Alvaro Tallarico: Deserto no Flamengo e Ordinarius em Niterói, confira as boas do Rio

"Fervo" na Maré, "Divertida Mente 2" e videoarte "Caiçara" são outros destaques culturais do Rio de Janeiro. Saiba mais!

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Deserto no Flamengo,
Teatro é sempre boa opção (à esq., foto de Renato Mangolin; à dir., foto de Valmyr Ferreira)

Outono no Rio oferece alguns dos céus mais belos. Aquele azul límpido, a lua esplendorosa, a temperatura mais amena. Contudo, os calorosos eventos seguem firmes na cidade. Você sabia que tem deserto no Flamengo? Não, calma, não é alguma nova consequência do aquecimento global e da falta de cuidado da humanidade com o planeta Terra (ainda). “Deserto” é o novo espetáculo do diretor-dramaturgo e jornalista Luiz Felipe Reis. Uma dramaturgia original que ilumina a jornada existencial e artística do premiado poeta e escritor chileno Roberto Bolaño. Já conferi e a obra realmente consegue refletir e fazer pensar sobre as condições de existência e criação dos artistas na contemporaneidade. Em cena, o ator Renato Livera se entrega de corpo e alma e presenteia o público com uma grande atuação em cima de um texto tão poético quanto aquele que o inspirou. A temporada vai até 23 de junho, de quinta a domingo, às 20h, no Futuros – Arte e Tecnologia (Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo).

O espetáculo infantil “A Menina Dança” está em seus últimos dias de apresentação em espaços públicos do Rio de Janeiro. Após uma temporada de sucesso no Sesc Tijuca, a peça que utiliza danças afro-brasileiras e cantigas de roda para contar a história de Maria Felipa, promove questões antirracistas e educativas para crianças. As últimas apresentações acontecem no Teatro Ruth de Souza (R. Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa) nos dias 14 e 15 de junho, às 11 horas, com uma sessão especial com audiodescrição no dia 15.

Já na Terra de Arariboia, comemorando 15 anos de carreira, o grupo vocal Ordinarius apresenta nesta sexta-feira (14) o show inédito “Ordinarius 15 anos”, às 20h, no Theatro Municipal de Niterói (Rua Quinze de Novembro, 35 – Centro, Niterói). O septeto vocal celebra sua trajetória, que inclui 8 discos e shows em mais de 60 cidades no Brasil e 50 pelo mundo, com destaque para 10 nos Estados Unidos e mais de 20 no Japão. O repertório, que abrange choro, samba, MPB e sucessos internacionais, oferece uma retrospectiva das músicas mais significativas do grupo.

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Depois do deserto, Cristo Redentor Violeta

O Junho Violeta é uma campanha mundial instituída pela ONU em 2006 para alertar sobre os riscos e sinais de agressões — físicas e psicológicas — contra idosos. Com o aumento da população idosa no Brasil, a iniciativa enfatiza a necessidade de proteger seus direitos e valorizar suas contribuições. O Instituto Velho Amigo, pioneiro na garantia dos direitos dos idosos em situação de vulnerabilidade, ilumina importantes monumentos em apoio à campanha. No dia 15 de junho, o Cristo Redentor será iluminado de violeta, amplificando a visibilidade da causa. A violência contra idosos é uma questão urgente de segurança pública, com mais de 75 mil denúncias registradas nos primeiros meses de 2024, evidenciando um aumento alarmante em comparação aos anos anteriores. Entre os abusos mais comuns estão negligência, exposição de risco à saúde, tortura psíquica, maus-tratos e violência patrimonial.

A artista plástica Mariana Katona e o curador Francisco Camêlo realizam uma roda de conversa sobre a exposição “Até Onde Marca” no próximo dia 15 de junho, sábado, às 14h30, no Centro Cultural Correios RJ (Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro). A conversa abordará a trajetória de Mariana, suas pesquisas sobre o corpo como instrumento de expressão artística e sua dedicação em dar forma a suas inquietações sensíveis e conceituais utilizando diversos materiais, técnicas e suportes. Conhecida por utilizar o corpo como meio de expressão, Mariana Katona explora sensações de estranhamento e desenraizamento, refletindo memórias pessoais e familiares em suas obras, que acumulam marcas e inscrições na pele, criando paisagens que lembram teares. A exposição “Até Onde Marca” dialoga com a tradição feminina da costura, contrastando o silêncio do bordado com o ruído do rasgo, usando fios, linhas, pregos e peles. A exposição pode ser visitada até 6 de julho, de terça a sábado, das 12h às 19h.

Fervo na Maré

Na terça-feira, 18 de junho, o Programa Imagens do Povo, do Observatório de Favelas, realizará a projeção pública da exposição “Fervo” às 20h30 na Maré (Em frente à sede do Observatório de Favelas, Rua Teixeira Ribeiro, 535) celebrando seus 20 anos. A mostra apresenta 20 fotografias selecionadas do acervo digital do programa, destacando encontros e celebrações dos territórios populares. Além da projeção, a exposição está aberta desde abril na Galeria 535, na sede do Observatório de Favelas, como parte das comemorações de duas décadas do programa. O Imagens do Povo, fundado em 2004, documenta o cotidiano das periferias e promove a inserção de fotógrafos populares no mercado, enquanto o Observatório de Favelas, criado em 2001, atua na produção de conhecimento e políticas públicas para fortalecer a democracia e superar desigualdades nas favelas. O evento é gratuito.

Divertida Mente 2

Com estreia marcada para 20 de junho em todas as salas de cinema do país, “Divertida Mente 2” é um dos filmes mais aguardados do ano. O primeiro filme da franquia, um grande sucesso da Disney, é amado pelo público. Após nove anos, a sequência volta aos cinemas, trazendo a adolescente Riley e sua Sala de Comando, que enfrenta uma demolição repentina para dar lugar a novas Emoções. Além de Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho, surgem Ansiedade, Inveja, Tédio e Vergonha, criando um novo cenário de sentimentos. A convite da Espaço Z e Disney, pude ver antecipadamente no Cinemark Downtown e foi uma boa experiência. O filme não decepciona, é simples e funcional, daquele tipo indicado para toda a família. Faz rir, refletir e diverte.

Caiçara

Oskar Metsavaht, Embaixador da Boa Vontade da UNESCO para Sustentabilidade e da Década dos Oceanos 2021-2030, inaugura o manifesto em videoarte “Caiçara” em seu ateliê OM.art. No local, é possível assistir ao curta-metragem homônimo e explorar imagens inéditas da filmagem, permitindo uma experiência individualizada e não linear das projeções. Filmado na colônia de pesca artesanal Z13 em Copacabana, o curta faz parte da antologia INTERACTIONS, da ONG suíça Art for the World, e conecta humanos e animais por meio da biodiversidade e mudanças climáticas. Após estrear no Festival de Cinema de Roma 2022, foi exibido em diversos festivais internacionais. O manifesto de Metsavaht busca provocar uma reflexão sobre a relação do homem com a natureza, com uma narrativa poética que aborda tradições, ancestralidade e os desafios dos pescadores tradicionais.

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