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Casamento de conselheiro administrativo interdita Bondinho Pão de Açúcar no último sábado

No último sábado (21/09) durante o Rock in Rio, que celebrava 40 anos e atraiu milhares de visitantes à cidade, o Bondinho Pão de Açúcar interrompeu suas atividades, mesmo com um tempo agradável e praias lotadas. Em nota ao DIÁRIO DO RIO, o primeiro veículo a noticiar o fechamento, a administração do bondinho justificou que a atração, uma das mais visitadas do Rio, estava fechada para manutenção programada e um evento corporativo privado. No entanto, a situação se revelou diferente.

De acordo com o jornal O Globo, o parque estava na verdade fechado para um casamento exclusivo, com acesso restrito apenas a convidados. O evento era organizado pelo presidente do conselho da empresa que administra o Bondinho Pão de Açúcar.

A informação sobre o fechamento foi amplamente divulgada nas redes sociais e no site oficial da atração, gerando frustração entre os turistas que planejaram visitar o local. Aqueles que tentaram entrar pelo acesso da trilha foram informados por um segurança de que “o embarque está fechado para manutenção”, e, ao questionarem qual seria o trecho, recebiam a resposta: “não sei informar”.

Turistas que chegaram em ônibus de excursão ou com motoristas de aplicativos também foram surpreendidos ao encontrar o local fechado e foram obrigados a retornar sem realizar a visita planejada. Ao tentar obter mais informações, a resposta que recebiam era “estamos tendo um evento corporativo na linha 1 e na linha 2 está em manutenção”, enquanto os convidados da celebração, vestidos de maneira formal, conseguiam passar.

Vídeos da festa circularam nas redes sociais, revelando a comemoração. Um dos convidados comentou “a celebração mais bonita da minha vida, um lugar de cerimônia”. Ao fundo, outro convidado respondia “muito legal, né?” e acrescentava “nunca vi um lugar tão bonito”.

Assim, o evento corporativo era, na verdade, uma festa de casamento, com vista privilegiada em um dos principais pontos turísticos da cidade, que movimenta a economia e atrai visitantes diariamente, exceto neste caso. O turismo é fundamental para a economia do Rio e, segundo Sálvio Teixeira, ambientalista e diretor do Grupo de Ações Ecológicas, ao jornal O Globo, “nenhum equipamento turístico pode fechar suas portas ao bel-prazer e impedir que as pessoas acessem o que temos de mais valioso, ou seja, nosso patrimônio natural”.

Um grupo de montanhistas protestou estendendo uma faixa no cume do Pão de Açúcar, mas foram surpreendidos por um funcionário que começou a remover o objeto. Um dos manifestantes afirmou “se você soltar, você vai matar alguém”, e o funcionário respondeu “então se prende, você é otário que está achando que dinheiro não compra nada”. O diálogo seguiu tenso, com os protestantes alegando que a remoção da faixa poderia colocar vidas em risco.

O noivo, Pedro Leite de Castro Casares Silva, ocupa o cargo de conselheiro de administração no grupo Inter, responsável pela administração do Bondinho Pão de Açúcar. Procurada pelo jornal O Globo, a empresa justificou a interdição no último sábado, afirmando que a decisão de conciliar as agendas do evento e da manutenção foi a melhor alternativa, evitando dois fechamentos em datas distintas. “A gente tinha dois eventos importantes acontecendo: um evento privado e uma manutenção que era necessária e, portanto, tinha que interditar o parque também”, declarou o diretor de Relações Institucionais do Grupo Inter, Paulo Gontijo.

A empresa reconheceu que a interdição teria um impacto, mas afirmou ter se preocupado em comunicar com antecedência em todos os meios disponíveis, além de ter uma equipe pronta para atender os visitantes que chegassem e não conseguissem entrar. “Não comentamos eventos privados que ocorrem aqui dentro”, acrescentou.

Sobre o protesto, a empresa afirmou que foi um ato ilícito dentro de uma unidade de conservação, realizado sem respeito à empresa, colocando em risco a fauna, flora e a integridade dos manifestantes e demais escaladores presentes. De acordo com o diretor, “a função da pessoa que foi ali foi a remoção da faixa, e assim ele fez. As autoridades policiais foram acionadas, estiveram no parque, removeram a faixa, levaram para a delegacia e relataram o ocorrido; todos os trâmites legais foram cumpridos estritamente”.

O Bondinho Pão de Açúcar, em operação desde 1912, é uma empresa privada que funciona em área de domínio da União, sendo um monumento tombado e protegido.

Alerj aprova projeto que exige fornecimento de água gratuita em shows e festivais

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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em primeira discussão nesta quarta-feira (25/09), o Projeto de Lei 2.588/23, que obriga as empresas responsáveis por shows, festivais e outros eventos de grande porte a disponibilizarem locais para hidratação gratuita e permitirem a entrada de garrafas d’água. A proposta é de autoria dos deputados Luiz Paulo (PSD), Andrezinho Ceciliano (PT) e Índia Armelau (PL) e ainda precisa ser aprovada em segunda discussão.

A medida foi criada após a junção de diversos projetos de lei semelhantes pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), muitos dos quais foram apresentados logo após a morte da jovem Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, que faleceu durante um show da cantora Taylor Swift, no Estádio Olímpico Nilton Santos, em novembro de 2022. Na ocasião, o Rio de Janeiro registrou temperaturas superiores a 40°C, com sensação térmica de até 60°C, e a organização do evento proibia a entrada de garrafas de água, além de oferecer opções escassas de hidratação no local.

“Segundo veiculado na grande mídia, a organização do evento proibia a entrada de pessoas com garrafas de água. Também foi divulgado que a oferta de água era escassa para os consumidores presentes no show”, destacou o deputado Luiz Paulo.

Exigências do projeto

Para prevenir outras tragédias, o projeto determina que as empresas produtoras de eventos permitam a entrada de garrafas lacradas de material transparente com água, além de disponibilizarem locais adequados para hidratação gratuita, com bebedouros e copos suficientes. A medida também exige que os pontos de venda de comidas e bebidas estejam estrategicamente localizados, facilitando o acesso dos consumidores.

A oferta de pontos de venda de bebidas, no entanto, não elimina a obrigatoriedade de garantir água gratuita. Além disso, tanto os pontos de venda quanto os locais de hidratação devem ser acessíveis a pessoas com deficiência.

Divulgação e coautoria

As empresas responsáveis pelos eventos terão a obrigação de divulgar as novas diretrizes em locais de fácil visualização em seus sites, redes sociais e canais de comunicação. O projeto de lei conta com a coautoria de vários parlamentares, entre eles: Dani Monteiro (PSol), Célia Jordão (PL), Franciane Motta (Pode), Martha Rocha (PDT), Samuel Malafaia (PL), Delegado Carlos Augusto (PL), Fred Pacheco (PMN), Jari Oliveira (PSB), Carlos Minc (PSB), Renan Jordy (PL), Rodrigo Amorim (União) e Marina do MST (PT).

Alerj aprova transformação de cargos de juiz regional em função de desembargador no TJRJ

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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em discussão única nesta quarta-feira (25/09), o projeto de lei que transforma cargos vagos de juiz de direito regional em 20 novos cargos de desembargador no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). A proposta, de autoria do próprio tribunal, segue agora para sanção do governador Cláudio Castro, que terá até 15 dias úteis para aprovar ou vetar a medida.

A transformação de cargos envolve a extinção de 21 cargos vagos de juiz de direito de entrância única e de um cargo em comissão de secretário de juiz. Caso sancionada, a medida permitirá que o número de desembargadores na segunda instância do TJRJ passe para 210. A regulamentação será definida por uma resolução do Órgão Especial do Tribunal.

Justificativa do TJRJ

De acordo com o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, a medida é necessária para lidar com o aumento substancial das demandas na segunda instância, especialmente nas Câmaras de Direito Público, que estão sobrecarregadas. O presidente destacou que a transformação dos cargos não resultará em aumento de despesas aos cofres públicos, já que apenas cargos vagos serão extintos.

“É importante salientar que a proposição não envolve qualquer prejuízo à prestação jurisdicional no âmbito da primeira instância, na medida em que a transformação atinge apenas cargos vagos”, afirmou o desembargador.

Alerj aprova projeto para inclusão da comunidade surda nas escolas

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A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o Projeto de Lei da deputada estadual Dani Monteiro (Psol), que autoriza escolas estaduais a realizarem feiras com o objetivo de conscientizar e promover a inclusão da comunidade surda. O projeto foi inspirado na proposta da estudante Yasmim Candido Ribeiro, de Campos dos Goytacazes, apresentada durante o Parlamento Juvenil de 2022.

A iniciativa prevê que as feiras, abertas ao público e gratuitas, sejam preferencialmente realizadas no mês de setembro, que celebra o Dia Nacional do Surdo. Essas feiras contarão com a participação de voluntários, como palestrantes, intérpretes e professores de Libras, e terão uma programação voltada à inclusão, com oficinas de Libras, espaços de fala para pessoas surdas com intérpretes e outras atividades que incentivem a conscientização e o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais em diferentes ambientes.

“A inclusão não pode ser apenas uma palavra bonita nos discursos. Ela precisa ser vivida e praticada em todos os espaços, e a escola é um lugar fundamental para que isso aconteça”, declarou a deputada Dani Monteiro. “A comunidade surda tem o direito de ser ouvida e de participar ativamente da sociedade. Nosso projeto visa criar um espaço onde isso seja uma realidade, proporcionando oportunidades de aprendizado e diálogo para todos.”

Inclusão e acessibilidade desde a educação básica

Dani Monteiro ressaltou a importância de investir em acessibilidade desde a educação básica para garantir que mais pessoas surdas tenham acesso ao ensino superior. “É alarmante ver que apenas uma pequena parcela da comunidade surda chega ao ensino superior. Precisamos mudar esse cenário, e a escola é o primeiro passo para essa transformação”, destacou a deputada, reforçando que a educação inclusiva é essencial para combater essa desigualdade.

Além disso, a parlamentar, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, considera o projeto não apenas uma política pública, mas também um movimento social em prol dos direitos da comunidade surda. “Estamos construindo uma sociedade mais justa e inclusiva, onde ninguém fique para trás.”

Incentivo à Libras nas escolas

Durante a realização do 13º Parlamento Juvenil, Yasmim Candido Ribeiro, criadora da proposta original, defendeu que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) deveria ser ensinada e incentivada nas escolas brasileiras com a mesma ênfase dada a línguas estrangeiras. “Não podemos mais tolerar que línguas estrangeiras ganhem protagonismo em nossas terras sem que antes a segunda língua oficial do Brasil, Libras, seja devidamente ensinada e incentivada”, afirmou a estudante na época.

Próximos passos

A proposta segue agora para a sanção do governador, que, se aprovada, permitirá a implementação das feiras nas escolas estaduais, contribuindo para a conscientização e inclusão da comunidade surda no ambiente escolar e na sociedade como um todo.

Primavera dos Pães mantém tradição com Challah fresca e artesanal para o Ano Novo Judaico

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Para celebrar o Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico, a Primavera dos Pães, única padaria artesanal orgânica da cidade, destaca em sua vitrine o tradicional Challah — um brioche leve e fresco, feito com ingredientes orgânicos. A fornada especial será realizada no dia 2 de outubro, e os clientes podem optar por retirar nas lojas ou receber em casa com frete grátis.

Disponível em duas versões, a Challah pode ser encontrada na opção tradicional, coberta com gergelim preto (R$ 26), e na versão recheada com passas e mel orgânico (R$ 34), ambas com 400g. A padaria, que oferece o pão judaico durante todo o ano na forma trançada, produz a Challah redonda especialmente para as celebrações de Rosh Hashaná, seguindo uma tradição de quatro anos.

Além das opções para o Ano Novo Judaico, a Primavera dos Pães oferece vantagens para assinantes que recebem a Challah em casa todas as sextas-feiras, com descontos e brindes exclusivos. A assinatura é ideal para quem busca a comodidade de ter o pão fresco para o Shabat, mantendo a tradição semanal com praticidade.

“Começamos a produzir Challot fresquinhas às sextas-feiras, para o Shabat, e com a crescente demanda, decidimos oferecer a Challah todos os dias, proporcionando benefícios para os clientes mais fiéis”, comenta Eduardo Savino, padeiro e proprietário da Primavera dos Pães.

Como encomendar e assinar a Challah

Os pedidos de Challah para Rosh Hashaná ou a assinatura semanal podem ser realizados nas unidades da padaria nos bairros do Flamengo e Laranjeiras, ou pelo WhatsApp (21) 99222-0003.


Sobre a Primavera dos Pães

Desde 2021, a Primavera dos Pães se destaca como a única padaria artesanal orgânica da cidade, produzindo pães de fermentação natural, brioches e biscoitos com ingredientes orgânicos e nacionais. A padaria adota um modelo de venda fracionada, que permite ao cliente levar a quantidade desejada, minimizando o desperdício de alimentos. As três unidades da padaria estão localizadas nos bairros de Laranjeiras e Flamengo.


Serviço:

Rua Ipiranga, 51 | Laranjeiras
Horário: Terça a sexta-feira, das 10h às 19h; Sábados, das 9h às 17h

Rua das Laranjeiras, 43 – Loja 7 | Laranjeiras
Horário: Terça a sexta-feira, das 11h às 19h; Sábados, das 10h às 17h30

Rua Arno Konder, s/n | Flamengo
Horário: Terça a sexta-feira, das 12h às 20h; Sábados, das 10h às 17h30

Delivery pelo WhatsApp: (21) 99222-0003
Entregas disponíveis para Tijuca, Centro e Zona Sul
Site: www.primaveradospaes.com.br | Instagram: @primaveradospaes

“Lentamente, a Vida” estreia no Teatro Candido Mendes em outubro

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Em outubro, o Teatro Candido Mendes recebe a estreia de “Lentamente, a Vida”, um monólogo escrito e dirigido por Victor Lósso e estrelado por Kako Leitão. A peça explora as angústias e desafios enfrentados por César, personagem que lida com um diagnóstico transformador. A trama convida o público a refletir sobre a solidão, o luto e a superação diante de circunstâncias inesperadas, oferecendo uma abordagem sensível e íntima sobre a condição humana.

A dramaturgia de Victor Lósso tem origem em uma experiência pessoal: o diagnóstico de Parkinson de seu pai em 2017. “Meu pai sempre foi meu melhor amigo, um homem inteligente, amante da História. Já sentíamos alguns sintomas, mas o diagnóstico demorou. Escrevi a peça a partir dessa vivência, mas sem citar a doença diretamente”, compartilha o diretor. Segundo Lósso, o Parkinson é apenas o ponto de partida para uma narrativa mais ampla sobre luto e superação.

“A peça fala mais sobre o personagem e suas ansiedades em relação ao futuro do que sobre a doença em si. Quero refletir sobre onde os lutos se encerram e se é possível seguir em frente, explorando o papel das relações humanas nesse processo”.

Ao universalizar o tema, Victor Lósso busca abarcar não apenas as dores causadas por doenças neurodegenerativas, mas também as frustrações que surgem quando planos são interrompidos por fatores fora do controle. O diretor faz um paralelo com a pandemia, que frustrou sonhos coletivos. Lósso acredita que falar de vida e luto no cenário atual, permeado por polarizações políticas, guerras e crises ambientais, é falar sobre o próprio tempo em que vivemos. “A peça é sobre nossa capacidade de viver ‘apesar de’”, destaca.

Kako Leitão e sua interpretação de César

Kako Leitão, protagonista da peça, é formado pela Nova Escola de Teatro e bacharel em Teatro pela CAL, além de estar cursando Direção Teatral na UNIRIO. Em seu primeiro monólogo, Kako interpreta César, um personagem complexo que, segundo ele, “é orgulhoso e inteligente, mas preso em seus próprios pensamentos. A peça reflete sua luta interna, uma constante tentativa de libertação barrada pela mente ou pelo corpo.” Leitão acrescenta: “A peça trata do medo, uma visão amorosa de um momento de desespero. Assim como César, todos enfrentamos nossos dilemas. Estamos todos aprendendo a caminhar.”.

Trajetória de Victor Lósso

Victor Lósso iniciou no teatro aos 12 anos, vivendo períodos de afastamento dos palcos ao longo de sua formação. Formado em Direito pela UERJ, atua na área de Direitos Autorais e decidiu retomar sua trajetória teatral em 2017, quando ingressou na Escola de Atores Wolf Maya. Desde então, trabalhou como assistente de direção em várias peças, incluindo “Perto do Coração Selvagem” e “Cemitério das Delícias”, além de dirigir o premiado espetáculo infantil “Romeu e Julieta, do Nosso Jeitinho”. Em 2023, matriculou-se no curso de Direção Teatral da UNIRIO.


Serviço

  • Local: Teatro Cândido Mendes – Rua Joana Angélica, 63, Ipanema (próximo ao Metrô Nossa Senhora da Paz)
  • Datas: 5, 6, 12, 13, 19, 20, 26 e 27 de outubro
  • Horário: 18h
  • Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), disponíveis no Sympla
  • Classificação: 14 anos
  • Duração: 50 minutos

Ficha Técnica

  • Direção e Dramaturgia: Victor Lósso
  • Atuação: Kako Leitão
  • Produção e Assistência de Direção: JP Lima
  • Supervisão Artística: Michele Zaltron
  • Direção de Movimento e Preparação Corporal: Paula Caldas
  • Cenografia e Figurino: Rian Oak
  • Cenotécnico: Vitor VGS
  • Assistência de Cenografia: Samir Alves, Haru Vieira, Gisele Lyra e Pedro Halpern
  • Caracterização: Izabella Brandão
  • Assistência de Produção: Drê Moura e Catarina Pfeiffer
  • Iluminação: Amanda Barroso
  • Operação de Luz: Jaqueline Lelis
  • Sonoplastia e Operação de Som: Laura Argon
  • Músico Intérprete: Bruno Gallvão
  • Fotografia: Daniel Bandeira e Sarah Sanfins
  • Concepção de Programação Visual e Design Gráfico: Daniel Neves
  • Design Gráfico: Maju Góes e Daniel Neves
  • Assessoria de Imprensa: Mar Comunicação
  • Intérprete de LIBRAS – Teatro Cândido Mendes: David Douglas Ramos
  • Intérprete de LIBRAS – Ensaio Aberto: Frô Pimentel
  • Assessoria Jurídica: Victor Lósso
lapa dos mercadores 2024 "Lentamente, a Vida" estreia no Teatro Candido Mendes em outubro

Força-Tarefa para combater incêndios florestais criminosos realiza operação para combater furto de água na Zona Oeste

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A Força-Tarefa criada pelo governador Cláudio Castro para combater incêndios florestais criminosos deu mais um passo decisivo na última quarta-feira (25/09). Agentes das polícias Militar e Civil, com o apoio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Cedae e das concessionárias Águas do Rio e Iguá, realizaram a operação “Barragem”, com o objetivo de coibir o furto de água e evitar aumentos abusivos nos preços de carros-pipa. A operação foi focada nos bairros de Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, como parte das estratégias do gabinete de crise estadual para combater os incêndios florestais e seus impactos.

No primeiro dia da operação, três pessoas foram conduzidas à delegacia, quatro carros-pipa foram apreendidos e oito poços de captação ilegal de água foram fechados. Além disso, técnicos da Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA) e do Inea confiscaram equipamentos como bombas e motosserras. Em um dos locais fiscalizados, foi emitido um auto de constatação por queimada irregular.

“A Força-Tarefa, criada no âmbito do Gabinete de Crise, está atuando com rigor para desarticular organizações criminosas que aproveitam as consequências dos incêndios para explorar serviços essenciais, prejudicando a população mais vulnerável. O sistema Acari, que abastece parte da Baixada Fluminense, está operando com capacidade reduzida por causa da estiagem, e a Cedae reforçou a frota de caminhões-pipa. Não permitiremos que criminosos tirem vantagem desse momento de fragilidade, aumentando os preços da água e furtando esse recurso essencial”, declarou o governador Cláudio Castro.

Desde a criação do Gabinete de Gestão de Crise, no dia 12 de setembro, o Corpo de Bombeiros do Rio já extinguiu 1.826 incêndios florestais em todo o estado.

Ação integrada e fiscalização de poços artesianos

A operação contou com cerca de 50 policiais militares do Grupamento Aeromóvel (GAM) e do Comando de Polícia Ambiental (CPAM), além de agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Delegacia do Consumidor (Decon) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD). Eles fiscalizaram estabelecimentos comerciais e residências que utilizam poços artesianos e carros-pipa de forma irregular.

Na Estrada do Pacuí, em Vargem Grande, os agentes identificaram furto de água em uma residência. No mesmo bairro, um sítio foi interditado por falta de licença e por representar risco à saúde pública. Já no Jardim Clarice, no bairro Anil, uma empresa foi flagrada operando de forma irregular, sem a autorização do Inea para distribuir água por carros-pipa.

Monitoramento da qualidade da água pela Cedae

Durante a operação, a Cedae coletou amostras de água de diversos locais fiscalizados. Um laboratório móvel da companhia realizou análises dos parâmetros físico-químicos, como cloro e pH, das amostras. Em seguida, elas foram enviadas ao laboratório Libra, na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova Iguaçu, para testes mais detalhados, que incluem a análise de coliformes totais e fecais. Ao todo, mais de 20 amostras serão examinadas para garantir a segurança da água consumida pela população.

Operação Desmonte interdita seis ferros-velhos em São Gonçalo e prende proprietário por receptação de motor roubado

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Uma força-tarefa do Governo do Estado do Rio de Janeiro, coordenada pelo Detran.RJ, prendeu em flagrante o proprietário de um ferro-velho em São Gonçalo nesta quarta-feira (25/09), durante uma ação da Operação Desmonte. O comerciante foi preso por receptação de um motor roubado, pertencente a um Fiat Punto. Além dele, dois outros comerciantes foram levados à delegacia por crime ambiental, após terem sido flagrados descartando óleo de motor diretamente no solo.

Durante a operação, foram interditados seis ferros-velhos, todos sem registro para funcionamento e sem apresentar notas fiscais dos materiais comercializados. Entre os estabelecimentos autuados, dois foram notificados por descarte irregular de óleo, configurando crime ambiental. Todo o material encontrado, incluindo sucatas e peças de veículos, foi apreendido e enviado para reciclagem em empresas credenciadas pelo Detran.RJ.

A ação ocorreu no bairro de Santa Luzia, em São Gonçalo, onde os seis ferros-velhos operavam de forma precária na Avenida Júlio Lima, em terrenos invadidos, localizados embaixo de torres de transmissão de energia elétrica. De acordo com as autoridades, essas operações irregulares comprometiam a circulação de veículos das empresas de energia, que precisam acessar as torres para manutenção. Os proprietários dos ferros-velhos ainda utilizavam a base das torres para pendurar peças de automóveis, agravando o risco à segurança.

Denúncias e riscos

Segundo o diretor geral das Atividades de Desmontagem do Detran.RJ, Luiz Alberto Moreira Coelho, a força-tarefa recebeu várias denúncias sobre as operações ilegais na região. “Recebemos denúncias e confirmamos através de nossa equipe de monitoramento. Além de não terem licença, esses ferros-velhos operavam embaixo de torres de energia, o que representava um enorme risco à vida. Não poderiam, em hipótese alguma, funcionar assim. Ainda encontramos um motor roubado e riscos ambientais, o que motivou as interdições”.

Resultados da Operação Desmonte

A Operação Desmonte, criada em agosto de 2023, já resultou na interdição de 68 ferros-velhos irregulares. Ao todo, mais de 900 toneladas de sucata foram apreendidas e encaminhadas para destruição. A fiscalização rigorosa levou ao credenciamento de 27 empresas junto ao Detran.RJ, permitindo que elas comercializem peças e sucatas automotivas de procedência lícita.

Atualmente, outros dez proprietários de ferros-velhos estão em processo de regularização, aguardando registro para operar legalmente. Além disso, cerca de cem comerciantes devem iniciar a regularização, começando pela apresentação da documentação necessária. Desde o início de setembro, os estabelecimentos credenciados são obrigados a utilizar etiquetas que identificam as peças comercializadas, garantindo a legalidade do processo.

Ramagem promete ampliar investimento em educação especial e defende urgência de concurso para mediadores

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O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PL, Alexandre Ramagem, assumiu o compromisso de priorizar a educação especial durante sua gestão, com foco na inclusão de alunos com deficiência. Durante um encontro com eleitores nesta quarta-feira (25/09), na Glória, Zona Sul da cidade, Ramagem enfatizou a necessidade de maiores investimentos para a criação de salas com recursos multifuncionais, adequação das escolas e a contratação de mais mediadores para oferecer suporte às crianças com deficiência.

Atualmente, a prefeitura dispõe de apenas um monitor para cada 20 alunos, o que Ramagem considera insuficiente. Ele criticou a falta de um novo concurso para mediadores, após o encerramento do banco de reservas do último certame.

“Vamos tratar as famílias atípicas com mais dignidade. O banco de vagas do último concurso para mediadores já se encerrou, e a atual prefeitura não realizou uma nova seleção. Além disso, precisamos investir e recuperar as salas de recursos multifuncionais. O Instituto Helena Antipoff, que sempre foi referência, vem sendo negligenciado. Na nossa gestão, vamos criar centros de atendimento e capacitar os responsáveis, oferecendo orientação sobre os cuidados com seus filhos”, declarou o candidato.

Déficit de profissionais na educação especial

De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado do Rio (Sepe), há um déficit de aproximadamente 1.000 profissionais nas unidades municipais. Muitas famílias também relatam que os responsáveis pelo atendimento especializado são estagiários ou voluntários, muitas vezes sem formação pedagógica adequada, ou atuam por meio de contratos temporários, o que gera alta rotatividade e compromete a qualidade do atendimento.

Em 2023, a Câmara dos Vereadores aprovou um projeto de lei autorizando a contratação de mediadores. No entanto, a medida foi vetada pelo atual prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes, gerando críticas de pais de alunos.

“Meu filho perdeu três anos de ensino porque a escola não forneceu informações adequadas às mães de filhos especiais e não havia mediadores. Tive que recorrer à Justiça para conseguir um. Nossas crianças precisam desse apoio. Enfrentamos dificuldades diariamente com a falta de adaptações. Na prática, a inclusão não existe”, afirmou Tatiana, mãe de um aluno do Ciep Tancredo Neves, no Catete.

Orçamento da educação especial

Segundo a Defensoria Pública do Rio, apenas R$ 77 milhões dos R$ 8,6 bilhões destinados ao orçamento da educação em 2023 foram aplicados na educação especial — menos de 1% do total. Das 1.542 unidades escolares do município, 519 não têm acessibilidade entre os andares e 953 não possuem salas de recursos multifuncionais.

Ramagem destacou a importância de aumentar esses investimentos e garantir que as escolas estejam adaptadas para receber todos os alunos. “Há muito espaço no orçamento para investir mais, especialmente com verbas vinculadas ao Governo Federal. Destinar menos de 1% para a educação especial é um absurdo. Com o remanejamento adequado, podemos fazer muito mais pelas famílias atípicas, além de respeitar a legislação”, afirmou o candidato.

Ele também criticou a gestão atual pelo que chamou de “sucateamento” do atendimento a alunos com deficiência e propôs a criação de espaços de diálogo entre escolas e comunidades, com o apoio da assistência social municipal. O candidato estava acompanhado de Paulo Messina (PL), candidato a vereador e defensor da educação especial.

“Vamos implementar um protocolo de apoio psicopedagógico para identificar precocemente dificuldades de aprendizagem e promover intervenções eficazes, com a participação ativa das famílias na educação dos filhos”, concluiu Ramagem.

Câmara do Rio aprova lei para proteger e capacitar pessoas com deficiência no mercado de trabalho

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A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro aprovou, nesta quarta-feira (25/09), o projeto de lei nº 2.396/2023, que cria um programa destinado a promover a inclusão social de pessoas com deficiência no município. De autoria do presidente da Casa, Carlo Caiado (PSD), e dos vereadores Átila Nunes (PSD) e Luciana Novaes (PT), o projeto tem como objetivo proteger este grupo de violência física e sexual, além de garantir sua capacitação e inclusão no mercado de trabalho. A aprovação aconteceu poucos dias após o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado no último sábado (21/09).

O texto estabelece uma série de medidas educativas que visam combater casos de abuso e violência contra pessoas com deficiência, como campanhas de conscientização e a criação de cartilhas de orientação em linguagem simples e acessível — com versões em áudio e Libras. Além disso, prevê a capacitação de profissionais municipais que atuam em equipes multidisciplinares da rede de ensino e centros de referência. O projeto agora segue para a sanção do Poder Executivo.

Entre as ações voltadas à capacitação profissional, o projeto determina que o município promova cursos com linguagem acessível e recursos de tecnologia assistiva, como traduções em Libras e versões em áudio.

“O mercado de trabalho precisa estar adaptado e dar oportunidades a esses talentos. As pessoas com deficiência não alcançam as oportunidades oferecidas e, para que isso mude, aprovamos esse projeto de lei”, afirmou Carlo Caiado, presidente da Câmara.

Além disso, o projeto propõe a implementação de medidas que assegurem a inserção e a permanência de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Essas iniciativas incluem a criação de materiais de apoio, realização de feiras de emprego e oferta de vagas de trabalho ou estágio na administração pública, conforme disponibilidade.

O plano também estabelece que pessoas com maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho terão prioridade no atendimento, com respeito ao seu perfil vocacional. Também estão previstas parcerias com órgãos públicos e privados para promover a empregabilidade.

Por fim, o projeto autoriza a prefeitura a firmar convênios e parcerias com órgãos federais e estaduais, entidades de classe e organizações não governamentais que atuam na defesa dos direitos das pessoas com deficiência, visando à produção e execução das ações previstas. As despesas decorrentes da execução da lei serão cobertas por dotações orçamentárias próprias.

Definição de pessoa com deficiência

Considera-se pessoa com deficiência aquela que possui impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com uma ou mais barreiras pode dificultar sua participação plena e efetiva na sociedade, em condições de igualdade com as demais pessoas, conforme a Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015.

Obras da Estação Gávea do Metrô serão retomadas após aprovação de TAC pelo TCE-RJ

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O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) deu luz verde para a retomada das obras da estação Gávea do metrô, após aprovar por unanimidade um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) nesta quarta-feira (25/09). As obras, que estão paralisadas há quase 10 anos, devem ser retomadas em novembro de 2024, condicionadas à homologação do acordo pela 6ª Vara de Fazenda Pública.

De acordo com o TAC, a concessionária MetrôRio assumirá os custos de R$ 600 milhões para concluir a construção, valor que anteriormente era responsabilidade do consórcio Rio-Barra. Em troca, o contrato de concessão da MetrôRio com o governo estadual será estendido por mais uma década.

Apesar da aprovação, o caminho até aqui não foi sem controvérsias. Em agosto, um relatório do corpo técnico do TCE-RJ havia apontado diversas irregularidades e questionamentos em relação ao acordo. O governo estadual arcará com os R$ 97 milhões restantes para finalizar o projeto.

“O TAC será assinado pelas partes e homologado pela Justiça. As ações de improbidade administrativa contra as pessoas físicas continuam em tramitação na Justiça, e as apurações no TCE seguem seu curso” afirmou o promotor Décio Alonso, um dos responsáveis pela elaboração do TAC.

Desde a paralisação das obras, a estação Gávea permanece inundada para prevenir o colapso de dois túneis que foram escavados e conectam o bairro ao Leblon e à Rocinha. A suspensão dos trabalhos ocorreu devido a suspeitas de superfaturamento.

A aprovação do TAC é um passo crucial para a conclusão da estação Gávea, um projeto vital para a infraestrutura de transporte público do Rio de Janeiro.

O Rio de Janeiro deu hoje um grande passo para retomar as obras da estação Gávea do Metrô, paralisadas há 9 anos. Essa foi uma preocupação desde o primeiro dia do meu governo e a boa notícia traz um grande alívio para a população. Mas os reflexos dessa decisão são muito mais amplos. É um virar de página. Essa obra é o símbolo de um tempo que o Rio quer esquecer. O resultado de hoje mostra que o Estado do Rio tem um ambiente de negócios confiável, dando respostas a projetos importantes“, comemorou o governador Cláudio Castro.

Há 140 anos, nascia no Rio Edgard Roquette-Pinto, fundador da primeira rádio brasileira

Nesta quarta-feira (25/09), Edgard Roquette-Pinto, fundador da radiodifusão no Brasil e patrono da comunicação pública, completaria 140 anos. Nascido no Rio de Janeiro em 1884, Roquette-Pinto foi médico, antropólogo e escritor, dedicando sua vida à promoção da comunicação voltada para a educação e a cultura do povo brasileiro.

Antes de criar a primeira emissora de rádio do país, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923, ele percorreu diversas regiões do país. Como jovem médico recém-formado, trabalhou com o Marechal Cândido Rondon, explorando o Norte e o Oeste do Brasil, ainda pouco conhecidos.

O professor de comunicação e jornalista há mais de cinquenta anos, Gabriel Priolli, conta que foi ao observar Rondon espalhar linhas de telégrafo que Roquette-Pinto pensou que o aparelho poderia servir para a educação à distância. A ideia foi colocada em prática um ano após a celebração do primeiro centenário da Independência, em 1922, quando a radiotelegrafia chegou ao Brasil.

“Edgar Roquette-Pinto é o iniciador da comunicação pública do país, da comunicação feita para educar, para a educação e para a cultura. Ele achava que os meios de comunicação são um bem muito precioso e que devem se dizer servir à educação do povo, antes de qualquer outra coisa, mais importante do que entreter”, afirma Priolli.

Roquette-Pinto viveu até os 70 anos e faleceu após uma parada cardíaca, deixando um legado duradouro na comunicação e na educação brasileira. Foi fundador da Academia Brasileira de Ciências, diretor do Museu Nacional e criador do Instituto Nacional do Cinema Educativo. Ao celebrar seus 140 anos de nascimento, seu impacto permanece vivo nas ondas do rádio e nas novas gerações.

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A Fundação da Rádio

Em 20 de abril de 1923, Edgard Roquette-Pinto fundou a primeira emissora oficial do Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Sem vínculos empresariais ou governamentais, a rádio nasceu como uma associação formada por cientistas, professores, médicos, engenheiros e intelectuais, a partir de discussões nos salões da jovem Academia Brasileira de Ciências (ABC).

O veículo teve nas figuras de Henrique Morize e Edgar Roquette-Pinto – seu principal entusiasta, os propulsores do empreendimento, que teve a sua primeira transmissão realizada, em 1º de maio de 1923, Dia do Trabalho -, em caráter experimental. Na ocasião foi utilizado o prefixo PR1-A, posteriormente foram usados os prefixos PRA-A e PRA-2. As despesas da rádio eram custeadas pelos filiados, por meio de contribuições mensais.

O empenho de Roquette-Pinto para colocar a rádio em funcionamento foi inigualável. Ele observava a Rádio Sociedade como um instrumento de formação educacional e divulgação de conhecimento científico e cultural para a população. Para garantir essa missão, elaborou um estatuto que proibia a transmissão de conteúdos comerciais, religiosos ou de propaganda política. A rádio foi instalada no antigo “Pavilhão Tchecoslovaco”, da Exposição Internacional do Centenário da Independência de 1922, na Avenida das Nações, em setembro de 1924. Também foi Roquette-Pinto quem cunhou o slogan da emissora: “Pela cultura dos que vivem em nossa terra e pelo progresso do Brasil”.

Por sua participação intensa na criação do veículo, Edgard Roquette-Pinto impôs sua marca indelével à Rádio Sociedade, onde atuou em praticamente todas as frentes, desde a produção, passando pela programação, apresentação de programas e jornais, além de leituras de poesias e outras obras. Para ele, o “rádio era a escola de quem não tinha escola”.

Com uma programação variada, a Rádio Sociedade transmitia cursos, lições, palestras científicas e conteúdos literários e infantis. O conteúdo incluía palestras para senhoras, histórias com conteúdo ético para crianças, conselhos médicos, dicas de higiene e informações sobre agricultura. Roquette-Pinto ainda promoveu a divulgação da programação em um veículo impresso: a revista “Rádio”, publicada entre 1923 e 1926, que depois se transformou na revista “Electron”, focada na nova tecnologia do rádio, incluindo diagramas de receptores da época. Foi a primeira revista do segmento no país, com duas edições mensais de aproximadamente 48 páginas cada, distribuídas a associados e comercializadas em diversos estados.

O sucesso da Rádio Sociedade impulsionou o surgimento de outros veículos, especialmente comerciais. No final da década de 1920, o presidente Arthur Bernardes sancionou o Decreto nº 16.657/24, regulamentando a comunicação no país e com o intuito de coibir a veiculação de conteúdo político, sem a prévia permissão do governo.

Em 1931, o presidente Getúlio Vargas tomou medidas através do Decreto nº 20.047, por meio do qual os serviços de radiocomunicação brasileiros sofreram uma nova regulamentação, passando a ser considerados de interesse nacional e de finalidade educacional. A iniciativa getulista visava controlar o setor de radiodifusão, inclusive as emissoras de perfil eminentemente educacional.

Já em 1932, Getúlio fez uma nova investida através do Decreto nº 21.111, voltado para a regulamentação do funcionamento técnico da radiodifusão no Brasil. Por meio dele exigiu a modernização dos equipamentos das emissoras para estabilizar as frequências e aprimorar as transmissões, um esforço que demandou significativa captação de recursos financeiros, resultando no fechamento de vários negócios. O decreto getulista impôs ainda a veiculação de um programa nacional, com editorial estritamente governamental, além de liberar a propaganda comercial nas emissoras.

Assim, em 1936, os aparelhos de rádio já podiam ser comprados em lojas do ramo. Nesse mesmo ano, a Sociedade Rádio do Rio de Janeiro foi doada ao Ministério da Educação e Saúde, que tinha como titular Gustavo Capanema. Ele comunicou a Roquette-Pinto que a rádio seria incorporada ao Departamento de Propaganda e Difusão Cultural (mais tarde, em 1939, desse departamento surgiria o DIP), órgão responsável pela censura durante parte do governo de Getúlio Vargas.

Em resposta, Roquette-Pinto insistiu que a emissora fosse incorporada ao Ministério da Educação e Saúde, a fim de preservar a função educativa, e ganhou a disputa. A doação ocorreu em 7 de setembro de 1936, quando a rádio passou a se chamar Rádio Ministério da Educação, popularmente conhecida como Rádio MEC, mantendo até hoje o ideário educativo.

“Ao invés de vender a concessão que ele tinha, o canal que tinha, ganhar dinheiro com isso, vender para algum empresário, ele doou a emissora para o governo, para o Ministério da Educação, em 1936. A única condição que ele fez é que o governo jamais tivesse publicidade na estação dele”, comenta o professor de Comunicação Gabriel Priolli.

Rádio MEC é reconhecida pelo público por sua programação dedicada à música clássica e programas culturais. A emissora dedica 80% de sua programação à música de concerto e leva ao ar compositores brasileiros e internacionais de todos os tempos. Desde 2007, ela é gerida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Em 5 de julho de 2022, ela foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Rio de Janeiro.

“Toda essa história é marcada por grandes coberturas, valorização da cultura e da educação e programação musical que privilegia a cena brasileira”, destaca o gerente executivo das Rádios EBCThiago Regotto.

Em 1952, com a finalidade de ampliar o número de emissoras na capital federal – as TVs Tupi de São Paulo e do Rio já estavam em funcionamento -, Getúlio Vargas concedeu a Roquette-Pinto um canal de televisão.

No entanto, a TV Educativa de Roquette-Pinto nunca saiu do papel. Edgard Roquette-Pinto morreria amargurado dois meses após o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954.

Legado Duradouro

Durante os 13 anos de sua existência, a Rádio Sociedade viveu momentos gloriosos, veiculando uma programação diferenciada e diversificada, com a participação de grandes personalidades nacionais e internacionais da época, além de intelectuais de renome. Entre os nomes de destaque estão Albert Einstein e Mary Curie. A rádio foi ainda a primeira emissora da América do Sul a veicular uma ópera completa, um quadro com teatro infantil e um programa de jazz, regularmente.

Com mais de 5 mil itens, o acervo da Rádio Sociedade reúne partituras, atas, cartas de leitores, livros de registros, algumas fotografias e a bandeira da instituição. Há ainda reportagens publicadas nos jornais e revistas especializadas em radiodifusão da época. A maior parte do acervo, entretanto, é formado por mais de quatro mil gravações de ouvintes da rádio. O material tem passado por restauração para ser disponibilizado ao público em geral.

Roquette-Pinto também foi radioamador e participou de várias associações da categoria, como a Liga dos Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (Labre). Na Academia Brasileira de Letras, ocupou a Cadeira 17, sucedendo Osório Duque-Estrada, sendo eleito em 20 de outubro de 1927.

Ele também é homenageado pela Academia Brasileira de Médicos Escritores como patrono da Cadeira 33, cujo fundador é o médico paulista Helio Begliomini. Embora pesquisadores apontem seu envolvimento com o movimento eugenista, destacam que ele defendia a inclusão de negros e mestiços no processo de “aperfeiçoamento” da nação brasileira.

Com informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Agência Brasil, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da matéria de Patrícia Lima, publicada no Diário do Rio. A imagem pertence à revista eletrônica de jornalismo científico Com Ciência, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

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Exposição transforma o Museu Carmen Miranda em palco de experiências artísticas

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No dia 28 de setembro, das 11h às 18h30, o Museu Carmen Miranda será palco da segunda edição do projeto ‘Ar Livre * Arte Livre’, reunindo intervenções artísticas, debates e exibições de filmes. O evento, que tem entrada gratuita e classificação livre, será uma oportunidade para o público interagir com obras e participar de conversas que exploram as relações entre arte, ecologia e os espaços urbanos.

Durante o evento, oito artistas – Deborah Engel e Siri, João Modé, Julio Callado, Laura Lima, Maria Laet, Maxwell Alexandre e Zé Tepedino – realizarão intervenções efêmeras no parque do museu, criando obras que estimulam a interação e a participação do público. Entre os destaques, Deborah Engel e Siri apresentarão uma obra entre as árvores do parque, enquanto João Modé convidará o público a criar uma rede de fios de lã. Laura Lima trará uma ação performática, e Julio Callado criará uma instalação com gelo.

Já Maxwell Alexandre, artista nascido e criado na Rocinha, levará para o ‘Ar Livre * Arte Livre’ a instalação “Encruzilhada”. São 14 piscinas Capri de dimensões variadas que ficarão à disposição do público para quem quiser se banhar nelas. Por esse motivo, os organizadores pedem ao público que venham para o evento com roupas de banho.

A programação do dia também inclui um pic-nic coletivo com uma roda de conversa sobre educação fora de muros com educadores e creches parentais, seguido de debates dentro do museu sobre o Aterro do Flamengo e seus contextos históricos. Especialistas como Ana Luiza Nobre, Jorge Barbosa e Brenda Vitória discutirão a memória do espaço, e a pesquisadora Jessica Gogan abordará o histórico “Arte no Aterro” de 1968.

No final da tarde, serão exibidos filmes como Calabouço, de Gin Spina e Diego Crux, que reflete sobre o apagamento de memórias públicas do Rio, e Uma Maldição Tropical, de Darks Miranda, que confronta dois projetos de nação brasileiros. Outras produções de Zé Tepedino, Nour Ouayda, Traplev e Guga Ferraz também serão exibidas.

Realizado pela Temporary Art Platform (TAP) e pelo Juntes na Cultura, uma cooperação entre o Goethe-Institut e o Consulado da França no Rio de Janeiro, o projeto visa explorar a interseção entre arte contemporânea, engajamento social e o espaço público. A curadoria é de Amanda Abi Khalil com o artista-interlocutor Traplev.

O evento coincide com a feira Italianissimo no mesmo lugar com barracas de culinária, artesanato e apresentações culturais.

 

Serviço:

 Ar Livre * Arte Livre

Local: Museu Carmen Miranda, Aterro do Flamengo

Data: 28 de setembro de 2024

Horário: das 11h às 18h30

Capacidade: até 1000 pessoas

Entrada gratuita, classificação livre

Fogo atinge região de mata na Estrada Grajaú-Jacarepaguá

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Um incêndio atingiu a mata que cerca a Estrada Grajaú-Jacarepaguá, sentido Grajaú, na tarde desta quarta-feira (25/09). Não há informação se houve alguma interdição no trânsito em função do incêndio. A fumaça provocada pelas chamas podia ser avistada em bairros vizinhos, como Andaraí e Lins.

O Corpo de Bombeiros do quartel de Jacarepaguá foi acionado às 16h25 para conter as chamas no local. Até o momento, não há informações sobre feridos.

Casa em Itaipava é destaque na ArchDaily como um dos 15 projetos latino-americanos integrados à paisagem

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Uma casa em Itaipava, projetada pelo renomado escritório Miguel Pinto Guimarães Arquitetos Associados, foi selecionada pela ArchDaily como um dos 15 melhores projetos de arquitetura na América Latina integrados à paisagem. A residência, construída em meio à exuberante vegetação da Serra Fluminense, é um exemplo de como a arquitetura pode se fundir ao ambiente natural de forma sustentável e elegante.

Com uma área de 570 m² e concluída em 2013, a casa foi encomendada com um programa peculiar, que incluía a construção de uma garagem para abrigar uma coleção de carros de luxo e uma casa de brinquedos para a filha do proprietário. A solução encontrada pelos arquitetos foi usar o desnível acentuado do terreno para separar as duas edificações, mantendo a harmonia com a topografia local.

“Como são dois usos completamente diferentes, nos aproveitamos do desnível do terreno para separar os edifícios, encaixando a garagem próxima à rua e escondendo a casa de brinquedos no declive,” explicou a equipe de projeto.

Integração com a paisagem

O grande diferencial da casa em Itaipava está na forma como a arquitetura se integra ao terreno, praticamente desaparecendo na paisagem. A cobertura ajardinada da garagem foi projetada de forma que, para quem chega à propriedade, a estrutura seja quase invisível, oferecendo apenas a vista de uma escada ou de um suave declive que leva à entrada da casa de brinquedos.

Essa abordagem faz com que a construção se mescle ao entorno natural, respeitando o clima, a vegetação e a topografia da região. O uso de materiais naturais, como a pedra bruta que reveste as paredes e a madeira no piso, contribui para que a edificação se mimetize com a natureza ao redor.

A área de convivência da casa também foi pensada para criar uma conexão direta com o ambiente externo. Ela inclui uma cozinha, banheiro, varanda com lareira externa e uma casa na árvore, acessada por uma passarela de madeira que conecta o espaço à varanda. O uso desses materiais e formas naturais é fundamental para integrar a residência à paisagem.

Sustentabilidade e inovação

Projetos como o da casa em Itaipava representam um movimento crescente na arquitetura latino-americana, que busca unir inovação e sustentabilidade. Em um mundo cada vez mais consciente da necessidade de preservação ambiental, essa residência se destaca não apenas por sua beleza, mas também por respeitar o entorno natural em que foi construída.

A escolha cuidadosa de materiais, a cobertura verde e a disposição dos espaços são exemplos de como a arquitetura pode promover a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que cria uma conexão forte entre o homem e a natureza. Esses fatores foram determinantes para que o projeto fosse reconhecido pela ArchDaily como uma referência no design latino-americano.

Reconhecimento internacional

A casa em Itaipava é um dos 15 projetos selecionados pela ArchDaily que exemplificam como a arquitetura pode ser cuidadosamente adaptada ao ambiente natural. Esses projetos, de diferentes regiões da América Latina, demonstram como o design pode contribuir para a sustentabilidade e para a criação de espaços que respeitam e valorizam a natureza.

A seleção de projetos integrados à paisagem reflete a crescente preocupação de arquitetos em todo o mundo com a preservação ambiental, e o trabalho de Miguel Pinto Guimarães Arquitetos Associados em Itaipava é um exemplo claro de como a arquitetura pode ser sustentável e inovadora ao mesmo tempo.

Informações adicionais

Além da garagem e da casa de brinquedos, o projeto também contempla uma grande área social e de convivência. A utilização de pedra, madeira e outros materiais naturais reforça o conceito de fusão com o ambiente ao redor. Entre os fornecedores envolvidos no projeto estão empresas como Arthur Decor, Ornare, Bisazza e Mekal, que colaboraram para trazer sofisticação e funcionalidade ao espaço.

Fotografado por Andre Nazareth e Leonardo Finotti, o projeto capturou a essência de como a arquitetura pode transformar a paisagem, mas também ser transformada por ela, resultando em um refúgio natural e harmonioso para os moradores.

Fisweek promete ser o “Web Summit da Saúde” no Rio e reunir 5 mil pessoas

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O Rio de Janeiro vai sediar a fisweek entre os dias 6 e 8 de novembro de 2024, evento que promete ser uma espécie de “Web Summit da Saúde”. A expectativa é reunir 5 mil participantes, incluindo grandes empresas do setor, como redes de hospitais, farmacêuticas, seguradoras, além de 250 empresas e mais de 120 startups de healthtech. As informações são de Stephanie Tondo/Startups.

Organizado pela Iniciativa FIS, o evento tem como objetivo conectar os principais players do mercado de saúde, como Amil, AstraZeneca, Pfizer, Novartis, Roche, e Rede D’Or, com startups e investidores interessados em inovação tecnológica. Segundo o CEO da Iniciativa FIS, Rodrigo Vilar, o evento será “feito de e para o ecossistema de inovação em saúde”.

“A edição deste ano do Web Summit Rio contou com 85 startups voltadas à saúde, enquanto a fisweek terá 120. O evento é uma oportunidade única para startups se conectarem tanto a grandes corporações quanto a investidores,” afirma Rodrigo.

Inteligência artificial em destaque

Um dos principais temas da fisweek 2024 será a inteligência artificial (IA), que domina boa parte da programação. Cerca de 50% dos 180 painéis previstos abordarão IA e suas aplicações no setor de saúde. “Se há um ou dois anos estaríamos discutindo o metaverso, agora o foco é a IA, que veio para ficar. As grandes pautas estão diretamente ligadas a essa tecnologia,” explica Rodrigo.

A presença de venture capitalists, como Ventiur, Antler e VOX Capital, também está confirmada, com painéis focados em oportunidades de investimento no setor de saúde. Além disso, o evento contará com um espaço dedicado ao networking, chamado Founder’s Lounge, onde fundadores de startups poderão se conectar diretamente com investidores.

Desafios e oportunidades para o setor de saúde

Embora a inovação tecnológica seja uma necessidade crescente no setor, Rodrigo Vilar destacou que muitos hospitais e empresas de menor porte ainda enfrentam dificuldades para incorporar tecnologias avançadas como a IA. “Existem 6.500 hospitais no Brasil hoje, mas mais de 4 mil não têm capacidade de incluir IA, pois estão focados na operação diária. Nosso objetivo é ajudar startups a venderem melhor suas soluções para o setor e auxiliar essas empresas a adotarem novas tecnologias,” acrescenta o CEO da Iniciativa FIS.

Enquanto grandes grupos como DASA, Rede D’Or e Amil já investem em inteligência artificial, o desafio é integrar tecnologias acessíveis a uma gama maior de players do setor, oferecendo soluções que podem não ser disruptivas, mas que são fundamentais para melhorar a eficiência operacional.

Rio Health Forum acontece em paralelo

Paralelamente à fisweek, nos dias 6 e 7 de novembro, a Iniciativa FIS promoverá o Rio Health Forum, um evento fechado para convidados que receberá entre 250 e 300 pessoas. O fórum vai debater o tema “Competitividade no Complexo Econômico Industrial da Saúde”, focando nas necessidades regionais e setoriais do Brasil. Esse evento ocorre no mesmo local da fisweek, o Expo Mag, mas em espaços separados.

O fórum segue o modelo de discussões promovidas anteriormente pela Iniciativa FIS, como o evento realizado em Recife, que buscou abordar as demandas das regiões Norte e Nordeste do país.

Inovação e tecnologia na saúde em pauta no Rio

Com a fisweek 2024, o Rio de Janeiro se firma como um polo de inovação no setor de saúde, reunindo startups, grandes empresas e investidores em um ambiente focado em tecnologia e transformação. O evento promete ser uma vitrine de novas soluções e tendências que impactarão o futuro da saúde no Brasil e no mundo.