Mendigos se escondem em ‘caverna’ perto do Jardim de Alah

Mendigos quebraram uma parede na parte de baixo da ponte por onde passa a ciclovia da Lagoa. Pessoas que passam pelo local dizem sentir medo, especialmente à noite

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Uma cena absurda pode ser vista em uma área que divisa os bairros de Ipanema e o Leblon, na Zona Sul da cidade. Mendigos quebraram uma parede na parte de baixo da ponte por onde passa a ciclovia da Lagoa, em frente ao canal Jardim de Alah. No local, eles fizeram uma “caverna”, que serve de esconderijo e dormitório, gerando medo nas pessoas que passam nas proximidades, especialmente à noite.

Há relatos de que entre eles há usuários de drogas, o que eleva a tensão dos dos pedestres que passam pelo lugar, especialmente mulheres, idosos e adolescentes: vítimas preferenciais das colônias de moradores de rua cada vez mais presentes por todo o Rio de Janeiro, com especial destaque para os bairros turísticos da Zona Sul.

Caverna de mendido 1 Mendigos se escondem em 'caverna' perto do Jardim de Alah

Na última semana, o DIÁRIO DO RIO denunciou o ataque de uma mendiga a duas mulheres que passavam pelo Rua Barão de Ipanema, nas proximidades da Avenida Atlântica. Em um vídeo de uma câmara de segurança local, é possível ver o ataque da moradora de rua a uma das mulheres, que leva um soco e é jogada na calçada. A vítima foi socorrida e levantada pela amiga.

A mendiga, que parecia estar sob o efeito de drogas, atravessou a via calmamente, sem que ninguém a incomodasse. O crime aconteceu em um dos pontos nobres do bairro, perto de restaurantes e hotéis de qualificação internacional. Apesar da boa localização, quem passa, mora ou trabalha na região tem penado com as ações incontroláveis de moradores de rua e usuários de drogas.

Infelizmente, a Barão de Ipanema, assim como muitas ruas de Copacabana, tem representado um foco de problemas. No dia  24 de agosto deste ano,  o jornal falou sobre uma colônia de mendigos formada na Barão. O grupo, que é muito mais do que ajuntamento de desocupados, faz as suas necessidades fisiológicas a céu aberto, atrapalha a passagem nas calçadas, inclusive na via de rolamento, além de pedir dinheiro e ameaçar os pedestres.

Na ocasião, uma moradora da Barão de Ipanema entrou em contato com o DIÁRIO, para relatar o risco de assaltos e o constrangimento de ver atos contrário à civilidade, além de reclamar do insuportável cheiro de fezes e de urina impregnado nas calçadas. Segundo a mulher, que não quis se identificar, além de dormitório, o trecho virou um banheiro público a céu aberto, com dejetos humanos se misturando aos de animais.

No dia 27 de junho, o DDR noticiou a agressão sofrida por uma senhora no dia anterior, quando caminhava por uma calçada em Copacabana. A idosa foi covardemente agredida por um mendigo que passava ao seu lado. A cena foi registrada em um vídeo divulgado pelo perfil Alerta.Rio, no qual é possível ver o momento em que agressor disfere um cruzado de direita no rosto da mulher, que cai desacordada no chão. O criminoso fugiu, mas foi preso depois e encaminhado para a 12ª DP (Copacabana). A vítima do ataque brutal foi levada para a UPA da Rua Siqueira Campos, onde foi atendida e liberada após avaliação clínica, segundo informações do Alerta.Rio.

Na mesma matéria repercutimos outro caso ocorrido no mês de maio, quando câmeras de segurança da Rua Gustavo Sampaio, no Leme, flagraram um mendigo agredindo outra idosa. Nas imagens, o agressor se aproxima da vítima segurando um pacote de balas. Depois de dizer ou pedir alguma coisa, que parece lhe ser negada, ele empurra a mulher pelo braço. Ela cai entre cadeiras e galões de um estabelecimento, sendo socorrida por populares. A mulher sofreu apenas ferimentos leves. O criminoso foi preso por policiais militares do 19º BPM (Copacabana), na Praça do Lido.

No dia 20 de novembro do ano passado, outro mendigo foi preso, desta vez, após estuprar uma jovem de 19 anos, na calçada em frente ao 17° Grupamento de Bombeiros Militar, localizado na Rua Xavier da Silveira. O crime foi registrado pelas câmeras do sistema Gabriel de monitoramento, que flagraram o bandido conduzindo a vítima para trás de uma caçamba com cavaletes de obra pública, onde a estuprou, na calçada. Exames periciais foram realizados e comprovaram a violência.

Em abril de 2023, outra tentativa de estupro chocou os moradores do bairro. O crime teve como autor um morador de rua, que tentou estuprar uma garota de 12 anos que ia para a escola, na manhã do dia 7, em plena Rua Tonelero. O criminoso, Juliano de Jesus Batista, de 36 anos, que tinha passagem pela polícia, agarrou a adolescente pelo braço para realizar o ataque.

A garota, apesar de se esquivar, teve o seu pescoço beijado pelo estuprador, que disse à Polícia que sentia vontade de “chupar as partes íntimas” das adolescentes que encontrava pelas ruas do bairro. O bandido também disse às autoridades que tinha vontade de esfaquear idosas e que andava nas ruas “procurando problemas”.  

Há mais de 4 anos, no dia 20 de maio, o DIÁRIO DO RIO já alertava sobre a degradação dos bairros da Zona Sul, especialmente de Copacabana, onde o problema é crômico. Mostramos na matéria como o bairro mais famoso do planeta está tomado por colônias de mendigos, que impõem medo aos moradores, trabalhadores e turistas nacionais e internacionais do tradicional bairro da capital fluminense, além de instaurarem todo tipo de desordem.

Em diversos pontos de Copacabana, o jornal denunciava a presença de sofás, camas, colchões, e até mesas, em um acúmulo de lixo, piorado pelo ajuntamento de fezes de animais e humanas, largadas por várias esquinas e ruas do bairro turístico; sem contar a violência e o consumo de tóxico a céu aberto.

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