Um estudo encomendado pela Comissão de Transportes da Casa junto à Coppe/UFRJ analisou, em detalhes, a política tarifária e o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de prestação de serviço. E identificou uma defasagem nas tarifas de ônibus.
A análise traçou dois cenários sobre o valor necessário para que as passagens cobrissem o custo do sistema.
O primeiro canário calculou qual seria o valor atual das tarifas, caso os reajustes tivessem acontecido anualmente – o último foi em 2019. Com o reajuste, as passagens variam de R$ 5,91 a R$ 7,06 dependendo do consórcio analisado.
Já a segunda hipótese, se considera o valor necessário para reequilibrar os contratos em que as empresas se encontram em 2022. Nele, as passagens ficariam entre R$ 7,80 e R$ 12,22 – o que representaria um aumento de aproximadamente 200% em relação à tarifa atual, de R$ 4,05.
Para os responsáveis pela análise, no entanto, esses aumentos não são possíveis, porque reduziriam ainda mais os rendimentos da população. “Garantir tarifas mais baixas aos usuários, ao mesmo tempo em que se garante uma remuneração justa para os operadores, exigiria dissociar a tarifa de remuneração, paga aos concessionários, da tarifa pública, cobrada dos usuários”, diz o estudo.