Para Cláudio Castro a recuperação fiscal do Rio não virá de cortes mas sim da arrecadação e geração de empregos e negócios
O governador Cláudio Castro anunciou nesta sexta (13), um pacotão de investimentos, o PactoRJ. A medida vai ajudar a retomada social e econômica dos 92 municípios do estado com 17 bilhões distribuídos em mais de 50 projetos nos próximos três anos. Durante a solenidade, o governador destacou que além de beneficiar a população, o projeto vai atrair investimentos e gerar mais negócios para retomar a relevância do Rio no país.
“O PactoRJ foi pensado para realmente impactar a população em todas as áreas da vida como saúde, educação, esporte, lazer, infraestrutura e emprego. Ele gera muito emprego. São investimentos que gerem investimentos, negócios que gerem negócios. O que a gente está preparando aqui é o Rio para crescer. A verdadeira recuperação fiscal não é corte. É o nosso estado evoluir como estado, arrecadar mais, é gerar mais negócio, é gerar mais emprego. É trazermos mais empresas para cá”.
Segundo Castro, o estado perdeu muitas empresas por causa da guerra fiscal e pela falta de segurança pública. “Esse pacto é uma retomada da relevância do Rio no cenário nacional, por isso não é o pacto só do meu governo, é um pacto que a gente vai deixar para que o Rio possa crescer nos próximos anos”.
Grandioso, o PactoRJ prevê a criação 150 mil novos postos de trabalho. Entre os destaques para a mobilidade está a criação de uma linha de metrô em superfície com 23 quilômetros que cortará a Baixada Fluminense e passará pelos municípios de Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis e Belford Roxo. A previsão é de que 370.000 passageiros sejam beneficiados por dia.
“A Baixada é um estado dentro do nosso estado. E é um projeto que a câmara metropolitana já tinha feito lá atrás. Não é um traçado caro e está pronto e estudado por quem entende disso. Se a gente olhar o investimento feito em outros projetos até se assusta com o valor baixo, pois o traçado deste já está desenhado e ainda aproveita o traço de antigas linhas férreas. Isso torna o projeto mais factível e muito mais barato”, completa o governador.
Questionado sobre a reabertura da estação Gávea do metrô, Castro acredita que a partir do ano que vem ele pode começar as obras. “A Gávea não está contemplada no projeto pois há um problema jurídico sério que estou tentando resolver com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça. Apesar de não estar no PactoRJ, ela está dentro da programação, não consigo entregá-la pronta, mas dá pra retomar as obras assim que tivermos uma solução jurídica”, finalizou.
Para garantir a transparência no uso dos R$ 17 bilhões – sendo cerca de R$ 10 bilhões arrecadados no leilão do saneamento -, o governo vai criar um comitê para acompanhar a implementação dos projetos, com a participação da sociedade civil.