Jackson: A insegurança da segurança

Para Jackson Vasconcelos,. seja verdade ou seja um conto, o fato é que o Rio de Janeiro já é reconhecido como um lugar onde se pode ser assaltado à luz do dia

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Foto: Divulgação

Não adianta espernear nem discordar, pois a marca Rio está impregnada com a mancha da insegurança. Seja verdade ou seja um conto, o fato é que o Rio de Janeiro já é reconhecido como um lugar onde se pode ser assaltado à luz do dia e se corre o risco de perder a vida num estalar de dedos. Isso determina se a cidade entra na agenda de quem viaja.

Como fazer para resolver isso? Eu diria que já se tentou quase todos os caminhos e a situação só se agrava desde 1982, quando por aqui apareceu o gaúcho Leonel Brizola. Ele acreditava que a pobreza cria bandidos e que a falta de educação cria a pobreza. Partiu, então, para a construção de escolas, sem deixar de lado a edificação de um templo para o carnaval carioca, patrocinado pelo crime. Mas, crime sofisticado. Crime bem recebido nos melhores salões e salas de governo.

Depois, investiu-se na construção de presídios de segurança máxima; premiou-se a polícia; distribuiu-se delegacias com os deputados; mexeu-se no conceito de delegacia; fez-se política por proximidade e convocou-se as Forças Armadas. Nenhuma medida adiantou.

Como a segurança pública é assunto para governador, o povo os elegeu com base no que eles prometeram neste campo, mas a falta de cumprimento consumiu o projeto político de todos eles e de todas elas. Benedita da Silva, para ser mais efetiva, resumiu o projeto dela de segurança pública pela captura do Elias Maluco. Ela usou dirigível, um bom plano de captura, conseguiu o que almejava, mas nem isso adiantou para salvar o projeto político dela e de que, com ela, atendeu a expectativa de prisão do bandido.

A situação não se resolveu e por isso, tivemos campanhas para a prefeitura do Rio que levantaram a questão da segurança pública, para aproveitar o tema na qualificação dos candidatos. O povo não comprou a enrolação e desconsiderou a tese e estamos caminhando para o quarto mandato de um mesmo prefeito, depois de dar quatro mandatos a um outro – três para exercício direto e um por “procuração”.

Sou um cidadão não especialista em segurança pública. Tive sim a oportunidade, algumas vezes, de estar mais próximo do tema, quando envolvido com as campanhas dos candidatos ao governo do estado. Mas, não sou pleno conhecedor do assunto. Então, posso dar as minhas piruadas.

Será que os bandidos que atuam nas comunidades teriam a coragem e a ousadia que têm se não estivessem armados como estão?  E por que diabos essa turma tem acesso às armas, às mais sofisticadas? Não lhes parece que o acesso às armas é o principal problema? Eu fico impressionado com a naturalidade com que se fala sobre a existência desse armamento nas mãos dos bandidos, a ponto de se ter como política de governo armar as pessoas de bem, porque os bandidos estão armados. É uma doideira não?

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Formado em Ciências Econômicas na Universidade Católica de Brasília e Ciência Política na UNB, fez carreira com dezenas de cases de campanhas eleitorais majoritárias e proporcionais. É autor de, entre outros, “Que raios de eleição é essa”, Bíblia do marketing político.

2 COMENTÁRIOS

  1. Guilherme, vc fala que os fatos têm que ser provados com dados oficiais e vem com dados oficiosos??? rsrs

    A “sua” ONG que fala de queda de homicídio no governo Bolsonaro esqueceu que teve 2 ou 3 anos de pandemia??? Fácil fazer segurança de quem não bota a cara na rua, não?

    Cidadãos armados NUNCA vai ser solução de nada. Ainda mais num país onde as pessoas não têm o menor senso de comunidade e respeito. Apesar de ainda nos acharem gente boa lá fora, aqui dentro a hospitalidade infelizmente é outra.

    Os tais países que vc cita em que pode-se portar armas, são anos-luz avançados em questões como segurança e educação.

    Não confunda alhos com bugalhos…

  2. Os bandidos sempre compraram armas de fora do país, mas, além disso, a própria polícia fornece também, alguns maus policiais, óbvio, toda instituição tem pessoas ruins. A grande falácia é que culpam as armas legais, culpam os CACs, culpam as pessoas de bem que só querem se defender. As estatísticas OFICIAIS (e não estatísticas de ONG Caiapó Biribi-borobó), são dados OFICIAIS, extraídos dos ISPs e do Min. da Saúde , PROVAM que o aumento de armas legais não influenciou em aumento de crimes no Brasil, PELO CONTRÁRIO, vejam o número de homicídios/ANO do governo Bolsonaro que caíram drasticamente, DESPENCARAM, pesquisem, mesmo aumentando o números de CACs , os homicídios CAÍRAM! Armas legalizadas não vão para o crime, o percentual disso é ínfimo, quem falar isso está mentindo, as armas nas favelas são de origem ilícita, ou seja, entram ilegalmente no Brasil, sem registro, obviamente algumas são roubadas dos arsenais militares (muito poucas) e outras adquiridas de maus-policiais, mas SEMPRE ilicitamente. Infelizmente temos um ministro da justiça fanfarrão que diz o contrário, sem apresentar dados oficiais, mentindo ou inventando dados que ele recebe de ONGs, o STf também só usa dados falsos de ONGs mequetrefes, mas é preciso divulgar DADOS OFICIAIS, pesquisem pelo nome: Fabrício Rebelo – CEPEDES, que mostra os dados oficiais, estatísticas sérias de relatórios OFICIAS, pra quem quiser ver. Repito, pra discutir segurança tem que apresentar DADOS OFICIAS, das polícias civis dos estados e dos hospitais, que registram pecientes internados alvejados por armas de fogo, o resto é bazófia. Particularmente eu acredito que armar o cidadão de bem é uma das soluções, porque está provado que o estatuto do desarmamento fez explodir os homicídios, chegou-no no Brasil a 50 mil, 60 mil mortes por ano!!!!!!! Procurem as estatísticas de países que permitem seus cidadãos se armarem, os crimes são diminutos. Mas o assunto é extenso.

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