A inflação no Rio de Janeiro manteve sua trajetória de alta em novembro de 2024, impulsionada pelo aumento nos preços de alimentos e produtos de limpeza. O índice de 1,81% registrado no setor de alimentos e bebidas no estado foi equivalente à média nacional, marcando o terceiro mês consecutivo de aceleração. No acumulado do ano, a inflação no Rio ficou acima da média nacional para alimentos, com 7,63%, ocupando a sexta maior posição entre as 16 unidades da federação analisadas pelo IPCA.
Alimentos com as maiores altas
Os principais aumentos foram registrados em itens de consumo diário, como carnes e hortaliças. Entre os produtos que mais pressionaram os preços em novembro, destacam-se:
- Frango em pedaços: +2,99%
- Alcatra: +11,83%
- Contrafilé: +8,70%
- Batata-inglesa: +8,56%
- Óleo de soja: +13,0%
- Açúcar: +2,82%
- Leite em pó: +3,42%
- Suco de frutas: +2,26%
Esses itens reforçam a pressão inflacionária em alimentos básicos, afetando diretamente o orçamento das famílias fluminenses.
Produtos de limpeza em alta, higiene pessoal em queda
Os produtos de limpeza também registraram inflação significativa. Os itens com as maiores altas foram:
- Sabão em barra: +3,36%
- Papel toalha: +2,70%
- Amaciante e alvejante: +2,39%
- Desinfetante: +2,28%
- Água sanitária: +2,27%
Em contrapartida, os preços dos artigos de higiene pessoal apresentaram deflação, aliviando parte do impacto no orçamento dos consumidores.
Carnes lideram o aumento de preços
As carnes se destacaram como um dos itens que mais pressionaram a inflação em novembro. Fábio Queiróz, presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), atribui o aumento a fatores como a redução no número de cabeças de gado disponíveis para abate, seca nas pastagens e aumento das exportações devido à desvalorização cambial.
“E os preços não devem cair nos próximos meses. O churrasco do fim de ano e de 2025 vai ficar mais caro para os cariocas”, afirmou Queiróz.
Alguns itens registram queda
Apesar do aumento generalizado, alguns produtos tiveram redução nos preços, oferecendo um pequeno alívio para os consumidores. Entre eles:
- Feijão preto: -2,79%
- Ovo de galinha: -2,74%
- Banana-prata: -1,37%
- Arroz: -1,28%
- Pão francês: -0,33%
- Biscoito: -0,53%
Comparativo regional e nacional
No acumulado de 2024, o Rio de Janeiro registrou uma inflação de 7,63% no setor de alimentação no domicílio, superior à média nacional de 6,98%. No Sudeste, o estado teve a segunda menor inflação regional, ficando atrás apenas do Espírito Santo, que registrou 5,84%.
Impacto no orçamento familiar
Com a inflação pressionando itens básicos, as famílias fluminenses enfrentam desafios crescentes para equilibrar o orçamento, especialmente diante das festividades de fim de ano e o aumento esperado nos custos alimentares em 2025. A alta nos preços reflete um cenário econômico ainda delicado, com impactos significativos no consumo doméstico.