Dauro Machado: como se relacionam o aborto na menina de 10 anos e o pirotécnico escândalo de possível lavagem de dinheiro na Afipe

Opinião do colunista Dauro Machado sobre o caso envolvendo a gravidez da menina de 10 anos após estupro e o escândalo sobre um possível desvio de dinheiro por parte de Padre Robson

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Padre Robson, envolvido em escândalo sobre possível desvio de dinheiro na Afipe - Foto: Reprodução/Internet

É um fato que o Ministério Público em suas entranhas está cheio de ateus, simpatizantes do comunismo e porque não dizer inimigos da Igreja Católica e hereges. Ainda me recordo em Minas Gerais quando Ministério Público exigiu a retirada do Cristo Crucificado dos salões de júri dos Fóruns. Imagens centenárias que muitas estavam afixadas na parede nas costas do Magistrado por valor histórico do que religioso. Mais o MP a presença do Nazareno na cruz era um afronta ao estado democrático de direito enquanto seus gordíssimo salários em contrastes com os percebidos por bocas famintas eram uma mera questão inerente a um país pobre.

Nos últimos dias movimento as redes sociais e o noticiário a hedionda história de um tio que estuprou seguidamente a sobrinha até que as 10 anos ela acabou por engravidar. A gravidez foi interrompida por decisão judicial. Por mais horrorosa que a situação tenha sido e certamente foi é impossível para nós Católicos e para nossos líderes Brasil e mundo afora aceitarmos silenciosamente a interrupção da vida. Ora, não é possível acreditar que o aborto tenha o poder de uma borracha para correção de um texto à lápis. O aborto certamente não apagou e nem apagará os traumas que esta criança viveu. Ainda assim defendeu-se o aborto como forma de “salvar” a menina dos dramas e traumas que terá pela frente. Claro que não salvará. A menina passará por enorme problemas e por muita necessidade de superação que a simples retirada do feto não fará desaparecer. Por razões do que acreditamos, de nossa Fé, nós Católicos, em todas as circunstâncias defendemos o direito à vida. As lideranças Católicas pelo que senti em momento algum aprovaram o desatinado crime cometido pelo tio pervertido, compadeceram-se da vítima mas não iriam para a rede nacional dizer que o aborto não era a melhor solução. Temos as bases de nossa Fé e há mais de 2.000 anos, mesmo sob ataque, temos que defender o que acreditamos: o caminho, a verdade e a vida. A Igreja não irá afirmar que o aborto “em certos casos” é prática permitida. Para nós não é. Para nós existiram outras soluções mas entendemos que, a decisão judicial de leis de homens, nós seguimos a Lei de Deus. Feito este breve “ensaio” vejamos:

Bastou a Igreja reafirmar sua posição contrária ao aborto sob qualquer circunstância para que do nada, como um milagre surgisse uma “denúncia” contra uma liderança Católica. Tem sido assim. Quando a Igreja, que certamente tem seus pecados pois é santa e pecadora, posiciona-se contra os supostos donos a verdade acham que é o correto, entra na mira para ser escandalizada, acusada de comportamentos repreensíveis, sempre com ações midiáticas e espetaculosas visando desmoralizá-la bastante. É do interesse do “staquo quo” que prega a liberação do aborto, do casamento homossexual e de outros temas sensíveis aos Católicos, desmoralizar a Igreja. No fundo sabem da força que a Igreja Católica Apostólica Romana, fundada por Cristo através de Pedro é forte e pode sim atrapalhar a banalização da vida, gritar contra heresias e defender os mais pobres.

Recordei ontem de minha Mãe quando vi a notícia de que o Padre Robson, que sequer conheço mas que faz uma linda obra de Evangelização na Associação dos Filhos do Pai Eterno – AFIPE, teria desviados bilhões de doações dos fiéis. Mensalmente lá vinha minha Mãe com um boleto e uma nota de 100 Reais dizendo pra mim: Pague o boleto do Pai eterno. Ela em sua Fé pura ficava feliz quando recebia uma carta padrão do Padre Robson, uma caneta, uma imagem do Pai Eterno. Feliz de minha Mãe que já foi sem ter visto tanta maldade com a Igreja e com um de seus ungidos. Para ela pouco importaria, ela não acreditaria e repetiria o que para ela foi um mantra: Eu faço pouco mais o pouco que faço é pela Igreja.

Impressiona como sem qualquer prova, baseando-se em discutíveis indícios, em opiniões do Promotor, em denúncias de outros Padres certamente contaminados pela inveja faça-se aquele espetáculo com camburões, policiais revirando tudo para dar cumprimento a mandato de busca e apreensão. Não há qualquer prova, repito, são meros “achismos” e uma tremenda vontade de um Promotor do Goiás ganhar seus minutinhos de fama. Se erros ocorreram e podem ter ocorrido que se prove antes de ridicularizar um Padre e sua obra. Mostre provas antes de afirmar supostos desvios de dinheiros de fiéis.

O Brasil é a única democracia ocidental que o Direito Processual Penal a Constituição de 1988 permitem a condenação antes do contraditório, a execração pública sem provas robustas, a destruição de vidas sem que antes se tenha o domínio do fato e a dinâmica de um crime que sequer sabe-se foi cometido.

A Igreja está sob ataque e este foi só mais um. Outros virão sempre que a Fé Católica, nossas verdades e nossas crenças forem de encontro ao que pretende grande parte daqueles que se julgam paladinos da real verdade.

Que se dê ao estuprador julgamento justo, num Tribunal independente, com duplo grau de jurisdição e sim, que ele seja condenado pela lei dos homens pelo crime horrível que cometeu com uma criança. Que a menina vítima receba cuidados do Estado (não receberá a contento. A Igreja Católica cuida muito mais dos aflitos que nossos Governos). Por fim que o Padre Robson entenda que foi apenas a “bola da vez”. Por ser um Padre conhecido esculhamba-se o Padre, atinge-se a Igreja Católica e com isso vai se tentando destruí-la.

Irrita-me todas essa hipocrisia mais tenho o conforto das palavras de Jesus a Pedro, o pescador de homens: As portas do inferno na prevalecerão sobre a Igreja.

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Jornalista, especialista em assessoramento e cerimonial público, Bacharel em Direito, publicitário e Radialista. Também tem formação em Assessoria de Imprensa e relações institucionais, além de editor de jornais, livros, revistas e outras publicações

8 COMENTÁRIOS

  1. Para começar.Não existe essa de fé católica,existe a fé e ponto.Não importa se é católico,evangélico,testemunhas ou umbandistas.É a fé.
    Outra,se o padre roubou tem q ser condenado,não passar pano.As provas ao q tudo indica é de que ele roubou e então tem que ser punido.Falar q estão atras dele e tentar relacionar com o caso de estuprro é uma atitude idiota,sem querer ofender.
    Eu sou católica,mas n sou burra,até onde sei,até o momento,o padre cometeu muitos crimes e não estou falando sem saber.Estou dempre procurando informações sobre esse caso.
    Sobre a criança,é muito fácil falar sobre ser a favor da vida quando não é você a ser violentado.É muito fácil dizer que Deus não quer a interrupção de uma vida,quando a vida dessa criança de 10 anos foi interrompida a partir do momento em q o tio a estuprou pela primeira vez.
    Vc não é Deus,nenhum de nós somos,entáo não podemos falar por ele.
    Eu fui violentada pelo meu tio,o filho dele e um vizinho,não todos de uma vez,mas por 3 pessoas diferentes e em diferentes ocasiões,dos meus 7 aos 10 anos.Dói ayé hoje que tenho 24,le.bro até hoje e lembrarei pelo resto da minha vida.Já interferiu na minha vida sexual com meu marido mais de uma vez.As lembranças ficam para quem sofreu essa atrocidade,mas qd tenho q olhar na cara de quem fez isso,ele está sempre sorrindo,acho q nem se lembra da cicatriz q deixou em minha alma.Não denunciei,e só confessei a minha familia quando tinha 19 anos.Pq é sempre muito fácil julgar quando não é vc a passar por isso.
    Eu nem imagino como faria se eu tivesse engravidado de algum deles,sou a favor da vida,sou contra o aborto,mas não em uma situação de estupro,e muito menos se tratando de uma crianla.Sim,o estupro já foi feito,sim,para muitos a criança já sofreu o pior,então ter o bebê não seria o pior,mas gente,é outra criança q não tem o corpo formado para conceber uma vida.Ela não merece passar por mais uma dor,por um outro risco.Essa menina já está marcada pelo resto da vida pelo tio,não sejam como ele ,por favor.Não acabem com a vida dela.

  2. Os cristãos tem o direito de ter suas convicções e opções religiosas. Se são contra o aborto, não precisam fazê-lo. Mas, já terminou o tempo no qual toda a sociedade teria que, necessariamente, compartilhar os seus valores. Então, a leis da sociedade devem refletir as opções de liberdades do seu tempo, não necessariamente provenientes de convicções religiosas. Em tema tão sensível, faço questão de colocar aqui minha posição de que temos sim, que rediscutir o assunto para, quem sabe, evitar tantas mortes de meninas e mulheres que sofrem por gravidez indesejada ou forçada

  3. Entendo que o colunista quis mostrar que o caso contra o padre seja uma represália do MP contra a interferência da Igreja sobre a decisão do aborto da menina estuprada.
    Apenas acrescento que a degradação da família é peça central da saga socialista, contra o conservadorismo.
    Acrescento que a Igreja também é protagonista de sagas igualmente socialistas, ou não veríamos o apoio da CNBB a governos comunistas e o seu desprezo a ideologias conservadoras.
    Acredito, portanto, que a cizânia entre estas instituições que caminham IDEOLOGICAMENTE lado a lado tenha a ver com alguma disputa por poder ou dinheiro público.
    O que acontecerá com uma mãe de dez anos de idade, com um filho para criar e com a sociedade em que está inserida tal tragédia pessoal e social, bem como a lavagem ou não de dinheiro pelas mais de 14 mil instituições religiosas brasileiras, todas isentas de declaração de renda, diga-se, NÃO INTERESSA…
    Assim como não interessa a ambos a ética esperada pelo povo do MP e da profusão de igrejas e seus (cruz)credos…
    Como nas milhares de batalhas que o homem travou em toda sua história, o estandarte ideológico serve apenas para motivar o combatente a ser mais sanguinário e odiento, através da fé ou do fanatismo, embora o objetivo seja sempre o mesmo: combater, aniquilar o inimigo e tomar o poder.

  4. Estupro é crime. Roubo ou furto é crime. A justiça e o MP fazendo sua parte. O resto é besteitol de corinha, QUERENDO ESCONDER OS CRIMES.

  5. Sobre o aborto da menor de 10 anos. Só foi possível por decisão judicial porque a família, a mãe da menina, recebeu todo tipo de assédio dos cristajegues e evanjegues que fizeram protelar a interrupção. É direito e não precisa de decisão judicial. Está previsto no Código Penal da década de 40… e ainda no século XXI vem alguns sádicos decidir o que cabe à mulher.
    Na sequência desse caso, outra mulher, aos 9 meses de gestação e em trabalho de parto, perdeu o bebê por conta da falta de anestesia no hospital para que fosse providenciada a cesária… E aí? Cadê o pessoal do direito à vida?
    E mais. Santo Agostinho foi no seu tempo favorável ao aborto.

    • Fui pesquisar. Parece que não só Santo Agostinho, como também Tomas de Aquino. A verdade é que a Igreja Católica ao longo de sua história mudou de posição diversas vezes.
      Fonte: Revista Superinteressante
      https://super.abril.com.br/historia/a-igreja-ja-tolerou-o-aborto/

      Hoje prevalente uma posição tomada por questão Política de outro tempo. Mas seu corpo de membros não aceitam rediscutir.
      Lembra o Livro um budista ateu (ou um ateu budista – agora não lembro). O autor praticante do budismo, tendo vivido a vida wm diversas escolas budistas tradicionais, recluso, por décadas, conta que certa vez uma delas receberia a visita de Dalai Lama, quando poderiam fazer perguntas, que, antes, deveriam ser submetidas ao líder da escola… eram repassadas somente perguntas que, na prática, reafirmavam a doutrina…

  6. Este texto está repleto de jocosas palavras, mentiras e sofismas…
    Mentira que o Ministério Público está repleto de ateus. No próprio órgão há dezenas, talvez sentenças de imagens.
    Ocorre que integrantes de grupo que trata de determinado tema, cumprindo a missão Constitucional e muitas vezes provocados por entidades civis organizadas ou mesmo pessoa da sociedade, dentro da temática de atuação do órgão, é levado a questionar…
    Mas não decide. Quem diz o direito é o Juiz.

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