Festival de bolinhos do Capitu é oportunidade pra visitar o Centro Histórico do Rio

A nova iluminação do Centro Histórico está um show, e a região no entorno da Praça XV conta com várias opções gastronômicas deliciosas. Mas hoje foi dia de comer bolinhos deliciosos, com destaque pro de costela. Ao fim do almoço-janta, o crítico ainda conseguiu um desconto de 10% pros leitores do DIÁRIO DO RIO.

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Divulgação

Sou cliente do tradicional restaurante Rio Minho há décadas, bem ali na parte mais bonita do Centro Histórico do Rio, que é o entorno da Praça XV. Já escrevi mais de uma vez sobre ele, até porque almoço a comida do Sr. Ramon várias vezes por semana. Mas aquela região tem crescido bastante como Polo Gastronômico, e ganhou recentemente novas atrações que merecem uma visita, como é o caso do Sobrado da Cidade e do Porto Carioca, mas ontem foi um dia que resolvi parar pra comer no sobrado mais bonito da Região, que é o Capitu, bem na esquina da rua do Mercado com a Rua do Ouvidor, onde uma nova iluminação histórica restaurou postes centenários e deixou a área com cara de Lisboa.

O imenso sobradão chama atenção na esquina, com seus três andares e dezenas de sacadinhas e muitas portas abertas para a rua de paralelepípedos; além das mesas dentro, há também a possibilidade de sentar ao ar livre. Como sou do time do ar refrigerado, entrei. Fui muito bem atendido por um garçom já mais maduro, daqueles que tornam o atendimento em restaurantes no Rio de Janeiro uma (boa) história à parte, e acabei descobrindo que a casa acabou de lançar um Festival de Bolinhos em comemoração aos 458 anos da cidade, e quem me conhece sabe que esse é meu fraco; um dia falo quantos bolinhos sou capaz de comer numa tarde no Armazém São Thiago, em Santa Teresa (mas não conta pro meu endocrinologista).

Como não podia deixar de ser, pedi logo todos os bolinhos, transformando o que seria o almoço numa tarde de degustação de frituras deliciosas. Fui com um amigo pra ajudar a destruir aquele balaio de quitutes, e ele pediu uma cerveja Amstel de 600ml (R$13,90). O Chopp da Brahma, tirado de uma máquina cheia de manhas, sai a R$ 9,40.

Primeiro chegou a porção do Bolinho de Costela (R$ 45,90). O bichinho é grandinho. Chegou fervendo, com a casquinha muito crocante, e ao abrir, saindo fumaça. A massa é levemente adocicada (leva milho) e a costela dentro é desfiada, e com um tempero que contrasta perfeitamente com o invólucro fofinho . Pedi uma pimenta daquelas bem brabas pra acompanhar, e o casamento foi perfeito. A combinação de massa com milho e costela é de comer de joelhos. Sem dúvida, eu repetiria na hora, se não estivesse pra vir a próxima porção.

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Foi então que chegou à mesa de madeira maciça forrada em fórmica vermelha uma porção de bolinhos de bacalhau muito da bem servida. Sem ser redondinhos, e nem feitos na colher como em Portugal, eles são no estilo ‘botequimzão’ mesmo, tipo os memoráveis bolinhos do Caneco Gelado do Mário, do outro lado da poça. De casquinha crocante e com uma paridade bem correta de bacalhau vs. batata, estavam ferventes, e não me fizeram me arrepender de não ter ido comer o mesmo quitute no Rio Minho, que indubitavelmente faz o mais tradicional bolinho de bacalhau da cidade. Ponto pro Capitu. Eles custam R$ 12,00 cada um.

Com cheirinho de tutu à mineira, e exalando aquele vapor cheiroso, chegou a porção de Bolinho de Feijoada (R$ 45,90). A massinha de feijão estava com tempero e proporções perfeitos e as bolinhas estavam sequinhas, e com a casquinha levemente crocante. Dentro, couve, bacon, calabresa – uma amostra do conteúdo de qualquer feijoada boa do Rio. Deu pra sentir o alho na medida certa. Também uma boa pedida.

Estando ali, pertinho da brisa do mar, colado nas Barcas e na Praça onde Dom João VI desembarcou em 1808, mas ao mesmo tempo onde tanta história dos povos que se uniram pra gerar o brasileiro se passou, estava na hora de chegar o Bolinho de Moqueca (6 a R$48,90). Este tinha um toque gostoso de Bahia, também quentinho e crocante, mas a verdade é que eu me apaixonei tanto pelo de Costela que só pensava em repetir a dose dele. O fiz.

O cardápio do restaurante conta também com uma boa diversidade de sabores, que parecem capazes de agradar os mais exigentes paladares. Mas não foi desta vez. Pedi mais Bolinhos de Costela e fiquei sentado junto àquelas centenárias portas, vendo o dia escurecer, e ser coroado com a beleza da nova iluminação de toda a região, que faz a gente se sentir mesmo na Europa, mas com a vantagem de estar tão perto….desses bolinhos.

O festival de bolinhos conta ainda com uma promoção especial. Os leitores do jornal mais carioca da cidade, o DIÁRIO DO RIO, ganham 10% de desconto no ato do consumo, coisa que consegui pra ver se vocês passam por aqui pra curtir o nosso lindo Centro Histórico. Basta dizer a um atendente do Capitu que é leitor do nosso jornal. Aliás, quem for lá pode passar pela Travessa do Comércio, ruazinha que começa no Arco do Teles, onde estamos pra terminar a obra da nova sede do Diário.

Promoção é válida por tempo limitado.

O Capitu fica na Rua do Ouvidor, nº 18, no Centro. Funciona também aos sábados, e tem um Happy Hour bem bacana.

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1 COMENTÁRIO

  1. Parabéns pelo post! Eu realmente amei!! É tão gratificante receber sugestões de lugares não tão óbvios para conhecer no Rio de Janeiro. Seria muito interessante poder conhecer esses lugares com pessoas que estão acostumadas a frequentá-los.. Os guias convencionais do Rio oferecem serviços para o Cristo, o pão de açúcar, etc, mas o meu sonho é adentrar nas veias do Rio de Janeiro pois sei que há tanto para conhecer, há tanta magia e beleza para desbravar nessa cidade. Eu ficaria encantada de poder fazê-lo com certeza! Obrigada por compartilhar essas dicas maravilhosas!

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