Bairro com maior número de idosos da cidade e ainda principal do Rio na busca de hospedagem de turistas nacionais e internacionais, Copacabana vem sofrendo com a sensação de insegurança e moradores pedem reforço no policiamento. Um dos principais pontos são nos arredores da Rua Siqueira Campos e do Corte Cantagalo.
O simples ato de ir à farmácia tornou-se assustador para uma moradora da Rua Paula Freitas, que não quis se identificar. Ao passar, a pé, pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na altura da Siqueira Campos, mesma que fica uma das estações do metrô no bairro, a mulher sentiu que estava sendo seguida por um suspeito e, depois, a mandou parar. O pavor só foi terminar quando ela apertou o passo e entrou em uma farmácia, única loja aberta. “O sujeito (já quase colado em mim), ficou parado na porta, me esperando, visivelmente irritado! Fiquei uns 15 minutos lá no fundo da farmácia, com o funcionário do balcão e depois resolvi ir embora. Mas, tinham duas funcionárias na frente da loja que me disseram para não sair, pois estava me esperando. A solução foi pegar um táxi”, conta.
Ao longo da Siqueira Campos, há acesso para a comunidade Ladeira dos Tabajaras, que fica tanto em Copacabana como Botafogo. Ainda no local, há tanto hospitais públicos quanto particulares. Outro ponto que costuma assustar os moradores é o Corte Cantagalo, que dá acesso ao bairro e à Lagoa Rodrigues de Freitas. “É outra parte que só tem portaria de prédios em alguns pontos. E bandidos, a pé ou em bicicleta, abordam pedestres. Os casos já são antigos”, relata uma moradora da Avenida Epitácio Pessoa, que prefere andar mais, porém teme cruzar a via.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que os batalhões que atuam nas orlas do Rio de Janeiro operam com emprego de motos, viaturas, tendas e quadriciculos realizando policiamento ostensivo, abordagens e escoltas de ônibus coletivos com destino à Zona Norte, no final do dia. Além disso, a implantação da Operação Verão, que mobiliza cerca de mil policiais nos finais de semana, já está em vigor há quase seis meses e atua de forma ostensiva com apoio do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) e de aeronaves tripuladas e não tripuladas do Grupamento Aeromóvel (GAM).