Denúncia do MPRJ diz que Pedro Fernandes e Cristiane Brasil recebiam propina em dinheiro

Investigação que prendeu Pedro Fernandes nesta sexta (11/09) e que procura por Cristiane Brasil apura o desvio de cerca de R$ 30 milhões dos cofres públicos entre 2013 e 2018

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Respectivamente, Pedro Fernandes e Cristiane Brasil - Foto: Reprodução/Poder360

A Operação Catarata, que prendeu na manhã desta sexta-feira (11/09) o secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, e procura – com um mandado – a ex-deputada federal Cristiane Brasil, apura o desvio de cerca de R$ 30 milhões dos cofres públicos entre 2013 e 2018. Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), inclusive, os dois supracitados recebiam propina em espécie.

”Pedro Fernandes [3º ‘chefe’], ainda na condição de então deputado estadual não reeleito, recebia as propinas em dinheiro, sendo que os valores das vantagens indevidas eram tão elevados [25% do valor pago pelo erário referente ao contrato] que, além de serem pagos parceladamente, era mantida uma ‘conta corrente informal da propina’ 50 junto à Servlog Rio, que era administrada por Flávio Chadud [1º], Bruno Campos Selem [7º] e Marcus Vinícius [8º], o que possibilitava que aquele recebesse mensalmente parcelas dos valores espúrios, em espécie”, diz o documento.

Já sobre Cristiane, também citada na investigação, o MPRJ diz que ”as propinas eram recebidas de 3 formas, dependendo do político envolvido”:

  • Em espécie, majoritariamente, na sede a Servlog Rio, sede do ”QG” do grupo criminoso;
  • Mediante depósitos bancários em dinheiro em contas correntes bancárias de terceiros;
  • Por meio de pagamento de despesas pessoais do próprio político, como locação de bens imóveis.

Ainda de acordo com o MPRJ, duas assessoras políticas de Cristiane – Vera Lúcia Gorgulho Chaves de Azevedo e Suely Soares da Silva – que também foram denunciadas, eram as ”mulheres da mala”, isto é, recebiam as vantagens indevidas para poder ”blindar” a ex-deputada.

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”Vera Lúcia Gorgulho Chaves de Azevedo [20ª] e Suely Soares da Silva [21ª] eram as ‘mulheres da mala’ de Cristiane Brasil [4ª], ou seja, quem recebiam as vantagens econômica indevidas [‘propinas’], ora através de entregas de dinheiro em espécie, pessoalmente; ora através de depósitos de dinheiro, em espécie, em contas correntes51; ora através cobrança do pagamento dos valores da locação52 [título do ‘e-mail: ‘FWD: Aluguel Cris’], a fim de blindar a ex- vereadora carioca e ex-deputada federal”, diz o documento.

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