Na última semana, escrevi aqui, na Crônica Carioca, que temos que isolar quem é contra o isolamento social para conter o Coronavírus.
No texto, citei a “Revolta dos Vacila”. Explico. Esse movimento consiste, basicamente, em negar o que é recomendado pelos órgãos e especialistas em saúde. Bando de vacilão.
Durante a revolta da vacina, aconteceu um motim popular, entre 10 e 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, e o principal motivo foi uma lei que determinava a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola. Ou seja, as pessoas se revoltaram para não seguir as recomendações médicas. Para não tomar vacina.
“A história se repete. Primeiro como tragédia, depois como farsa”. Pois é. Mais de 100 anos depois, a situação acontece outra vez aqui no Brasil. Tem muita gente (inclusive no Poder Público) negando as recomendações de quem entende do assunto: os especialistas da área médica. Essa gente que critica o isolamento social. Eis a “Revolta dos Vacila”.
Em uma das definições do dicionário, vacilião é “quem é facilmente enganado ou se deixa enganar com facilidade; tolo, bobo”.
O pior de tudo é que a “Revolta dos Vacila” prejuca, também, quem não está vacilando. Assim como foi no século passado, na Revolta da Vacina.
Contudo, passamos pela crise da varíola mesmo com quem era contra a vacina. Passaremos pelo Coronavírus. Mesmo com esse bando que só vacila.
As ruas de Botafogo e Flamengo cheias nestes dias e hoje, sábado