), mais uma capacitação para empresários do segmento de bares e restaurantes. As ”regras de ouro” com medidas de prevenção e combate à Covid-19 foram o foco da palestra on-line, que serviu para alinhar as ações realizadas durante inspeções nos estabelecimentos desses segmentos. O superintendente de Educação e Projetos da Vigilância Sanitária, médico-veterinário Flávio Graça, destacou a importância da higienização dos ambientes e utensílios
”Estamos fechando a fase 3 da retomada das atividades, e o Rio está em uma posição favorável. Tenho certeza que nosso objetivo é o mesmo: sair dessa pandemia com o máximo de vidas preservadas e o mínimo de internações. E, em breve, poderemos voltar ao nosso normal, com a ajuda de uma vacina e outras medidas. Enquanto isso, precisamos de uma operação segura e equilibrada direcionada aos clientes, seguindo os protocolos”, disse Flávio.
Na capacitação, que durou duas horas, donos de bares e restaurantes puderam tirar dúvidas relacionadas aos protocolos criados especialmente para a pandemia, e outras normas sanitárias já em vigor antes da Covid-19 foram relembradas na apresentação feita por Aline Borges, coordenadora de Alimentos da Vigilância Sanitária. Entre os participantes, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Pedro Hermeto, elogiou a iniciativa da capacitação promovida pela Vigilância Sanitária e cobrou responsabilidade do setor.
”Vimos muitos restaurantes desrespeitando regras básicas, as chamadas ‘regras de ouro’, e repudiamos com ênfase, entendendo que isso significa um retrocesso nessa abertura tão fundamental a um setor que, combalido, enfrenta a pandemia quase já sem forças. O setor ficou uns 100 dias, em média, fechado, e a gente não tem mais como se sustentar. A retomada é essencial, assim como são essenciais as medidas contidas no protocolo”, disse Pedro.
O superintendente Flávio Graça reforçou, ainda, que os protocolos de medidas preventivas à Covid-19 tornam o município do Rio um modelo a ser seguido no Brasil.
”O Plano de Retomada tem diversas fases, com o retorno feito gradativamente, com responsabilidade. Não podemos negligenciar as normas sanitárias internacionais. Por isso, o Rio de Janeiro é hoje o espelho para todo o país na retomada das atividades, quando identificamos uma carga de euforia da população que ficou em casa de quarentena. Vimos isso na reabertura dos shoppings. Mas vamos investindo em mais capacitações e em reuniões de alinhamento, e a tendência é ter uma acomodação dos segmentos, entre eles o de bar e restaurante, setor de grande importância para a geração de empregos e renda”, disse Flávio, que se prontificou a levar sugestões e questionamentos levantados na videoconferência ao Comitê Científico responsável pelos protocolos da retomada gradual.
Vale lembrar que as capacitações têm acontecido desde março e, em cerca de 4 meses, já foram instruídos mais de 12 mil profissionais, a maioria do setor de bares e restaurantes.
Dono do Belmonte faz desabafo sobre vistorias
Também nesta quarta, você leu aqui no DIÁRIO DO RIO que Antônio Rodrigues, dono do Boteco Belmonte, famosa rede de bares do Rio de Janeiro, teve um áudio de WhatsApp vazado no qual reclamava da arrogância de agentes que trabalham na fiscalização dos estabelecimentos e de ”parcialidade” nas vistorias, que, segundo ele, só acontecem em bairros como Barra da Tijuca, Leblon e Ipanema, e não na cidade inteira.