Cidinha Campos (PDT) foi escolhida para ser vice de Pedro Paulo (PMDB), ele procurava uma mulher para ser vice e assim suavizar sua imagem no campo feminino, totalmente detonada graças a acusação de ter batido em sua então esposa Alexandra. Pois bem, Cidinha que fez um belíssimo trabalho como secretaria de Defesa do Consumidor decepcionou completamente em sua declaração em defesa de Pedro Paulo ao O Globo:
O movimento feminista tem que cuidar para que mulheres tenham o mesmo salário que os homens. Esse é um caso resolvido (a acusação de agressão por parte de Pedro Paulo). Eu sou contra a violência doméstica, mas quando é com pessoas desvalidas, que não têm como se socorrer, que não têm como se amparar. Ela (Alexandra) está bem, está feliz, ela está muito mais rica do que quando estava com ele. O marido dela parece que é muito mais rico do que o Pedro Paulo
Não sou mulher e não sou feminista, defendo direitos iguais, afinal, ser contra é para pessoas com o QI abaixo da temperatura ambiente. Mas Cidinha reduziu a luta das feminista a apenas a comparação dos salários! E que Alexandra, que sofreu a violência, está feliz porque está rica… Como assim? Pode estar feliz, e que esteja, mas isso não diminui em nada a violência doméstica.
E contra pessoas desvalidas? Mesmo que Pedro Paulo fosse casado com Ronda Rousey, a famosa lutadora de MMA, continuaria sendo um absurdo e uma vergonha ter um candidato a prefeito que tenha batido em sua esposa e nunca ter pedido desculpas
E apesar do laudo, do Boletim de Ocorrência, inclusive são dois. Cidinha ainda diz que é coisa de mulher que está se divorciando:
A população nunca pergunta pelo laudo, ninguém quer saber do laudo. A Justiça vai querer saber do laudo. O que é importante saber é que a mulher disse que não apanhou, ele disse que não bateu, e ele está sendo crucificado. Quando você se separa, o pau come, a vingança é o caminho mais curto. Ela vai dizer que o laudo não é verdade, vai dizer: eu me bati nesse lugar
Cidinha poderia ter se saído muito melhor em suas respostas, era uma pergunta esperada e que será repetida várias vezes durante as eleições. Mas na primeira vez se saiu mal, muito mal.
