A partir de 1º de fevereiro, os usuários dos transportes municipais do Rio — incluindo vans, ônibus, BRT e VLT — serão obrigados a utilizar o novo sistema de bilhetagem eletrônica da cidade: o polêmico Jaé. A medida promete impactar cerca de três milhões de passageiros, exigindo adaptação tanto às versões física quanto virtual do novo cartão.
Desde 2023, a Prefeitura do Rio vem empreendendo esforços para popularizar o Jaé. No entanto, uma pesquisa realizada em outubro do mesmo ano revelou que o sistema foi responsável por apenas 1% dos mais de 63 milhões de embarques mensais na cidade. Com o resultado pífio, a administração de Eduardo Paes adotou estratégias para incentivar — ou forçar — a adesão dos passageiros ao Jaé. Uma das medidas mais controversas foi a desativação, em dezembro, de todas as máquinas de recarga do Riocard nas estações de VLT do Centro. Passageiros sem saldo ficaram impossibilitados de embarcar.
Como obter o cartão Jaé
O Jaé oferece duas opções de uso: o cartão virtual, que pode ser acessado por um aplicativo de celular, e o cartão físico, disponível gratuitamente mediante solicitação. No entanto, o processo para retirar o cartão físico tem gerado longas filas e muita reclamação.
Nesta terça-feira (07/01), a reportagem do DIÁRIO DO RIO esteve na Sede Administrativa São Sebastião (Prefeitura do Rio), na Cidade Nova, um dos pontos de retirada do cartão. A fila, gigantesca, era composta em sua maioria por idosos que haviam agendado a retirada do cartão de gratuidade. Uma atendente, visivelmente exausta, tentava esclarecer as dúvidas de quem aguardava o atendimento.
Para evitar transtornos, é necessário solicitar o cartão pelo aplicativo e retira-lo em uma das 11 unidades de distribuição dentro do prazo de 15 dias. Os que preferirem receber o cartão em casa precisam arcar com uma taxa de R$ 7,95.
Pontos de Retirada
- Cidade Nova – Rua Afonso Cavalcante, 455 (Prefeitura do Rio)
- Botafogo – Rua Voluntários da Pátria, 169 (Sede da Rioluz)
- Ilha do Governador – Terminal BRT do Fundão
- Madureira – Terminal BRT Madureira
- Deodoro – Terminal Deodoro
- Taquara – Avenida Nelson Cardoso 905/loja 10
- Barra da Tijuca 1 – Estação BRT Jardim Oceânico
- Barra da Tijuca 2 – Terminal Alvorada
- Guaratiba – Terminal Pingo D’agua
- Campo Grande – Rua Aurélio de Figueiredo, 41/loja D
- Santa Cruz – Rua Felipe Cardoso, 148/loja H
Jaé terá integração?
A Prefeitura do Rio e o governo estadual ainda não chegaram a um consenso sobre como será a integração entre os modais de transporte com o cartão Jaé. Atualmente, o Riocard permite que os passageiros realizem conexões entre diferentes meios de transporte dentro de um período de três horas, sem a cobrança de uma nova tarifa. Com a introdução do Jaé, entretanto, muitos usuários poderão enfrentar a necessidade de se adaptar a novas regras ou, em alguns casos, arcar com custos adicionais.
A Prefeitura está em negociação com as concessionárias estaduais, como MetrôRio, SuperVia e Barcas, para avaliar a possibilidade de expandir o uso do Jaé para o sistema intermunicipal. Paralelamente, também busca uma solução com o governo estadual para atender especificamente os beneficiários do Bilhete Único Intermunicipal (BUI).
Se todos fizessem cartões físicos teriamos 3 milhões x R$ 7,95 = quase R$ 24 milhões a custo dos usuários. Só não estão informando que para os idosos a taxa de entrega de um cartão em casa é de R$ 20,49 que pode ser consultada em https://jae.com.br/gratuidade/ e depois o flag “qual o valor da taxa de entrega. Resumindo: O prefeito cria um novo processo pra justificar o controle do movimento nos ônibus e joga o custo de implantação para os moradores do Rio e usuários do transporte. Ainda não foi solucionado o problema com as empresas já que muitos trabalhadores moram fora da cidade e ainda não foi apresentado um plano de alteração para o público. Aliás, o Judiciário e o Ministério Público, este tão interessado em abraçar lutas sociais sem provocação externa, deveriam tomar a frente para oficiar a Prefeitura quanto a esse encargo de recursos e tempo, assim como o ganho efetivo na troca do sistema. Pelos retornos anteriores do RioCard em décadas, com custos menores de emissão e controle, não parece uma troca justa, mas apenas picuinha com um setor que nunca foi afinado com a administração. Como ação gera reação, não é por acaso que o transporte por ônibus está do jeito em que está, envelhecido e com o menor número de coletivos da história por habitante.
Se todo prefeito que entrar fizer a troca do sistema então o povo estará ferrado… É uma grana enorme que é gasta em projeto, implantação e execução e só porque o prefeito acha o nome mais bonitinho que o outro e/ou pra ter o seu nome estampado ali como ele quem criou o programa. Eu aprendi uma coisa “em time que está ganhando não mexe” e eles fazem isso toda hora… E toma dinheiro público indo pro ralo só pra ter o nome do prefeito como “criador do benefício”… Palhaçada!
O nome do cartão está mal elaborado: deveria se chamar “Já era”, carioca otário! Se deu mal e perdeu o pouquinho de facilidade que tinha com o RioCard.
FORA PAES !
O RioCard facilitava a vida,onde já se viu isso? Pra quê facilitar,se pode complicar?
Isso é um crime! Ainda mais pra forçar a população a aderir. Obriga a usar e não tem integração, e não é aceito em outros transportes. Pra onde vai o $ do Já é? Ninguém nem vai saber tbm.
É o MP assiste inerte.
Eu e minha esposa demos entrada para fazer o cartão em setembro para não ficar no tumulto qdo mais perto e até agora os cartões não ficaram prontos. Agora ainda mais inventaram de agendar para retirar . Vergonha, na Riocard o cartão é feito e entregue na hora