Em uma nova edição da série de entrevistas com os pré-candidatos a vereador do Rio de Janeiro, o DIÁRIO DO RIO conversou com Pedro Rafael, pré-candidato pelo Partido Novo. Pedro possui uma destacada trajetória profissional, com formação em Relações Internacionais e um trabalho significativo com jovens empreendedores na cidade e no estado.
Pedro Rafael começou agradecendo as palavras de incentivo do entrevistador, Quintino, e explicou suas motivações para entrar na política. “Precisamos de vereadores que conheçam e estudem a cidade, com formação e experiência para contribuir no legislativo”, afirmou. Segundo ele, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro precisa ser mais propositiva e defender os interesses dos cariocas, algo que ele acredita poder fazer devido à sua formação e trajetória profissional, mesmo com apenas 31 anos de idade.
Ao ser questionado sobre como pretende enfrentar os desafios na Câmara, Pedro reconheceu que não será possível resolver todos os problemas imediatamente. “No primeiro dia de trabalho, estarei focado em me ambientar e dialogar com todos os vereadores eleitos para entender as pautas e causas de cada um, buscando um diálogo em prol do empreendedor carioca e do cidadão de bem do Rio de Janeiro”, explicou.
Pedro destacou a desordem urbana e a falta de mobilidade como grandes entraves para os empreendedores no Rio. Ele propôs a criação de zonas francas e incentivos fiscais em áreas específicas da cidade para estimular o comércio e reduzir a informalidade. “A cidade do Rio de Janeiro tem vários centros, e precisamos analisar onde são necessários incentivos para beneficiar os comerciantes e gerar empregos”, sugeriu.
Sobre a mobilidade urbana, Pedro criticou a falta de integração entre os modais de transporte e sugeriu a utilização de PPPs (Parcerias Público-Privadas) para desenvolver projetos sem depender exclusivamente de recursos públicos. Ele defendeu a ideia de incentivar o transporte de massa, como trens, em vez de continuar investindo em ônibus como o BRT.
Quintino questionou Pedro sobre o excesso de gratuidades no transporte público e a sustentabilidade financeira do sistema. Pedro respondeu que é necessário um debate honesto sobre o assunto, afirmando que muitas gratuidades são populistas e não sustentáveis a longo prazo. Ele destacou a importância de legislar e fiscalizar, mas também de brigar pelos interesses da população.
Quanto ao Partido Novo, Pedro comentou sobre as críticas e a percepção de que o partido estaria alinhado ao bolsonarismo. Ele defendeu que o Novo se prepara para as eleições com pré-candidatos capacitados de todas as regiões da cidade, ressaltando que é um partido que busca soluções técnicas e práticas para os problemas.
Ao falar sobre os desafios financeiros da campanha, Pedro revelou que contará com doações voluntárias e apoio de amigos. “Não estou preocupado em pagar votos ou fazer boca de urna. Precisamos de um pequeno percentual de votos, e vamos trabalhar para representá-los de maneira justa e honesta”, afirmou.
Sobre a administração atual do prefeito Eduardo Paes, Pedro reconheceu iniciativas positivas, como o incentivo ao desenvolvimento econômico, mas criticou a fadiga do terceiro mandato e a intenção do prefeito de se candidatar a governador em 2026. “É importante que a população enxergue isso e reflita sobre a continuidade desse projeto político”, concluiu.