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segunda-feira - 17/06/2024

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Pode o município tombar e desapropriar bens fora de seu território?

Conforme veiculado em primeira mão pelo Diário do Rio na semana passada, o Prefeito do Rio de Janeiropublicou, em edição extra do Diário Oficial do Município de 03 de junho de 2024, dois decretos determinando, respectivamente, o tombamento provisório e a utilidade pública para fins de desapropriação de três bens móveis extraídos da Igreja de São Pedro dos Clérigos, demolida em 1944 para a expansão da Avenida Presidente Vargas. Trata-se de uma escultura de madeira talhada e policromada representando o Divino Pai Eterno, atribuída ao Mestre Valentim, um altar de madeira entalhada do século XVIII e um par de anjos em madeira entalhada do século XVIII

img 9016 1 Pode o município tombar e desapropriar bens fora de seu território?

A iniciativa foi tomada pelo Prefeito, sob o argumento de que essas obras de arte são um patrimônio cultural do município do Rio de Janeiro, para impedir que elas fossem leiloadas naquela mesma noite num leilão no município de São Paulo, com vistas a sua posterior doação ao Museu de Arte do Rio (MAR).

Apesar de insólita, a medida jurídica é perfeitamente legal.

O tombamento é um instrumento de acautelamento e preservação do patrimônio cultural material — móvel e imóvel — previsto no Brasil desde 1937. De acordo com a legislação brasileira, as coisas tombadas não podem, em hipótese alguma, ser destruídas, demolidas ou mutiladas nem, sem prévia autorização do órgão de patrimônio responsável por seu tombamento, ser reparadas, pintadas ou restauradas. Os bens móveis tombados, além dessas restrições, não podem sair do país, senão por curto prazo, sem transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo do órgão de patrimônio responsável por seu tombamento.

Segundo a Constituição, a proteção do patrimônio cultural brasileiro é competência comum da União, dos Estados e dos Municípios, de modo que o tombamento cabe a qualquer um desses três entes políticos. O tombamento incide tanto sobre bens privados quanto sobre bens públicos, podendo, inclusive, um ente tombar bem dooutro. O próprio STJ considera lícito, por exemplo, o tombamento de bem estadual por Município e o STF, por sua vez, já declarou constitucional o tombamento de bem federal por Estado.

A desapropriação é um instrumento constitucional de aquisição de propriedade pelo Poder Público por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro ao proprietário. Todos os bens podem ser desapropriados pela União, pelos Estados e pelos Municípios, todavia, ao contrário do tombamento, a lei não permite a desapropriação de bem estadual ou federal por Município nem a desapropriação de bem federal por Estado.

Considerando que os bens em questão pertencem, até onde se sabe, legitimamente ao acervo de colecionadores privados, o caso não suscitaria qualquer controvérsia não se encontrassem eles em São Paulo.

Em matéria do Brazil Journal do dia 09 de junho, a Dra. Denise Puertas manifestou a opinião de que o procedimento adotado pela municipalidade carioca seria ilegal, pois o tombamento deveria restringir-se ao território do ente político responsável por sua promoção. E que o correto seria o Município do Rio de Janeiro exercer o direito de preferência no momento da realização do leilão por meio de algum de seus museus, com base no Estatuto dos Museus (Lei nº 11.904/2009).

Com a devida vênia, essa argumentação não procede.

Antes de mais, a legislação de tombamento não estabelece restrições territoriais para os entes políticos, pois o fundamental não é a localização do bem, mas se o bem integra o patrimônio cultural da população representada por aquele ente. É bem verdade que, na esmagadora maioria dos tombamentos de imóveis, a regra é a localização do imóvel corresponder à do território do ente responsável pelo tombamento. Nada obstante, a regra comporta, ao menos, duas exceções: (I) o tombamento municipal ou estadual de imóvel situado em mais de um município ou estado, respectivamente; e (II) otombamento municipal ou estadual de imóvel que deixou de pertencer a seu território por cisão de Município ou deEstado, respectivamente. Para o tombamento de bens móveis é ainda mais evidente a inaplicabilidade dessa restrição territorial, uma vez que eles não estão vinculados ao solo.

Depois, o direito de preferência para a aquisição de bens culturais conferido aos museus — inclusive os privados — integrados ao Sistema Brasileiro de Museus pelo Estatuto dos Museus se soma à prerrogativa de os entes políticos executarem tombamentos, não a anula.

Por último, em relação à desapropriação com efeitos extraterritoriais, o STF entende que um Município não pode desapropriar bem de outro Município nem um Estado pode desapropriar bem de outro Estado, contudo não existe óbice algum a que um Município ou um Estado desaproprie bens privados fora de seu território.

Sendo assim, por mais que o Prefeito, em tese, pudesse utilizar o MAR para adquirir as obras de arte no leilão, com base no direito de preferência, não incorreu em ilegalidade ao optar pelo tombamento seguido de desapropriação, por se tratar de bens pertencentes a particulares.

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A Guerra do Lixo: região da Praça XV não consegue se livrar de detritos e Arco do Teles vira lixão à noite

Todas as noites, o padrão é o mesmo. De um casarão no Arco do Teles, no Centro, que na verdade funciona como entrada de serviço de um classudo prédio de escritórios na rua do Mercado 11, saem funcionários do condomínio carregando uma quantidade grande de sacos pretos, caminham pela Travessa do Comércio e depositam todo o lixo de um dia inteiro de um espigão de mais de 15 andares bem na frente do Arco. Ali, no chão mesmo. Todos os dias isso se repete. Mas o que antes incomodava aos poucos vizinhos que tinham negócios na região outrora deserta, agora, com o advento do programa Reviver Cultural e a abertura de diversos novos comércios na região, vem se tornando um problema crescente. A quantidade de lixo é tanta que chega às vezes a impedir a visão do bem histórico tombado pelo Iphan em 1937, e que é famoso em toda cidade, como uma de suas ruas históricas mais íntegras. O cheiro é triste. E é pior ainda depois que os moradores de rua rasgam os sacos e espalham o lixo pelo conjunto tombado inteiro.

A questão vem gerando polêmica junto aos comerciantes locais. Bem ao lado do Arco funcionam um restaurante e uma famosa Tabacaria; na própria Travessa do Comércio bombam os eventos do Queerioca, espaço cultural LGBT, cujos frequentadores no final de semana acabam tendo que passar entre toda a lixarada do prédio da rua do Mercado. “Os próprios pequenos comerciantes, que por vezes acabam sendo perseguidos por depositarem um único saco de lixo na calçada ao final do expediente, não entendem como o condomínio de escritórios consegue transformar o Arco do Teles num lixão sem nenhuma consequência”, diz Adriano Nascimento, da Sergio Castro Imóveis, que administra mais de 15 sobrados na região. O Arco do Teles estava totalmente desocupado até a pouco. Mas os números 2, 4, 6, 14, 18, 23, 22 e 24 da Travessa que corta o mini-túnel já estão abrindo as portas, e trazendo movimento à região.

Os comerciantes desta cada vez mais badalada áreas do Centro do Rio também tem enfrentado um problema que parece inacreditável nos dias de hoje. Os lojistas da região do Paço Imperial e das ruazinhas históricas anexas à Praça XV não tem como descartar o lixo de seus bares, restaurantes, galerias, cafés e ateliês. A Comlurb não recolhe, segundo integrantes do Polo Gastronômico e Cultural, o lixo. E é impossível contratar recolhimento de lixo privado, como manda a lei: as empresas que fazem coleta de lixo exigem que os sacos sejam empilhados e etiquetados na porta dos comércios, para serem recolhidos, mas os moradores de rua escarafuncham o lixo todos os dias, jogando tudo no chão, e recolhendo o que lhes interessa. Consequência: as empresas se recusam a levar o lixo, o que cria um caos – verdadeiro lixão – na região à noite, amanhecendo as ruas onde funcionam restaurantes e bares com um cheiro de chorume insuportável.

Sergio Castro Imóveis lança filme sobre história do mercado imobiliário do Rio

O Documentário que conta a história da verticalização da cidade através da trajetória da empresa Sérgio Castro Imóveis, lançado no YouTube no último dia 20/05, além de mostrar o caminhar da empresa familiar, fundada em 1911, faz um paralelo com a história do Rio de Janeiro. A empresa, que esteve envolvida no lançamento do bairro do Recreio dos Bandeirantes, e na construção do Grajaú, completa 75 anos em 2024.

A história da Sérgio Castro é contada através de imagens da cidade do Rio de Janeiro e legendas que descrevem o passado e o presente da empresa. É um filme mudo, como os dos anos 20. Acontecimentos marcantes, como os feitos do aviador Jean Mermoz, entre muitos outros, são destacados. Mermoz pilotava para a Aeropostale, que tem sua história intimamente conectada à da imobiliária famosa por sua atuação na revitalização da região central e pelo belo Palacete de Laranjeiras.

banner 1200x800 2 Sergio Castro Imóveis lança filme sobre história do mercado imobiliário do Rio

Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis – a empresa que resolve contribui para a valorização da cultura carioca

“Agradeço a todos que colaboraram. O trabalho ficou excelente. Meu pai iria adorar”, conta Claudio André de Castro, diretor da empresa e um dos fundadores da Aliança Centro Rio, também Presidente do Conselho de Renovação do Centro da Associação Comercial do Rio.

O filme se chama “Uma família no mercado imobiliário desde 1911” e tem pouco mais de 18 minutos de duração; produzido pela historiadora Núbia Nelhem e pelo Instituto Art Déco Brasil, traz muita informação sobre os primórdios da atividade imobiliária no Rio.

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Antigo ’bridge club’ de Copacabana recebe retrofit para se tornar residencial

O tradicional Bridge Clube, localizado na Rua Raul Pompéia, número 12, em Copacabana, está prestes a passar por uma transformação significativa. A velha agremiação dedicada ao jogo de carteado tão querido na Inglaterra funcionou no predinho de 5 andares durante décadas. O edifício, construído em uma das áreas mais valorizadas do bairro, próximo ao Arpoador – no Posto 6, será convertido em um moderno residencial com 22 unidades. O Valor Geral de Vendas (VGV) do novo empreendimento está estimado em cerca de R$ 30 milhões.

A construtora CTV adquiriu o prédio há dois anos e, em parceria com a Progress Incorporadora, planeja realizar um retrofit na construção. A prática, cada vez mais comum na Zona Sul do Rio, consiste na renovação de edifícios antigos, trazendo modernidade e novas funcionalidades, sem comprometer a arquitetura original.

Fundado em 1955, o Bridge Clube do Rio de Janeiro foi durante décadas o principal centro para a prática do bridge na cidade. O bridge, um jogo de cartas jogado por dois pares de jogadores com um baralho de 52 cartas, sempre teve um lugar especial no clube, que se tornou um ponto de encontro para os entusiastas do esporte.

O novo projeto residencial contará exclusivamente com studios e apartamentos de um quarto, seguindo a tendência de plantas compactas que atendem à crescente demanda por locações de curta temporada. “A locação de apartamentos pequenos através de aplicativos como o airBnb tem gerado enormes lucros para os proprietários e os investidores têm procurado demais este tipo de imóvel. E depois que o STJ deu aos condomínios liberdade de proibir este tipo de aluguel, cada vez mais se busca edifícios onde esta prática seja expressamente permitida”, explica André Cyranka, Diretor da Filial da Sergio Castro Imóveis, em Copacabana. A configuração reflete uma mudança nos hábitos de moradia e turismo, priorizando espaços menores e mais funcionais que possam inclusive gerar renda diária a seus proprietários, quando investidores.

A CTV, que já tem o projeto de um retrofit em um prédio na Pedra do Sal, no bairro da Saúde, que será o mais novo residencial da região, expande agora suas atividades para a Zona Sul, após 42 anos de existência. O prédio de esquina foi sede do velho diário O Jornal, dos Diários Associados, e tem bela fachada em estilo Art Déco. A construtora planeja lançar o projeto em agosto e prevê a conclusão e entrega das unidades em 18 meses.

Além do empreendimento em Copacabana, a CTV também tem planos para dois novos projetos na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Prédio da Faculdade Mackenzie, no Saara, será convertido a residencial com mais de 100 unidades

A vida residencial do Centro do Rio está prestes a receber mais um investimento de peso com o anúncio do mais recente empreendimento das construtoras Calçada e Montserrat. Localizado na esquina das Ruas Regente Feijó e Buenos Aires, no Saara, o maior polo de comércio de rua da cidade, o antigo prédio da Faculdade Mackenzie está prestes a passar por um processo de retrofit, uma prática que visa modernizar a estrutura da construção sem afetar seu estilo arquitetônico original. O projeto Reviver Centro ganha mais um alicerce.

O projeto prevê a criação de 112 unidades compactas, oferecendo opções de studios e double studios para atender às demandas de diferentes perfis de moradores. Além disso, o condomínio, intitulado de Bueno, promete oferecer um lazer completo, incluindo um rooftop com piscina, churrasqueira, sauna, sala gourmet, entre outros atrativos. O projeto ainda reserva espaço para lojas que serão instaladas na parte térrea, agregando ainda mais conveniência para a região. A vista privilegiada é outro ponto de destaque do Bueno. Com visão quase que total para o Centro do Rio, Central do Brasil e Cristo Redentor, cercado de comércio e muita história, o prédio é visto com otimismo por especialistas. “O Centro é definitivamente a bola da vez. Cultura, história, todos os modais de transporte, comércio vivo e infraestrutura são vantagens que poucos bairros têm. Por isso tudo que tem sido lançado aqui tem vendido rapidamente”, diz Lucy Dobbin, Superintendente de Vendas da tradicional Sergio Castro Imóveis, com três filiais só na região, além de 4 na zona sul.

WhatsApp Image 2024 06 06 at 14.36.52 2 Prédio da Faculdade Mackenzie, no Saara, será convertido a residencial com mais de 100 unidades
Foto: Reprodução/Google Maps

A localização estratégica do prédio é um dos grandes destaques do empreendimento. Situado na movimentada região do Saara, os moradores poderão desfrutar de uma vida agitada, com todos os serviços de comércio e transporte a poucos passos de distância. Além disso, a proximidade com o centro financeiro da Avenida Rio Branco e Avenida Chile proporciona ainda mais praticidade para quem trabalha na região.

Recentemente a Cury Construtora, que já lançou mais de 5000 unidades no grande Centro, teve sucesso no lançamento de um novo prédio residencial na Avenida Presidente Vargas, com estação do metrô na porta, e linda vista para o Campo de Santana.

A Faculdade Mackenzie deixou o prédio em 2023, quando inaugurou sua nova unidade no bairro de Botafogo, tornando-se a única filial da instituição no Rio. A região é muito comercial, com muitas lojas no entorno.

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lapa dos mercadores 2024 Prédio da Faculdade Mackenzie, no Saara, será convertido a residencial com mais de 100 unidades

‘PEC das Praias’ não privatiza as praias brasileiras

*Por Vinícius Monte Custodio

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 39/2011, originária da Câmara dos Deputados e que agora tramita no Senado Federal sob o nº 3/2022, apelidada de PEC das Praias, não trata de praias, muito menos permitirá sua privatização.

Para uma correta compreensão do tema, inicialmente é necessário esclarecer quatro conceitos: terrenos de marinha, acrescidos de marinha, faixa de segurança e enfiteuse (ou aforamento).

Os terrenos de marinha foram estabelecidos pela Coroa portuguesa, no século XVI, visando à defesa do território nacional contra forças estrangeiras. Nos tempos do Império, mais precisamente em 1832, esses imóveis foram delimitados numa faixa de trinta e três metros metros de extensão — o alcance de uma bala de canhão da época — medida para dentro do continente a partir da linha da preamar (maré cheia) média de 1831.

Atualmente, eles são definidos como as áreas situadas na costa marítima, as que contornam as ilhas, as margens dos rios e das lagoas, em faixa de trinta e três metros medida a partir linha da preamar média de 1831, desde que nas águas adjacentes se faça sentir a influência de marés com oscilação mínima de cinco centímetros.

Logo, não têm rigorosamente nada a ver com a Marinha, instituição das Forças Armadas do Brasil.

Os acrescidos de marinha são os terrenos formados, natural ou artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha.

A faixa de segurança é uma faixa de trinta metros de extensão com finalidade, sobretudo, de preservação ambiental, medida do final da praia, e não da linha da preamar média. Ela pode ou não se sobrepor, total ou parcialmente, aos terrenos de marinha e seus acrescidos.

Ilustracao da PEC das praias 'PEC das Praias' não privatiza as praias brasileiras

Fonte: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

A enfiteuse era um direito limitado sobre imóvel, existente no Brasil até à entrada em vigor do Código Civil de 2002, que funcionava de modo similar a uma locação imobiliária, porém em caráter perpétuo e gravado na matrícula do bem. Hodiernamente esses contratos não podem mais ser celebrados, contudo os que já existem, como os dos imóveis da Família Real no município de Petrópolis – RJ, permanecem em vigor.

Na enfiteuse, o proprietário (senhorio) do imóvel celebrava um contrato com o enfiteuta (ou foreiro), transmitindo a este o domínio útil do imóvel e mantendo consigo o domínio direto da coisa. O domínio útil confere ao enfiteuta todos os poderes inerentes ao domínio pleno da propriedade, ao passo que o domínio direto só confere ao senhorio o direito de receber do enfiteuta um foro (ou pensão) anual, semelhante a um aluguel, e o laudêmio, preço pago em caso de alienação do imóvel.

Enquanto o foro anual e o laudêmio eram livremente fixados pelas partes contratantes nos imóveis particulares, a lei estabelece que, nos imóveis da União, o foro anual é de 0,6% do valor do domínio pleno, anualmente atualizado, e o laudêmio de 5% do valor atualizado do domínio pleno do terreno, excluídas as benfeitorias.

Apesar do fim da enfiteuse em geral, a Constituição da República de 1988 (CR) determinou sua continuidade nos terrenos de marinha e seus acrescidos situados na faixa de segurança. A enfiteuse nos terrenos de marinha e seus acrescidos situados fora da faixa de segurança, atendidas certas condições, hoje já pode ser extinta, pagando o enfiteuta à União 17% do valor do domínio pleno do terreno, excluídas as benfeitorias.

É aí que a PEC das “Praias” entra na história.

Segundo o art. 20 da CR, são bens da União, entre outros, as praias fluviais (inciso III), as praias marítimas (inciso IV) e os terrenos de marinha e seus acrescidos (inciso VII). Em resumo, a PEC propõe revogar o inciso VII do art. 20 e acabar com a enfiteuse nos terrenos de marinha e seus acrescidos situados dentro da faixa de segurança. Ela transfere gratuitamente para os Estados e Municípios os terrenos de marinha e seus acrescidos afetos a serviço público estadual ou municipal, respectivamente. Os terrenos de marinha e seus acrescidos afetos a serviço público federal, onde existam unidades de conservação federais e os que estiverem desocupados permanecem sob o domínio da União. As praias fluviais e marítimas sequer são mencionadas pela PEC, de modo que também continuam como bens da União.

A crítica de muitos opositores da PEC é que o fim do domínio direto da União favoreceria a instalação de grandes empreendimentos imobiliários que restringiriam o livre acesso da população às praias e intensificariam a pressão do mercado sobre áreas de preservação permanente. Essa afirmação não procede, pois a única diferença do enfiteuta para o proprietário é que este último não é obrigado a pagar o foro anual nem o laudêmio. Para fins de licenciamento, é absolutamente irrelevante, do ponto de vista jurídico, se o requerente da licença é titular do domínio pleno ou apenas do domínio útil do imóvel.

Outro argumento invocado contra a PEC é o de que, com a enfiteuse, a União pode subordinar o domínio útil a condições especiais, que visariam salvaguardar o interesse público. Apesar de essas condições especiais desaparecerem com a alienação do domínio direto, a União permanece legitimada para exercer a tutela ambiental. Se determinado empreendimento privatizar praias, o Ministério Público Federal não só pode como deve atuar para desobstruir seu acesso à população.

Ademais, como bem apontado no parecer da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, sob a relatoria do Deputado Alceu Moreira (MDB-RS), pela aprovação da PEC:

“Atualmente já não se consideram válidos os fundamentos originais da instituição dos terrenos de marinha, em particular os que dizem respeito à questão da segurança nacional, tanto em face do avanço da tecnologia na área militar quanto da existência de instrumentos legais que asseguram ao Poder Público o acesso àquelas áreas e até mesmo a sua retomada quando necessária, por meio de desapropriação”.

A discussão que efetivamente deveria estar sendo travada sobre a PEC é o custo-benefício da arrecadação de receita patrimonial não recorrente com a alienação do domínio direto aos enfiteutas em comparação com a perda de receita patrimonial recorrente com o foro anual e os laudêmios pagos pelos enfiteutas. De acordo com reportagem do Jornal Nacional de 03 de junho de 2024, a União arrecadou R$ 1,1 bilhão com seus 564 mil imóveis registrados em terreno de marinha em 2023, o que perfaz menos de R$ 2 mil por imóvel. Portanto, o país tem de debater a melhor forma de lidar com esse enorme estoque imobiliário. A arrecadação atual é suficiente para arcar com a gestão desses imóveis? A União tem feito anualmente, conforme determina a lei, a atualização monetária do foro anual? É possível tornar essa arrecadação mais eficiente? Qual é a taxa de inadimplência dos enfiteutas?

Outro aspecto que haveria de ser escrutinado é o dispositivo da PEC que proíbe a cobrança de foro anual, taxa de ocupação e laudêmio a partir de sua publicação (art. 2º) e o que impõe a dedução dos valores pagos a título de foros ou de taxas de ocupação nos últimos cinco anos, corrigidos pela Selic, para a aquisição onerosa do domínio pleno dos terrenos de marinha e seus acrescidos (art. 3º, parágrafo único). Trata-se de renúncia de receita patrimonial sem qualquer justificativa que deveria ser extirpada da PEC.

Por fim, seria conveniente que a PEC esclarecesse se a aquisição onerosa do domínio direto será compulsória, porque sua redação está obscura, gerando grande insegurança jurídica para os enfiteutas.

*Vinícius Monte Custodio é advogado, doutor em Direito Econômico e Economia Política pela Universidade de São Paulo e mestre em Direito Urbanístico e Direito Ambiental pela Universidade de Coimbra.

A Cesar o que é de Cesar Maia

Bruno Kazuhiro, Vinicius Oberg e Quintino Gomes Freire

Nos dias de hoje, muitos se apressam para, em busca de cliques e likes, condenar fatos que não passam de simples descuido. Mas falemos de coisas que talvez não sejam tão atuais e alguns não saibam sobre a política do Rio de Janeiro: Que tal imaginar os centros dos bairros cariocas sem o Rio Cidade? Ou pensar como seriam as comunidades sem o Favela Bairro? Quantos jovens não teriam se tornado atletas sem as Vilas Olímpicas ou não teriam acesso à cultura sem as Lonas Culturais? Como seria o acesso da Barra ao Centro sem a Linha Amarela? Quais seriam os grandes eventos recebidos posteriormente pelo Rio se não fosse o sucesso dos Jogos Pan-Americanos de 2007?

Todos esses projetos e políticas públicas foram realizados por Cesar Maia como Prefeito do Rio. Assim como a proteção do patrimônio histórico da Cidade, a valorização dos bons servidores municipais e a promoção da gestão pública com conteúdo e qualidade técnica. Mas talvez lembrar disso não viralize nas redes sociais.

No mesmo dia em que alguns o criticavam, ocorria um grande evento de inovação na Cidade das Artes, antiga Cidade da Música, idealizada e construída por Cesar, antes dita como inútil e hoje frequentemente elogiada e visitada por muitos para eventos e espetáculos, oferecendo um equipamento cultural de alto nível mais próximo aos bairros da Zona Oeste do Rio. Enquanto isso, a Zona Norte, os botafoguenses e muitos fãs de grandes shows usufruem do Engenhão, também construído por Maia.

E o que se pode falar do ser humano Cesar Maia? Quem pode negar sua generosidade na transmissão de conhecimento? Quem pode refutar sua inteligência? Quem pode esconder que estamos diante do maior formador de quadros políticos da história recente do Brasil, tendo usufruído de seus ensinamentos em sua formação nomes como o atual Prefeito Eduardo Paes, o atual Presidente da Câmara Municipal Carlo Caiado, o atual Presidente do Tribunal de Contas do Município Luiz Antônio Guaraná, o ex-Deputado Índio da Costa. Todos passaram pela Juventude Cesar Maia, assim como os próprios filhos de Cesar, o ex-Presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e a atual Secretária Municipal de Turismo Daniela Maia.

Também passaram pelos bancos escolares do professor Cesar Maia os próprios autores deste texto: O atual Deputado Federal Marcelo Queiroz, o ex-Secretário de Infraestrutura estadual e de Turismo municipal Bruno Kazuhiro, o editor-chefe deste Diário do Rio Quintino Gomes Freire e o atual Secretário de Governo de Teresópolis Vinícius Oberg, além de tantos outros jovens líderes como o atual Vereador Pedro Duarte e o Coordenador de Relações Internacionais do Rio, Antônio Mariano.

Independente de qualquer fato, é preciso reconhecer o legado do gestor, professor e economista. Que seja dado a Cesar o que é de Cesar Maia, começando, no mínimo, com o devido respeito.

Com maior alta mensal desde 2013, preços dos alugueis comerciais indicam abalo ao ‘home office’

Desde novembro de 2013, quando o valor dos aluguéis comerciais registrou uma alta relevante, o indicador das locações de escritórios não apresentava avanços significativos. Mas em abril deste ano, o aluguel comercial atingiu a maior alta mensal desde então, com um acréscimo de 1,11%, com o preço do metro quadrado (m²) deste tipo de imóvel no Rio batendo R$ 43,57.

A alta de mais de 1% em abril representou uma grande aceleração do ritmo, uma vez que, em março, o avanço foi de apenas 0,63%. As informações são resultado de uma sondagem realizada pelo Índice FipeZap, que avalia todos os meses a oscilação dos preços em salas e conjuntos comerciais de até 200 m², inicialmente em 10 cidades selecionadas.

O FipeZap também identificou uma alta de 7,69% no aluguel de imóveis comerciais nos últimos 12 meses – tempo mínimo de um contrato de locação comercial. O aumento, que tem sido registrado desde agosto de 2021, seria resultado da retomada econômica no período pós-pandemia, segundo o Índice. Empregadores, desde então, têm reavaliado as alternativas do trabalho híbrido e do presencial. Mas, no atual cenário, ainda não é possível avaliar uma tendência de suspensão total do home office, por exemplo.

“É cedo para dizer que o trabalho híbrido e o home office estão perdendo espaço [para o presencial]. Ainda assim, o retorno de muitos colaboradores para o escritório – mesmo que apenas em alguns dias na semana – tem impacto no aquecimento do mercado comercial”, disse Paula Reis, economista do DataZAP ao site da Exame.

A Sergio Castro Imóveis, uma das maiores empresas do ramo na cidade, registrou alta de 27% no chamado índice de velocidade de locações de salas comerciais. Responsável pelo segmento na empresa, o Diretor Lúcio Pinheiro explica que “nos edifícios que têm aparência boa, elevadores novos e andares até 300m2, tem ocorrido uma boa alta nas locações, quando o valor do condomínio não é impeditivo“. Pinheiro cita o caso do tradicional edifício Ministro Afrânio, na Avenida Rio Branco, número 177, esquina com a Rua da Ajuda, em frente ao Teatro Glauce Rocha. “Temos feito inúmeras locações no prédio, que, além de ser em frente ao metrô da Carioca e uma vista muito bonita, tem o condomínio abaixo dos R$ 15,00 por metro quadrado, um achado no Centro”, explica, dizendo que tanto o Afrânio como o Sloper Corporate (na Uruguaiana, recém limpa dos camelôs clandestinos) tem os condomínios mais em conta da cidade, e são prédios com aparência de novos. Lucio também comemora locações de andares em Copacabana e no Leblon, onde, afirma, os valores de locação ultrapassam R$ 300,00 por cada metro quadrado locado.

A retomada econômica, de acordo com a pesquisa, também impactou positivamente as vendas de imóveis comerciais, que valorizaram 0,24% em abril, acima da elevação de 0,02% no mês de março, configurando a maior elevação nos preços de venda em seis anos. Segundo o FipeZap, em janeiro de 2018, o indicador apontou um avanço de 0,55%.

A capital fluminense e Niterói, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, teriam sido as cidades a registrarem o maior avanço nos preços médios dos aluguéis em nível nacional, com 2,68% e 1,56%, respectivamente.

“Com o aumento do dinamismo no mercado de trabalho no Rio de Janeiro, há também maior demanda por aluguéis comerciais e, devido à demora na adaptação da oferta e às restrições de espaço para a construção de novos empreendimentos, o que resulta em um forte aumento de preços”, observou ainda a economista do DataZAP, acrescentando que a recuperação do setor de turismo, desde a pandemia, acima da taxa brasileira também impactou as relações comerciais fluminenses. Pinheiro explica que muitas empresas tem avaliado deixar cada vez mais de lado o home office, quando encontram um bom custo benefício para os escritórios.

No que diz respeito aos maiores aluguéis por metro quadrado, a média nacional ficou em R$ 43,57/m², conforme o levantamento do FipeZap:

São Paulo: R$ 51,91/m²

Florianópolis: R$ 45,19/m²

Rio de Janeiro: R$ R$ 43,16/m²

Quanto às cidades com a maior alta no preço das vendas de imóveis comerciais, Salvador e Rio de Janeiro lideram o ranking, com +0,76% e +0,75%, seguidas por Curitiba, que registrou um avanço de 0,74%. A média de preços ficou em R$ 8,4 mil/m².

Já as cidades que registraram os maiores preços de venda por metro quadrado em abril foram:

São Paulo: R$ 10,04 mil/m²

Rio de Janeiro: R$ R$ 8,83 mil/m²

Florianópolis: R$ 8,22 mil/m².

Metodologia do Índice FipeZAP

O FipeZAP, índice que acompanha os preços de imóveis residenciais e comerciais. é calculado a partir de informações coletadas em anúncios de imóveis para venda e locação veiculados nos portais ZAP (VivaReal e Zap Imóveis).

No segmento residencial, a avaliação toma como base anúncios de apartamentos prontos em até 50 cidades selecionadas. Já no comercial, os anúncios usados se referem a salas e conjuntos comerciais de até 200 m², localiados em 10 cidades selecionadas.

Pela metodologia, os preços dizem respeito a anúncios para novos contratos de aluguéis. O Índice, no entento, não considera em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, uma vez que os valores sofrem reajustes contratuais períodicos.

Banquete matinal no Centro Histórico terá caminhada histórica, música erudita e Missa em Latim neste final de semana

Recentemente, estive no já conhecido Café da Manhã do Sobrado da Cidade, uma experiência inesquecível que combina cultura, música e gastronomia, e que tem se tornado parte do calendário de eventos turísticos do Rio. O evento acontece em sábados e domingos selecionados, às 9h30 da manhã, no restaurante da Rua do Rosário, oferecendo um cardápio do século XIX adaptado aos dias de hoje. O faustoso banquete de café da manhã seguido por uma caminhada histórica pela região do Paço Imperial se repete neste final de semana, sábado e domingo, dias 8 e 9 de junho.

Esta experiência quase que “imperial” se tornou mesmo um marco no calendário turístico do Rio de Janeiro, similar à famosa viagem de barco ao Castelinho da Ilha Fiscal, onde ocorreu o último baile do Brasil Império. Após a refeição – onde são servidas iguarias que não se come todos os dias, há uma caminhada guiada pela Praça XV, na área conhecida como Pequena Lisboa, terminando – após 1 hora de caminhada, até para que exista o jejum eucarístico – na quase tricentenária Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, construída em 1750 e totalmente restaurada por uma iniciativa de empresários locais.

A experiência é enriquecida pela celebração de uma Missa Solene em Latim, acompanhada por música erudita e paramentos, pratarias e objetos históricos, tornando-se um programa imperdível de domingo. O incenso dos turíbulos de prata do século XVIII não sai da minha mente, assim como a deliciosa rabanada com calda de vinho do porto, que tem a textura absolutamente inesquecível. O custo do passeio, da aula de história, do invulgar banquete matinal e dos lugares marcados numa das mais lindas igrejinhas do país – sem contar o show à parte da música sacra entoada pelo coral e orquestra da cantora Juliana Sucupira (a famosa cantora da janela, da época da pandemia) é de 300 reais por pessoas e o restaurante agora oferece um desconto especial para os cariocas, facilitando o acesso a essa verdadeira viagem no tempo. Também há descontos para grupos, mas o número de pessoas é limitado a 40.

O passeio pela região histórica, incluindo a Travessa dos Mercadores, o famoso Arco do Teles e o entorno da Rua do Ouvidor, é conduzido por uma historiadora e um guia, proporcionando uma imersão na história do Rio de Janeiro, do Brasil e de Portugal, nas imediações do lindo Chafariz do Mestre Valentim.

Na Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, o Coral Astorga proporciona momentos memoráveis com músicas sacras e liturgia rica, transportando os visitantes ao passado. O templo é também um pequeno museu de Arte Sacra, e tem uma exposição museológica que conta a história da Irmandade de Comerciantes que o ergueu, e da própria igreja, assim como é possível visitar a famosa Bala de Canhão e a imagem de Nossa Senhora que, por ela atingida em 1893, caiu de 25 metros de altura e quebrou apenas 2 dedinhos. Você verá uma cruz quebrada na mão dela, mas esta daí foi um faxineiro que quebrou.

O Sobrado da Cidade oferece este final de semana uma experiência única, com um menu inspirado no século XIX, servido por garçons vestidos à moda vitoriana, em um ambiente histórico. O café da manhã é serviço em porcelana histórica e traz uma perspectiva nova sobre a gastronomia daquela época.

O evento não apenas alimenta o corpo, mas também a mente e a alma, combinando gastronomia, cultura e fé. Com a nova política de descontos para residentes do Rio, a experiência se torna ainda mais acessível, destacando-se como uma atração turística imperdível na cidade.

Serviço:

  • Horários do Evento:
    09h30 – Café Imperial século XIX
    11h – Visita Guiada Histórica e, ao final, às 12h, chegada à Igreja dos Mercadores, onde estará sendo celebrada uma Missa Solene, com coral e grande orquestra.
  • Endereço: Sobrado da Cidade – Rua do Rosário 34 – Centro – Rio de Janeiro
  • Valor por pessoa: R$ 250,00 (para moradores do Rio com comprovante de residência) ou R$ 300,00 para turistas
    *No pix ou cartão de crédito.
  • Reserva e pagamento antecipado.
  • No máximo 40 participantes
  • Informações e reservas pelo WhatsApp: 21 97978 4353

[Além dos meios de transporte públicos – o restaurante fica próximo às barcas, ao Metrô Carioca e na cara do VLT-Praca XV, é possível estacionar próximo, no Terminal Garagem Menezes Côrtes, e a caminhada é de 5 minutos]

Abaixo, algumas fotos da Igreja, que é bem tombado nacional, e é protegida pelo IPHAN.

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lapa dos mercadores 2024 Banquete matinal no Centro Histórico terá caminhada histórica, música erudita e Missa em Latim neste final de semana

Tragédia em Câmera Lenta: a destruição da cidade de Atafona é versão lenta e gradual do caos no RS

Atafona é uma cidade balneário, com uma vila de pescadores e um pequeno porto e que hoje leva uma vida apocalíptica. Distrito do município de São João da Barra, que fica ao norte do Rio de Janeiro – quase divisa com o Espírito Santo, tem sido gradualmente engolida pelo mar há cerca de 40 anos. A cidade chegou a ser também um concorrido balneário para as famílias endinheiradas de Campos dos Goytacazes na primeira metade do século XX. As fotos impressionam (link abaixo), ainda mais em um momento em que o mundo discute as mudanças climáticas e o Brasil chora a desgraça do Rio Grande do Sul.

A Avenida Beira Mar, como era chamada a principal via da cidade, já foi engolida pelas águas e, junto com ela mais de 200 casa e lojas – cerca de 14 quarteirões – também sumiram durante as últimas décadas. No local, usineiros campistas e outras personalidades proeminentes tinham belas casas de veraneio, que acabaram absorvidas pelo mar.

O engenheiro Raoul Michel de Thuin, proeminente figura da sociedade campista, tinha uma casa de praia na cidade. Seu filho, o cirurgião Rawlson de Thuin, contou ao Diário: “Meu pai comprou a casa, linda, de uns usineiros. Chegamos a construir um dique, mas a casa acabou sendo levada pelas águas de qualquer forma”.

Todo ano famílias diferentes enfrentam o mesmo problema: uma espécie de desapropriação do seu imóvel; e nesse caso, é pela própria mãe natureza. Apesar disso, muitos moradores insistem em não abandonar seus imóveis e continuam convivendo com a incerteza.

Há moradores que dizem que é o fim do mundo se aproximando, mas a ciência pode explicar. Especialistas apontam como causas deste fenômeno uma soma de fatores, que incluem ações humanas e efeitos das mudanças climáticas numa região que, desde o início, teve uma ocupação habitacional desordenada. Um dos principais fatores apontados pelos que não creditam o problema às mudanças no clima é a diminuição do fluxo de água do Rio Paraíba do Sul e uma possível mudança de seu curso, causados pela construção de barragens. Processos geológicos naturais também são apontados como um dos fatores, mas há um consenso entre pesquisadores de que o processo tem sido intensificado por ações humanas.

Os primeiros registros de erosão costeira em Atafona são de 1954, na Ilha da Convivência, que hoje já foi praticamente toda engolida. Na praia de Atafona, o evento veio a ocorrer cerca de cinco anos depois, mas a destruição se intensificou na década de 1970 e não parou até os dias de hoje. 

A Prefeitura de São João da Barra calcula que o avanço do mar já destruiu 500 residências e comércios, porém moradores locais e pesquisadores estimam que este número pode ser ainda maior. O mar avança cerca de 3 metros por ano sobre Atafona. Se você visitar o local a cada 6 meses, sempre verá uma paisagem diferente.

Imagem histórica do Pai Eterno que iria a leilão em SP é desapropriada pela Prefeitura do Rio e deve voltar pra cidade

A imagem do Divino Pai Eterno de autoria do Mestre Valentim – artífice de fama internacional – e que ornamentava o altar e retábulo da maior jóia barroca do Rio de Janeiro, a destruída Igreja de São Pedro dos Clérigos, acaba de ser tombada e desapropriada por 2 decretos do Prefeito Eduardo Paes (PSD), publicados agora há pouco numa edição extra do Diário Oficial do Município. A imagem de Deus Pai – na tradição católica uma das figuras da Santíssima Trindade – olhou pelos cariocas de 1733, quando foi instalada na bela igreja em formato elíptico demolida para dar lugar à Avenida Presidente Vargas, até 1944, quando foi vendida a um colecionador particular. Trata-se de um dos maiores ícones do barroco brasileiro, que seria arrematada na noite de hoje. O DIÁRIO DO RIO havia revelado aqui, com exclusividade, que a peça seria vendida esta noite.

A igreja foi um dos primeiros templos tombados do país, mas acabou destombada pra ser demolida (junto com outras 2) por Getúlio Vargas, e por um lapso da legislação e do sistema de Patrimônio Histórico do país – à época quase que recém criado – acabou sendo autorizada a dispersão de muitas de suas peças móveis, apesar da construção da nova Igreja de São Pedro, no Rio Comprido. Colecionadores de todo o país acabaram comprando suas lindas talhas e intrincadas imagens; dentre elas, a espetacular estátua do Divino Pai Eterno, com o orbe (o mundo) e sua barba branca. A imagem iria a leilão esta noite, em São Paulo, pelo martelo do leiloeiro Luiz Fernando Dutra, da Dutra Leilões, uma das mais reputadas casas de leilões do país, especializada em antiguidades. O lance inicial é polpudo: 900 mil reais; a obra pertencia ao acervo dos mega colecionadores Cárbia Sabatel de Bourrol e José Celestino Monteiro de Barros Burroul. José Celestino era membro da Academia Paulista de História e a coleção do casal era uma das mais abrangentes do país.

O decreto de Paes, que é inovador por ser a primeira vez que alguma esfera de governo no país interfere na revenda das peças arrancadas da Igreja de São Pedro. Há anos as lindas talhas e imagens que foram criadas pelos maiores artistas barrocos do país são vendidas pra lá e pra cá, sem nenhuma ação do Patrimônio Histórico, seja do Estado, da Cidade ou do País. Segundo especialistas, várias partes da igreja já estão fora do país, e se tornaram verdadeiras lendas. Por sorte, o Arquivo Noronha Santos tem imagens internas detalhadas do templo, onde é possível reconhecer os tesouros que lá havia antes da destruição feita com desmazelo pelo patrimônio cultural dos cariocas. Segundo informações, o leiloeiro já retirou as peças desapropriadas do leilão.

A prefeitura inova agora na proteção do Patrimônio Histórico, e decidiu também devolver mais duas peças de grande valor à apreciação do público. Um detalhado e rebuscado retábulo barroco e um enorme par de anjos adoradores, que seriam também vendidos pela Dutra Leilões no grande leilão de arte que durará 6 dias e tem peças de grande importância histórica, com prataria de primeira linha e algumas reminiscências do período imperial. “Maravilhosa iniciativa do Prefeito Eduardo Paes, que, sem demora, fez um decreto para preservar os bens móveis de nossa arte sacra do Século XVIII, da Igreja de São Pedro dos Clérigos, demolida em 1944″, disse o Padre Silmar Fernandes, Curador da Comissão de Patrimônio da Arquidiocese do Rio de Janeiro, que também enviara carta ao Leiloeiro, pedindo a suspensão do leilão para averiguação sobre a forma de aquisição da peça.

IMG 8689 Imagem histórica do Pai Eterno que iria a leilão em SP é desapropriada pela Prefeitura do Rio e deve voltar pra cidade

A Igreja de São Pedro dos Clérigos era considerada uma das maiores joias barrocas da cidade do Rio de Janeiro. Sua arquitetura majestosa, decorada com o rico trabalho de talha do Mestre Valentim, encantava quem a visitava. No entanto, apesar dos esforços para preservá-la, a prefeitura optou por sua demolição em 1944, levando ao desaparecimento físico da igreja e dispersando seus fragmentos em museus e outros templos pelo país.

Valentim da Fonseca e Silva, mais conhecido como Mestre Valentim (Serro, Minas Gerais, 13 de fevereiro de 1745 — Rio de Janeiro, 1 de março de 1813), foi um dos principais artistas do Brasil colonial, tendo atuado como escultor, entalhador e urbanista no Rio de Janeiro.

Além disso, a venda de objetos supostamente ligados à Igreja de São Pedro dos Clérigos não tem sido incomum, e muitas vezes esses itens são até falsamente atribuídos ao famoso templo (declarados como sendo da Igreja sem sê-lo) para aumentar seu valor no mercado antiquário e religioso. Não é o caso do item, que é genuíno e consta claramente nas fotos do Arquivo Noronha Santos. A descrição do lote que agora integrará o patrimônio dos cariocas, no leilão, ressalta a importância histórica da figura que coroava o antigo retábulo, com 125 cm de largura e 114 cm de altura total, “com o belíssimo resplendor de prata, ornado com pedras coloridas.”

A história da Igreja de São Pedro dos Clérigos permanece viva na memória daqueles que reconhecem sua importância para a identidade cultural da cidade, principalmente do Centro do Rio de Janeiro, que com as diversas iniciativas privadas e públicas que buscam sua revitalização, vem renascendo. A cada dia mais cariocas e turistas visitam o grande circuito das igrejas históricas do Centro, que incluem maravilhas como a Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, a Candelária, a Sao Francisco de Paula, e a antiga Sé. E em breve, poderão visitar, em algum museu, a mais importante imagem do Divino Pai Eterno do barroco brasileiro, que voltará a proteger – e de pertinho – o povo do Rio de Janeiro.

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lapa dos mercadores 2024 Imagem histórica do Pai Eterno que iria a leilão em SP é desapropriada pela Prefeitura do Rio e deve voltar pra cidade

Sepetiba, Guaratiba e Reserva podem ficar debaixo de água em 2030

A Climate Central, uma ONG formada por cientistas e jornalistas que tem por objetivo pesquisar e noticiar os fatos sobre as mudanças climáticas criou um mapa interativo, um tanto pessimista, que prevê um cenário verdadeiramente apocalíptico para as cidades costeiras. O trágico e recente evento que ocorreu no Rio Grande do Sul traz novamente à discussão à tona, em que pese haja evidências de que a infraestrutura dos gaúchos para conter estas tragédias não se encontrava em perfeitas condições.

Os dados, documentados na Nature, principal revista científica do mundo, e revisadas por outros cientistas mostra que a ameaça do aumento do nível do mar ameaças pessoas no mundo, e podem ter profundas consequências econômicas e políticas ainda durante a vida da atual geração. O problema, de gravidades imensas no Leste Asiático, deve atingir, até 2100, áreas que hoje vivem cerca de 200 milhões de pessoas.

Diferente de outras pesquisas, os dados do Climate Central leva em conta que novas informações revelam que a altura de regiões costeiras são significantemente menores do que se pensava anteriormente. Daí então dados muito mais alarmantes.

O nível do mar deve subir entre 60 cm e mais de 2 metros durante o século XXI. E alguns problemas já serão sentidos na próxima década de 2030. Isso se levar em conta o cenário mais pessimista, acreditando que nada será feito nos próximos anos.

Veja o mapa que mostra Sepetiba até Guaratiba em 2030, o vermelho é a parte que pode ficar submersa:

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Já em 2060 pode sobrar muito pouco da parte do Rio banhado pela Baía de Sepetiba:

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E no fim do século poderá se trocar o trem por barcas:

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Guaratiba e a praia da reserva também deixariam de existir, com a Lagoa de Marapendi se ligando definitivamente ao mar em certos trechos. Veja como seria em 2030:

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Em 2060

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E finalmente 2100, quando praticamente não haverá mais terra no litoral carioca:

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O ambientalista Sérgio Ricardo já chamou atenção aqui no DIÁRIO DO RIO para o desafio das mudanças climáticas e a elevação do nível do mar. “No Rio de Janeiro, partes da orla marítima do Recreio dos Bandeirantes, nas ilhas do Governador e Paquetá e em cidades da Região dos Lagos e da Costa Verde Verde fluminense, já vem sofrendo os impactos das inundações e da destruição da faixa litorânea e de infraestruturas urbanas (como calçadas e ruas, píers atracadouros e até mesmo moradias, pousadas e do comércio de praia) que são refeitas e/ou reconstruídas periodicamente pelas prefeituras, de forma paliativa e cada vez mais frequente, como se fosse uma “operação enxuga gelo” (no sol!), cujos custos financeiros são cada vez maiores para os cofres públicos.”

Segundo especialistas – em que pese haja cientistas e publicações especializadas que negam a gravidade e mesmo a existência das mudanças climáticas – os cenários aqui são os mais pessimistas, mas nada vem sendo feito para que haja otimismo com o problema pelo qual, segundo a mídia e os cientistas do mainstream, o mundo vem passando.

Nem Ipanema, Leblon ou Jd. Botânico: conheça a residência de Eduardo Paes na Zona Norte do Rio

Nesta manhã de sábado (01/06), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, compartilhou um vídeo nas redes sociais, destacando as estradas sinuosas da Floresta da Tijuca. Ele brincou: “Qual prefeito do mundo sai de casa e passa pela maior floresta urbana do mundo? Só o do Rio!” Ao fundo, o céu azul contrastando com a Pedra da Gávea, no caminho para São Conrado, capturou a atenção de todos. Embora muitos pensem que o prefeito reside em um dos endereços mais luxuosos da cidade, como Ipanema, Leblon ou nos mega condomínios luxuosos do Jardim Botânico, a verdade é que sua residência oficial está na Zona Norte do Rio e é tão charmosa quanto os outros endereços cobiçados. Construída em um dos bairros mais frescos e pitorescos do município, o Alto da Boa Vista, o imóvel é conhecido como Gávea Pequena e é a residência oficial dos prefeitos da cidade do Rio.

A história dessa propriedade remonta ao início do século XIX, quando o francês Louis François Lecesne adquiriu terras na região e iniciou o cultivo de café. Ao longo dos anos, passou por diferentes proprietários até que, em 1916, parte das terras foi vendida à Prefeitura do Distrito Federal. A intenção era transformar o local numa colônia de férias esportiva, que posteriormente se tornou um ponto de encontro para figuras políticas, como Washington Luís, que frequentava a casa.

Nos anos seguintes, a Gávea Pequena testemunhou diversos episódios marcantes, desde a luta contra pragas de saúvas até se tornar o refúgio de fim de semana do poder na década de 1950. Figuras como Getúlio Vargas e Harry Stone, o “embaixador” de Hollywood no Brasil, frequentaram o local, tornando-o um cenário histórico de encontros políticos e sociais.

A residência em estilo chalé romântico, além de sua aura histórica, oferece uma decoração austera, com destaque para um quadro de Di Cavalcanti e um piano de cauda francês na sala de jantar. Com oito quartos, sala de cinema, sala de estar com lareira, sala de jogos e sauna, a casa também conta com uma extensa área externa, incluindo jardins projetados por Roberto Burle Marx, piscina, quadra de tênis, campo de futebol, casa na árvore para crianças, cachoeira, capela e uma vasta criação de animais.

Após o fim do regime militar em 1985, a Gávea Pequena tornou-se a residência oficial da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, sendo habitada por todos os prefeitos, exceto Luiz Paulo Conde e, recentemente, por Marcelo Crivella, que optou por permanecer em seu apartamento na Península, na Barra da Tijuca.

Em 2019, a casa foi oficialmente reconhecida como patrimônio histórico do Rio de Janeiro, um testemunho de sua importância cultural e arquitetônica para a cidade. Em 2020, o prefeito Eduardo Paes retornou à residência, onde viveu durante seus dois mandatos anteriores, dando continuidade a uma tradição da política carioca.

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Prédio de clube esportivo na Lapa vai a leilão por dívidas trabalhistas

Em junho, um famoso prédio localizado na Lapa irá a leilão. Trata-se da sede da ACM (Associação Cristã de Moços do Rio), localizada na Rua da Lapa, 86. Trata-se do braço carioca da entidade esportiva mundialmente conhecida como YMCA, aquela da famosa música e da coreografia do grupo Village People. A informação foi divulgada pelo jornalista Ancelmo Gois.

O prédio cujo leilão pode ocorrer no mês que vem, conta com 13 andares, piscina semiolímpica, quadras, academia e é um dos maiores da região. A ação foi movida por dívidas trabalhistas e o leilão deve ter como lance inicial R$ 72 milhões. A ACM ocupa apenas os andares mais baixos, e utilizava os andares superiores para conseguir renda para suas atividades, alugando-os. Porém, estão vazios há anos, após a saída de uma universidade que ocupava grande parte deles. A entidade enfrenta uma crise, apesar de ter uma infraestrutura esportiva de fazer inveja às melhores academias da cidade; segundo funcionários, as academias com aparelhos modernos tiraram muitos usuários da ACM, que também tinha outros “inconvenientes”, como a obrigatoriedade de usar uniforme para usar os seus serviços e academias.

Há cerca de 3 anos, o prédio, que tem cerca de 18.000m2, estava sendo anunciado para venda por 60 milhões de reais. Segundo corretores consultados pelo DIÁRIO, o prédio, em valores de hoje, não valeria mais que 30 milhões. “A Lapa não é um local valorizado para escritórios. Eles raras vezes são vendidos a mais de R$ 1.000,00 por cada metro quadrado; uma sala de 30m2 é vendida por 40 mil reais. Tem prédios modernos com vacância superior a 75% na região. A lógica seria fazer sua transformação de uso para residencial, o que agregaria mais valor ao edifício, mas, mesmo assim, os custos da obra de conversão são enormes – superiores a R$ 5.000 por metro quadrado – e o valor final de venda fica em torno de R$ 10.000,00”, explica Wilton Alves, diretor da Sergio Castro Imóveis.

Novo residencial de 900 unidades na Baixada segue tendência de condomínio completo

A Baixada Fluminense tem se destacado como uma das regiões de maior crescimento urbano no estado do Rio, depois da capital. Com seus municípios em constante expansão, é em Nova Iguaçu que esse cenário se torna ainda mais evidente. Historicamente, a cidade lidera os números de lançamentos habitacionais na região, se consolidando como uma das mais valorizadas da Baixada. O município conta atualmente com dois grandes shoppings, um amplo centro comercial e uma diversidade de serviços que atendem às necessidades dos seus moradores. A crescente oferta de infraestrutura e serviços tem despertado o interesse e a atenção dos investidores do ramo imobiliário, que veem na cidade um potencial de crescimento e valorização para seus empreendimentos.

Um exemplo que chama atenção o novo lançamento no município, com quase 900 unidades previstas. O Residencial Conceito Califórnia, localizado no bairro Califórnia, promete trazer uma nova perspectiva para a vida urbana na região. A incorporadora Jerônimo da Veiga traz um projeto de seis torres, cada uma com 15 pavimentos, oferecendo uma variedade de opções de moradia para atender às diversas necessidades dos futuros moradores, contando com apartamentos de 2 quartos, com varanda integrada na cozinha, e gardens.

O condomínio ainda contará com localização privilegiada na Via Dutra, proporcionando fácil acesso às cidades do Grande Rio e a uma grande variedade de serviços, como supermercados, faculdades e estações de trem. O empreendimento se destaca com uma série de facilidades e comodidades para os moradores, incluindo playgrounds, quadras de Beach Tennis, salões de festas, complexo aquático, academia, churrasqueira, quadra poliesportiva, espaço pet, minimercado, redário e muito mais.

Tendência

JV CC PISCINA 01 REV04 H A 1 Novo residencial de 900 unidades na Baixada segue tendência de condomínio completo

O setor imobiliário de Nova Iguaçu está passando por uma transformação significativa, acompanhando uma tendência que já se consolidou em áreas nobres da capital, como na Barra da Tijuca. O surgimento de grandes condomínios residenciais na cidade está redefinindo o conceito de moradia, oferecendo um modelo que preza pela comodidade e qualidade de vida dos moradores. Ao contrário do que se via no passado, onde condomínios localizados fora do perímetro urbano eram associados a áreas degradadas, os novos empreendimentos do município surgem dotados de uma excelente infraestrutura desde sua concepção. Com extensas áreas verdes e uma gama completa de opções de lazer, esses condomínios proporcionam aos moradores a possibilidade de resolverem suas questões cotidianas sem precisar sair de casa.

Documentário conta a história da Sérgio Castro Imóveis

O Documentário da historiadora Nubia Melhem que conta a trajetória da empresa Sérgio Castro Imóveis, lançado no YouTube recentemente, além de mostrar o caminhar da empresa familiar, parte de um grupo fundado em 1911 e que já vendeu mais de 150 mil imóveis nesta trajetória, traça um interessante paralelo com a história do Rio de Janeiro, sobretudo na questão imobiliária. O filme mostra a evolução do mercado imobiliário desde o início do século XX, e pode ser assistido gratuitamente.

A história da tradicional firma imobiliária é contada no filme, através de imagens da cidade do Rio de Janeiro, infográficos e legendas que descrevem o passado e o presente do ramo de imóveis, mostrando o desenvolvimento imobiliário da cidade, década a década. Acontecimentos marcantes, como as mudanças na cidade, por exemplo quando as casas passaram a virar prédios – a chamada verticalização, são destacados. Outra coisa muito interessante, inclusive pra quem gosta de marketing, é ver a evolução dos anúncios (propagandas) da empresa, no decorrer das décadas.

A imobiliária, que nasceu da Companhia Brasileira de Immoveis e Construções – COBIC, foi responsável pela urbanização do Grajaú, na década de 20, e pelo lançamento do Recreio dos Bandeirantes, no final da década de 50. O engenheiro Antônio Eugênio Richard – o conhecido ‘engenheiro Richard’, do Grajaú – era bisavô do empresário Sergio Castro, e, poucos sabem, participou também da companhia aérea Aeropostale. Tudo isso é demonstrado no filme, que conta a história do setor no Rio através de páginas de revistas, fotografias, e matérias de jornal.

A COBIC foi a primeira grande companhia imobiliária do Brasil, fundada 1 ano antes da Companhia City, por muitos considerada pioneira no país. A City tinha capital inglês, enquanto a COBIC foi fundada com recursos de investidores franceses, capitaneados por Richard.

Outros fatos históricos da cidade, da empresa e do mercado imobiliário no Rio de Janeiro são mostrados no filme, que é realmente muito interessante e trata de um assunto pouco explorado e está disponível, no Youtube. O documentário se chama “Uma família no mercado imobiliário desde 1911” e tem pouco mais de 18 minutos de duração. Passatempo bacana para quem gosta de saber um tanto mais de história, nestes tempos de pandemia.

A pesquisa e a seleção de imagens foi da historiadora Núbia Nelhem Santos, que, entre outros trabalhos, escreveu o badalado livro sobre a história do Theatro Municipal do Rio. A direção foi de Daniela Kallmann, junto com Núbia. As duas, ainda, fizeram o trabalho de edição, ao lado de Patrícia Tebet.

A supervisão geral ficou por conta de Márcio Roiter, do Instituto Art Déco Brasil. As fotografias são de Marc Ferraz, Augusto Malta, Marcel Gautherot e José Olímpio.

“O trabalho ficou excelente e mostra como surge o mercado imobiliário do Rio de Janeiro, e marca o pioneirismo de nossa empresa”, comemora Lucy Dobbin, superintendente da Sergio Castro, que mantém um Centro Cultural de excelência na Rua das Laranjeiras, 490, em palacete histórico da década de 20 onde funciona também uma sede administrativa da empresa. No local, uma exposição permanente conta a história da tradicional imobiliária e do mercado imobiliário do Rio de Janeiro. Um livro está sendo editado contando a história.

SERGIO CASTRO - A EMPRESA QUE RESOLVE, desde 1949
Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis – a empresa que resolve contribui para a valorização da cultura carioca
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lapa dos mercadores 2024 Documentário conta a história da Sérgio Castro Imóveis

Área do Parque Nacional do Itatiaia atingida por incêndio ficará fechada até quarta-feira

Devido a um incêndio iniciado na última sexta-feira (14/06) e ainda não totalmente controlado, a parte alta do Parque Nacional do Itatiaia (PNI), na região Sul do estado do Rio de Janeiro, continuará fechada para visitação até a próxima quarta (19/06).

A decisão foi informada pela concessionária Parquetur, responsável pela administração do PNI, neste domingo (16/06).

De acordo com a nota oficial enviada à imprensa, ”o incêndio está sendo controlado pela equipe de bombeiros e brigadistas, que neste momento trabalham no rescaldo e na limpeza da área atingida”.

O comunicado ressalta ainda que ”a medida visa garantir a segurança e o bem-estar ao público, que, a partir de quinta (20/06), poderá acessar e aproveitar todas os atrativos do parque, sem restrições”.

Vereadores do Rio aprovam projeto de combate à intolerância religiosa e outros tipos de preconceito

Na última quinta-feira (13/06), a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou um projeto de lei que cria na capital fluminense o programa ”Patrulha Protetores da Fé”.

A medida, número 2.605/2023 e de autoria do vereador Átila A. Nunes (PSD), agora segue para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes, que tem até 15 dias úteis para decidir sobre o assunto.

A iniciativa tem como objetivo principal auxiliar pessoas que foram vítimas de crimes relacionados a preconceitos religioso e racial na cidade, além de conscientizar a população. O texto tem alguns pontos cruciais. Confira:

  • Capacitar a Guarda Municipal carioca em relação ao assunto;
  • Orientar o poder público sobre o controle, acompanhamento e monitoramento dos casos de crimes referentes a etnia, raça, cor, classe social, local de nascimento, sexualidade, xenofobia, intolerância e preconceito religioso, visando reduzir a incidência;
  • Nortear agentes públicos para atuarem com mais sensibilidade no atendimento às vítimas;
  • Integrar os serviços oferecidos pela Prefeitura.

Números

Levantamento recente elaborado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) aponta que, ao todo, quase 3 mil pessoas foram vítimas de atos preconceituosos relacionados a raça, cor, religião, etnia e xenofobia no estado do RJ em 2023.

Rio é a cidade brasileira com mais registros de balões no céu em 2024

Dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB), apontam que a cidade do Rio de Janeiro lidera o ranking nacional de reporte de balões de ar quente não tripulados.

Em 2024, de janeiro a junho, foram registrados 64 balões no céu da capital fluminense. A nível de comparação, em Curitiba (PR), 2º município no ranking do Cenipa, foram flagrados 18 balões, enquanto que, em São Paulo (SP), 3º colocado, 12.

Vale ressaltar que o Cenipa contabilizou 72 balões em todo o estado do RJ durante esse período de tempo. Nesse caso, SP lidera o ranking, com 87 registros, seguido do PR, com 19.

Crime ambiental

O artigo 42 da lei federal número 9.605/1998 determina que fabricar, vender, transportar e/ou soltar balões é crime contra a flora. A pena prevê prisão de 1 a 3 anos ou multa – ou ambas, de maneira cumulativa. É importante citar que crimes ambientais são inafiançáveis.

Prefeitura do Rio reforma comunidade em Cosmos e inicia obras em ruas de Bangu

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A Prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou, neste domingo (16/06), obras do programa ”Bairro Maravilha” em duas localidades da Zona Oeste da cidade.

Em Cosmos, 12 ruas da comunidade 29 de Março foram revitalizadas, com a instalação de drenagem, saneamento básico, calçamento e pavimentação. A praça foi reformada, com brinquedos novos para as crianças e uma Academia da Terceira Idade para os idosos.

”É um prazer entregar essa obra para vocês. Vamos continuar fazendo obras na Zona Oeste. O que estamos fazendo aqui é a nossa missão. Continuaremos trabalhando firme para melhorar a vida da população”, disse o prefeito Eduardo Paes, acompanhado da secretária municipal de Infraestrutura, Jessick Trairi, e do subprefeito da Zona Oeste, Diogo Borba.

Os trabalhos seguem em andamento em outros três logradouros, as ruas da Paz, São Sebastião e G, completando 15 vias que serão contempladas pelo projeto na região. Mais de 10 mil metros quadrados de área pública estão sendo reconstruídos. As obras estão sendo realizadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura, com investimentos de cerca de R$ 7,1 milhões.

”Uma das melhores coisas feitas aqui foi o asfalto. Aqui era horrível, lama para todo lado. Dava problema na minha casa e eu não conseguia ir trabalhar porque tinha que ficar para consertar alguma coisa. Agora está tudo bem. Essa rua aqui, quando era barro, as pessoas não conseguiam passar. Acabou o problema de ruas sem saneamento, com esgoto passando na rua e na frente da minha casa”, afirmou Paulo Henrique Cortes, de 59 anos, trabalhador da construção civil e morador da comunidade desde 2017.

Bairro Maravilha em Bangu

Também foram iniciadas as obras do Bairro Maravilha na altura do número 245 da Estrada do Quafá, em Bangu. Por meio do programa de urbanização, a via e mais seis ruas da região serão recuperadas com nova infraestrutura urbana.

Os serviços incluem a instalação de drenagem de águas pluviais; rede de esgoto e de água potável; construção de calçadas; e pavimentação. A área beneficiada será de 9,3 mil metros quadrados. O custo total é de R$ 7,8 milhões.

”A obra começa amanhã. Faremos o bairro todo, mas por fases. Caminhando as primeiras ruas a gente passa para a segunda fase. E muito importante: acompanhem a obra, fiquem atentos. Vai tudo ficar zeradinho, com drenagem, esgoto, calçadas e asfalto”, declarou Paes.

Investimentos ultrapassam R$ 1 bilhão

A Prefeitura do Rio já transformou, por meio do programa Bairro Maravilha, 36 localidades da Zona Oeste durante a atual gestão.

Nessas regiões, as ruas são completamente transformadas e recebem saneamento básico, calçamento e pavimentação, melhorando não apenas a capacidade de escoamento de água da chuva, mas também a acessibilidade. Outros 21 projetos estão em andamento na região mais populosa da cidade. É o caso, por exemplo, das comunidades Caminho da Guarda, em Sepetiba, e Jardim Vitória, em Santa Cruz.

A Zona Norte também vem sendo contemplada com as benfeitorias do Bairro Maravilha. Oito localidades estão recebendo as ações do programa em bairros como Rocha Miranda, Bonsucesso e Ramos. Uma intervenção já foi entregue aos moradores do subúrbio, no bairro do Encantado. O investimento total em obras de infraestrutura nas zonas Oeste e Norte ultrapassa R$ 1,1 bilhão. Até fevereiro deste ano, cerca de 70km de urbanização já tinham sido executados pelo Bairro Maravilha.

3 Grandes Bibliotecas do Centro do Rio

O Centro do Rio é a parte da cidade que mais tem bibliotecas. Ao todo são mais de 20 espaços dedicados à leitura no coração da Cidade Maravilhosa. O Diário do Rio lista para o leitor três dos mais completos acervos de livros e documentos históricos do Rio.

Biblioteca Nacional

Biblioteca Nacional por Eduardo Melon

Fundada em 1810 e aberta ao público quatro anos depois, a Biblioteca Nacional tem um dos acervos mais importantes do Brasil. Além dos muitos títulos físicos, a Biblioteca conta com 887.965 documentos de livre acesso na internet, um dos maiores acervos virtuais do mundo.

Excelente lugar para pesquisas profundas e detalhadas, a Biblioteca Nacional tem grandes salas de leitura com todo o suporte para o leitor.

Serviço

Avenida Rio Branco, 219 – Centro, Rio de Janeiro – RJ
De segunda a sexta 12h às 17h
Telefone:(21) 3095-3879

Passa no Paço

Depois de um passeio cultural, uma volta no shopping não faz mal. O Diário do Rio indica uma visita ao Shopping Paço do Ouvidor. Passa no Paço que a satisfação é garantida.

Biblioteca do CCBB

CCBB por Rodrigo Soldon

Seus 2.200m² abrigam um salão de leitura para 100 pessoas, três salas para a coleção geral, sala de referências com enciclopédias e dicionários, sala de literatura infanto-juvenil com mais de 2 mil títulos, sala de multimídia, além de salas com coleções especiais.

Criada em 1931, a antiga Biblioteca do Banco do Brasil (originalmente voltada para assuntos mais técnicos), é hoje uma importante fonte de consulta nas áreas de Artes, Ciências Sociais, Filosofia e Literatura, com acervo de mais de 125 mil exemplares informatizados, atualizado e periodicamente higienizado por uma equipe da APAE – São Gonçalo.

Serviço

Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – Rio de Janeiro, RJ
De quarta a segunda, das 9h às 21h.
Tel: (21) 3808-2030.

Real Gabinete Português de Leitura

A Portuguese Library in Rio por Sabri Irmak

O espaço possui a maior e a mais valiosa biblioteca de obras de autores portugueses fora de Portugal. O seu acervo, inteiramente informatizado, é da ordem de 350.000 volumes.

O grande número de obras em língua portuguesa e a elogiada arquitetura do local contribuem para o elevado número de visitantes.

Serviço

Rua Luís de Camões, 30 Centro – Rio de Janeiro – RJ
De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Tel: (21) 2221-3138

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Incêndio de grandes proporções atinge Parque Nacional do Itatiaia

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Um incêndio de grandes proporções atinge a parte alta do Parque Nacional do Itatiaia (PNI), na região Sul do estado do Rio de Janeiro, desde a tarde da última sexta-feira (14/06). De acordo com o site ”Agenda do Poder”, a última estimativa aponta que, aproximadamente, 150 hectares foram atingidos pelas chamas.

O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão do PNI, colocou mais de 100 brigadistas para combater o incêndio, além de bombeiros de 10 quartéis do Rio, guarda-parques e voluntários. Vale ressaltar que a causa do fogo ainda não foi identificada.

O incêndio teve início, coincidentemente, no dia em que o parque completou 87 anos. A região afetada faz divisa com os estados de Minas Gerais e São Paulo.

João Paulo Morita, coordenador de prevenção e combate a incêndios florestais do ICMBio, diz que várias instituições estão mobilizadas no combate às chamas, incluindo o Exército Brasileiro, a Fundação Florestal de SP e o Governo de MG.

”É um incêndio complexo que ocorre a mais de 2 mil metros de altitude, o que dificulta as ações de combate. Por ser mais alto, a quantidade de vento aumenta, causando uma propagação rápida, principalmente porque o tempo está muito seco. Há mais de 100 combatentes trabalhando 24 horas, além da equipe de suporte que não está em campo”, afirmou João Paulo.

Morita ressaltou ainda que, pelo fato da área ser bastante íngreme, o acesso é dificultado em vários trechos. ”Em algumas partes, é necessário esperar o fogo cessar para que a equipe possa avançar”, complementou.

Segundo a Defesa Civil estadual, a operação conta com 13 viaturas e duas aeronaves do Grupamento de Operações Aéreas, que monitoram a área, transportam as tropas e combatem os focos de incêndio.

A Parquetur, concessionária responsável pela administração turística do PNI, informou que o acesso à parte alta do parque ficará fechado até esta segunda (17/06). Devido ao incêndio, a abertura da Temporada de Montanha foi cancelada.

Com quadras, churrasqueiras e torres d’água, Parque Realengo é inaugurado na Zona Oeste do Rio

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A Prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou, no último sábado (15/06), o Parque Realengo Jornalista Susana Naspolini, na Zona Oeste da capital fluminense. Trata-se da segunda grande área verde entregue à população carioca este ano.

Com quase 80 mil metros quadrados, o novo parque é inspirado no emblemático Gardens By The Bay, de Singapura, e conta com cinco grandes torres, sendo duas de 17, duas de 26 e uma com 47 metros de altura, que vão esguichar, por meio de 236 pulverizadores, vapor de água nos visitantes para amenizar os dias quentes.

As torres serão um espetáculo à parte na nova área de lazer. Diariamente, haverá exibições de show de luzes e música para os visitantes. O investimento da Prefeitura foi de cerca de R$ 72 milhões.

”É uma alegria estar aqui. Esse parque que surge hoje é resultado da luta comunitária do povo de Realengo. Um parque 100% verde. Estamos homenageando uma mulher muito especial, que cobrava do governo. Ela fazia isso com muita educação, responsabilidade e respeitando os interesses do Rio de Janeiro. Esse espaço é para que vocês se encontrem, que possam desfrutar. Viva Realengo, viva Susana Naspolini”, afirmou o prefeito Eduardo Paes, anunciando que a Prefeitura fará a expansão do parque.

torres de agua parque realengo Com quadras, churrasqueiras e torres d'água, Parque Realengo é inaugurado na Zona Oeste do Rio
Crianças se refrescando em torres d’água no Parque Realengo – Foto: Fabio Motta/Prefeitura do Rio

Além de proporcionar uma imensa área verde de convívio para a população, o Parque Realengo Susana Naspolini também apresenta inéditas soluções para adaptar a cidade aos desafios trazidos pelas mudanças climáticas, como ilhas de calor e inundações. Ao todo, serão 3.700 novas árvores numa área equivalente a nove campos de futebol oficiais. Entre as cinco torres haverá passarelas elevadas para que os visitantes possam caminhar.

No nível do solo, um espelho de água com jardins aquáticos vai encantar e refrescar os visitantes. Um bosque com sete acessos também será local de descanso e contemplação de espécies nativas da Mata Atlântica.

O novo parque já nasce ainda com um sistema de captação de água das chuvas para ajudar na prevenção de enchentes na região. Com capacidade para receber até 290 mil litros de água, um reservatório foi construído no parque e será acionado sempre que necessário, em caso de fortes chuvas. Essa reserva de água poderá ser reutilizada no próprio parque para irrigação dos jardins e limpeza de sanitários.

O parque terá também espaço para o cultivo de alimentos: uma horta composta por dois viveiros, três composteiras, para transformar resíduos orgânicos em adubo, e dez canteiros, sob os cuidados da Prefeitura.

Atrações

A concepção do parque levou em consideração a premissa de oferecer atrações para todas as idades. Foram construídas duas quadras poliesportivas; uma quadra de basquete 3×3; um campo de futebol de grama natural; duas quadras de futevôlei; e um skate park com mais de 1,5 mil metros quadrados.

Paralelamente, foi instalada uma Academia da Terceira Idade, além de uma área infantil, com três grandes setores divididos por idades para a garotada se divertir: uma para bebês e crianças até dois anos, outra para maiores de dois anos e uma terceira área infantil aquática. O Parque Realengo Susana Naspolini também será pet friendly, permitindo a entrada de animais domésticos, desde que com coleiras.

”O mais importante, o mais emblemático dessa obra é que a Zona Oeste e Realengo merecem lazer de qualidade. Democracia é isso, todos merecem lazer de qualidade. Essa é uma grande entrega para o povo trabalhador da cidade”, disse o presidente da Fundação Parques e Jardins, Julio Villas Boas.

Homenagem à jornalista

O Parque Realengo ganhou o nome de Susana Naspolini em homenagem à carismática jornalista que sempre se destacou pela competência no exercício da profissão e pela sintonia com a população do RJ.

Natural de Criciúma, em Santa Catarina, Susana fazia reportagens comunitárias de grande relevância para as pessoas da Região Metropolitana do Rio, auxiliando a administração pública a aperfeiçoar a prestação dos serviços em benefício dos cariocas. Ela faleceu em outubro de 2025, em São Paulo, após uma luta incessante contra o câncer.

”Eu posso resumir em duas palavras: alegria e gratidão. A iniciativa de fazer uma obra de tal envergadura para dar acesso ao lazer e ao conhecimento. Isso é prestar atenção ao que as pessoas precisam. Eu venho de Criciúma, uma cidade chamada de capital estadual dos parques. São todos cheios nos fins de semana. Precisamos valorizar o contato das crianças com a natureza. E fico muito feliz de terem lembrado da Susana. Ela fez do trabalho dela um propósito de vida, que se realiza com esse parque. Ela cuidou de muita gente. Estou muito feliz”, disse Maria Naspolini, mãe da jornalista.

”É o legado dela sendo eternizado pela cidade do Rio. Ela, muitas vezes, no ‘RJ Móvel’, pedia por praças, com brinquedos, academia da terceira idade. Um parque dessa magnitude vai trazer lazer, as pessoas podem vir se divertir. Tenho certeza que ela ficaria muito feliz com essa obra para a população. Ter o nome dela é um símbolo a mais, ela também ficaria muito honrada”, complementou Julia Naspolini, filha de Susana.

Thais Ferreira – PL 1904/24: esse debate precisa ser travado com seriedade na sociedade

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Fazer a defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos como Direitos Humanos numa perspectiva que integra raça e gênero é fundamental para garantir a dignidade e a continuidade da vida de meninas e mulheres. O legislativo tem uma missão primordial de legislar para assegurar nossas vidas e para acabar com as desigualdades de gênero e raça que ampliam as desigualdades sociais. Mas, legisladores como Arthur Lira, parecem terem sido eleitos para fazer exatamente o contrário, para controlar nossos corpos e nos matar. Em complemento, a justiça reprodutiva amplia o olhar sobre os direitos sexuais e reprodutivos, e vincula-se diretamente à justiça social, ou seja, busca garantir que todas as pessoas possam decidir se, como e quando ter filhos, constituir famílias ou outras redes de cuidado para o bem viver, e ter acesso a recursos e políticas de proteção a esses projetos de vida.

O Projeto de Lei 1904/24, o PL da Gravidez Infantil, que equipara aborto à homicídio, é uma ofensiva grave aos direitos das nossas meninas. O texto na Camâra prevê o aborto realizado acima de 22 semanas de gestação, em qualquer situação, passará a ser considerado homicídio, inclusive no caso de gravidez resultante de estupro, com pena será de seis a 20 anos para mulher que fizer o procedimento. Diante disso, é preciso ressaltar que há uma intencionalidade bastante grave pelo desejo de homens brancos e ricos em continuarem tutelando sobre os corpos das mulheres e das crianças, colocando em risco a vida de milhares de brasileiras, especialmente meninas, que são as principais vítimas da violência sexual no país, além de desrespeitar os direitos já previstos em lei.

Vale ressaltar que no Brasil, dados do Sistema Único de Saúde demonstram que 12 mil meninas foram mães em 2023 entre 8 e 14 anos. Se, 6 a cada 10 pessoas do sexo feminino estupradas no mesmo ano têm no máximo 13 anos, é simples compreender que estamos diante do fato de que meninas muito novas estão sendo obrigadas a parir crianças fruto de estupros. Cabe a nós, que de fato defendemos uma infância plena de direitos, dignidade e onde brincar, se desenvolver, ser cuidada,escutada, amada e protegida deve ser lei, nos posicionar para exigir que retrocessos não nos alcance.

O Brasil é um país diverso, porém quando olharmos para os representantes do Congresso Nacional, observamos que essas pessoas que deveriam legislar para todos os cidadãos brasileiros, acabam tomando decisões a partir de suas próprias convicções. Assim, como no caso em questão, legislam a a favor de estupradores e atacando as vítimas de estupro, o que é um ataque a democracia brasileira, uma vez que atinge os corpos mais frágeis que são das mulheres e das crianças, excluídos e desconsiderados desse debate.

Recorro aqui ao posicionamento contrário ao PL 1904/24 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA, instância máxima de formulação, deliberação e controle das polítcas públicas para a infância e a adolescência na esfera federal, criado pela Lei nº 8.242 de 1991, é o órgão responsável por tornar efetivos os direitos, princípios e diretrizes contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069 de 1990: “representa um retrocesso aos direitos de crianças e adolescentes, aos direitos reprodutivos e à proteção das vítmas de violência sexual, violando a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente e diversas normas internacionais das quais o Brasil é signatário. (…) A proposta ignora completamente a realidade das crianças e mulheres que enfrentam situações de estupro e que têm o direito de não serem subme,das a uma nova violência, sendo obrigadas a gestar e parir.”

Como mãe de 4 filhos,sobrevivente de abuso sexual, e presidenta da Comissão da Criança e do Adolescente, entendo que esse é um debate que precisa ser travado com seriedade na sociedade. Somente através de medidas efetivas no que tange à saúde pública poderemos garantir uma existência digna para todos desde o começo da vida. O Estado precisa parar de falhar com nossas crianças. Faço coro com o CONANDA na compreensão de que O PL impõe sofrimento, tortura e coloca em risco a saúde, a integridade física e mental e a dignidade de milhares de crianças e adolescentes que são cotidianamente violentadas sexualmente em nosso país, sendo preciso compreender que lutar pela justiça reprodutiva é essencial para a garantia da dignidade e continuidade da vida de nós mulheres e de nossas meninas.

Thais Ferreira (PSOL/RJ), mãe de 4 crianças, vereadora e Presidenta da Comissão da Criança e Adolescente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Comitê Cristo G20 realiza Seminário sobre Inteligência Artificial e Trabalho

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Na próxima segunda-feira (17/08), das 14h às 18h, será realizado o terceiro e último dia do Seminário Cristo G20, com a presença de autoridades do Santuário, do G20 Brasil, do G20 Estado do Rio de Janeiro (O mundo se encontra no RJ) e do Rio Capital do G20. Desta vez será realizado na Casa G20, instalada na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, com o tema “Inovação Tecnológica e Trabalho: Navegando na Era da Inteligência Artificial”.

No evento, os participantes vão trocar ideias sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) no mercado de trabalho global. As oportunidades, os perigos e os efeitos da IA para a humanidade foi abordada pelo Papa Francisco nesta sexta-feira, 14 de junho, no G7, abreviação de “Grupo dos Sete”, uma cúpula com líderes de sete das maiores economias do mundo que debate questões urgentes no cenário global e coordena políticas.

WhatsApp Image 2024 06 14 at 17.15.46 Comitê Cristo G20 realiza Seminário sobre Inteligência Artificial e Trabalho

A ciência e a tecnologia são produtos extraordinários do potencial criativo de nós seres humanos. É a partir do uso deste potencial criativo que Deus nos deu que a inteligência artificial vem à luz. Um instrumento extremamente poderoso. É agora lícito levantar a hipótese de que o seu uso influenciará cada vez mais o nosso modo de vida, as nossas relações sociais e, no futuro, até mesmo a forma como concebemos a nossa identidade como seres humanos”, destacou o Sumo Pontífice.

Com a intenção de dar ideias e sugestões do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor nas elaborações dos documentos finais dos Grupos de Engajamento que refletem o organograma do Comitê Cristo G20, as mesas dos três dias de Seminário Cristo G20 estão abordando temas transversais. Entre os dias 3 e 5 de julho, serão apresentadas aos Sherpas, líderes de cada país que encaminham as discussões e acordos até a cúpula final com chefes de Estado e de Governo, as participações do Comitê Cristo G20, durante a “Sessão Conjunta entre Sherpas e a Sociedade Civil”.

Serviço:
Seminário Cristo G20 – Segundo Dia – Tema: “Inovação Tecnológica e Trabalho:
Navegando na Era da Inteligência Artificial”

Inscrições
Data
: 17 de junho de 2024
Horário: Das 14h às 18h
Local: Casa G20 (Endereço: Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema)

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A UFRJ que não saiu do papel: exposição mostra edíficios nunca vistos da Cidade Universitária

O Núcleo de Pesquisa e Documentação (NPD), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU/UFRJ), promove a exposição “UFRJ em perspectiva”, que mostra a construção da Cidade Universitária por meio de desenhos, documentos e fotos dos anos 1950, 1960 e 1970. São 17 edifícios expostos, alguns que nem foram erguidos, como o Instituto de Física Nuclear e o Instituto de Biofísica. A exposição fica disponível ao público até o dia 22/7 no segundo andar do prédio da FAU/EBA, na antiga Reitoria.

O material mostra como poderia ter sido o campus, afetado pelas mudanças feitas ao longo dos anos. Em desenhos da FAU, por exemplo, parte de onde hoje são vidros, haveria cobogós (tijolo furado ou ao elemento vazado feito de cimento empregado na construção de paredes perfuradas).

A Faculdade de Letras ficaria atrás do prédio Jorge Machado Moreira nos primeiros estudos para o edifício. Também um estádio planejado para o campus ficaria onde estão atualmente os campos de rúgbi e hóquei sobre grama, que acabaram criados para servir de local de treinamento às delegações estrangeiras nas Olimpíadas de 2016, mas estão hoje abandonados.

O professor da FAU e curador da exposição Andres Passaro afirma que, por meio das fotos, é possível “entender a dimensão hercúlea e ambiciosa do projeto, assim como compreender, hoje, que nossos edifícios algum dia foram novos e chamados de modernos”, afirma.

O arquivo da época conta com mais de 50 mil materiais, parte ainda nem explorada. Segundo o pesquisador Tomás Urgal, que divide a curadoria com Andres, a equipe descobriu perspectivas inéditas dos prédios. “Expomos tudo que encontramos até o momento”, afirma. As plantas são assinadas pelo arquiteto Jorge Machado Moreira e pelo Escritório Técnico da, então, Universidade do Brasil.

(Des)continuidades

Desde a época da construção da Cidade Universitária, a UFRJ apresentava problemas orçamentários, que fizeram com que muitos prédios não saíssem do papel, mesmo aprovados pelo Governo Federal. “O que a gente tem hoje não foi por acaso, mas tão pouco concebido dessa maneira”, defende Tomás.

Em 1953, o primeiro prédio da Cidade Universitária, o do Instituto de Puericultura e Pediatria Martgão Gesteira (IPPMG) foi inaugurado. Na exposição, é possível ver uma foto de Getúlio Vargas visitando o local. Já em 1960, Brasília foi criada, o que reduziu o caixa destinado à Universidade. “Isso já foi suficiente para dividir o orçamento. A gente foi perdendo a noção do porquê ter uma Universidade do Brasil numa cidade que não é mais a capital”, destaca Tomás. O nome só foi alterado para Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1965, já na Ditadura Militar.

O NPD

Criado há mais de 40 anos, o Núcleo de Pesquisa e Documentação da FAU destina-se à preservação de importantes acervos da arquitetura brasileira. São mais de 500 mil documentos do século XIX até o início do século XXI. O NPD também guarda desenhos de ex-alunos da Escola de Belas Artes, da Faculdade Nacional de Arquitetura e de arquitetos como Sérgio Bernardes, Jorge Machado Moreira, Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy e Paulo Cazé.

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Medalha da Inconfidência: Dom Orani Tempesta recebeu a alta honraria em cerimônia no Palácio São Joaquim

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Na tarde da última sexta-feira (14/06), o Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, Dom Orani João Cardeal Tempesta, recebeu a Medalha da Inconfidência, que lhe foi conferida em 2023. Por incompatibilidade de agenda, o Cardeal não pôde comparecer a Ouro Preto/MG, na solenidade de entrega da medalha, conferida a ele pelo governador Romeu Zema.

O prefeito de Além Paraíba, Minas Gerais, que nutre respeito e filial admiração pelo Cardeal, juntamente com seu assessor de imprensa, o jornalista Dauro Machado, fizeram gestões junto ao Cerimonial do Governo de Minas Gerais, recolheram a Medalha e ontem, no Salão de Estado (Sala do Trono) do Palácio São Joaquim, sede do Arcebispado do Rio de Janeiro, a honraria foi entregue ao Cardeal.

Dom Orani recebeu a Comenda em seu mais alto grau, “Grande Medalha”. O Prefeito de Além Paraíba e uma delegação cidade Além Paraíba esteve presente. A vereadora Renata Guerini, membro da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Além Paraíba, esteve presente representando os Vereadores. Do Estado do Rio de Janeiro, autoridades, civis, militares, representantes do Governo, membros do Episcopado e do Clero também estiveram presentes para abraçar e cumprimentar o Cardeal pela merecida distinção.

O evento foi transmitido pela TV Redentor e teve o apoio da Rede Vida de Televisão. Integrantes da Imprensa também marcaram presença.

A cerimônia durou cerca de 45 minutos. O Cardeal recebeu a Medalha das mãos do Prefeito Miguel Belmiro de Souza Júnior e o diploma das mãos da Vereadora Renata Guerini, ambos de Além Paraíba, portanto, das Minas Gerais. O estojo com o distintivo e barrete foi entregue pela Lugar Tenente da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, Dama de Comenda com Placa, Dra. Isis Penido, enquanto a Advogada Solange Morani Massad fez a entrega da cópia do Decreto de concessão da honraria publicado no Diário Oficial de Minas Gerais em 19 de março de 2023.

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Dom Orani Tempesta ao lado do empresário Cláudio Castro (Foto: Divulgação)

A Medalha da Inconfidência é a mais alta honraria pelo Governo do Estado de Minas Gerais, uma das mais antigas condecorações brasileiras e uma das mais prestigiadas e importantes do país. Outorgada anualmente em 21 de abril, na histórica, Ouro Preto, antiga Vila Rica, primeira Capital da então província das Minas Gerais, a Medalha da Inconfidência é entregue em uma cerimônia com muito simbolismo e história.

Na entrega da Medalha da Inconfidência, a Capital do Estado de Minas Gerais é simbolicamente transferida para Ouro Preto. A solenidade é iniciada com o depósito de flores no monumento a Tiradentes, herói nacional da Inconfidência Mineira que fez do estado sinônimo de liberdade e independência. Criada pelo presidente Juscelino Kubitscheck, em 1952, a Medalha da Inconfidência é entregue em 3 graus: Insígnia, Medalha de Honra e o mais alto grau Grande Medalha.

O jornalista Dauro Machado, que é próximo do Cardeal, fez a saudação a Dom Orani João Tempesta onde ressaltou as qualidades do Purpurado, que tem seu Ministério alinhado com a “Igreja em saída”, voltada para os mais pobres e humildes. O discurso foi considerado memorável. O jornalista foi autor do livro Dom Orani, o Cardeal de Todos, uma pequena biografia de sua Eminência.

O Prefeito de Além Paraíba, Miguel Belmiro de Souza Júnior também discursou ressaltando os testemunhos e gestos concretos do Cardeal que segundo ele é amado por todo o povo e patrimônio do Brasil.

A solenidade foi encerrada com um profundo pronunciamento do Cardeal Tempesta que agradeceu o Governo do Estado de Minas Gerais, a presença de todos e reafirmou seus compromissos com a Igreja e com os mais necessitados. Após a fala do Cardeal aconteceu os tradicionais cumprimentos.

Incêndio atinge restaurante em Copacabana

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Um incêndio atingiu um restaurante localizado na Rua Domingos Ferreira, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Até o momento não há registro de vítimas.

Os bombeiros foram acionados por volta das 12h30. Eles atuam no local para conter as chamas. A fumaça preta causada pelo fogo pode ser registrada à distância por moradores do bairro.

Light encontra ‘gato’ de luz em restaurante, em São Cristóvão

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Técnicos da Light identificaram uma ligação clandestina de energia em um restaurante localizado na Rua Monsenhor Manuel Gomes, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. A fraude foi encontrada durante uma operação realziada pela empresa nesta sexta-feira (14/06).

O “gato” de luz fazia com que o restaurante deixasse de registrar cerca de 6MWh/mês, o que equivale a, aproximadamente, R$ 5.600 ao mês, em contas de energia, segundo estimativas da concessionária.

A proprietária do estabelecimento foi conduzida à delegacia da área para prestar depoimento. A fiscalização contou com apoio da 17ª Delegacia de Polícia de São Cristóvão e perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

A Light ressaltou que furto de energia é crime, causa falta de energia e pode ocasionar acidentes.

Ministério Público do RJ inaugura sede em Bangu nesta segunda-feira

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Nesta segunda-feira (17/06), às 11h (de Brasília), o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) inaugura a nova sede das Promotorias de Justiça, em Bangu, Zona Oeste da capital fluminense.

O prédio, localizado no número 408 da Rua Doze de Fevereiro, conta com um espaço total de quase 2 mil metros quadrados, construídos em seis pavimentos, divididos em térreo, cinco andares de trabalho, um andar de estacionamento (subsolo) e cobertura.

O novo edifício abrigará 10 Promotorias de Justiça das áreas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; Infância e Juventude; Varas Criminais; Juizado Especial Criminal (Jecrim); Cível; e Família. O prédio ainda terá espaços destinados a oitivas e acautelamento de equipamentos.

De acordo com o MPRJ, a ampliação da estrutura da nova sede permitirá maior aproximação da população com os promotores de Justiça. Paralelamente, ”o espaço proporciona o fortalecimento da instituição para uma atuação independente e resolutiva”.

Operação Lei Seca no RJ contará com apoio de drones para evitar fugas e troca de motoristas

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Em breve, as blitzes da Operação Lei Seca no Rio de Janeiro contarão com o apoio de drones. A iniciativa, que deve ser implementada no início do segundo semestre deste ano, visa ampliar o poder de fiscalização em todo o estado.

Ao todo, serão nove drones, que estão em fase final de processo de aquisição pelo Poder Executivo fluminense, por meio da Secretaria de Estado de Governo.

Os equipamentos serão utilizados, principalmente, para evitar que motoristas fujam por ruas próximas aos locais de Lei Seca e que haja troca de condutores antes e após os pontos de bloqueio das blitzes.

”Com o avanço da tecnologia e a utilização indevida de aplicativos para difundir os pontos de fiscalização, várias medidas estão sendo adotadas pela Lei Seca para evitar que os motoristas burlem a operação e sigam dirigindo, mesmo sob o efeito do álcool, e colocando em risco a vida da população”, diz o secretário André Moura.

Os drones serão utilizados nos pontos de fiscalização onde, pelo estudo estatístico e mapeamento da Lei Seca, são mais sensíveis a terem fuga de motoristas. Os locais não foram informados.

Chico Alencar: É preciso ser antirracista

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O Brasil é um país racista. O diagnóstico foi confirmado por uma pesquisa realizada pelo instituto Ipec, em abril do ano passado, com brasileiros de mais de 16 anos, em 127 municípios. Pelo levantamento, a crença de que havia uma democracia racial brasileira vai por água abaixo.

Mesmo reconhecendo que somos um país racista, a percepção do preconceito racial ainda é difusa, no dia a dia.

Todo mundo, no entanto, fica chocado com cenas explicitas de discriminação, como aquela que, não faz muito tempo, foi assistida na tela da TV e mostra uma mulher, em São Conrado, chicoteando uma pessoa negra. A brutalidade foi condenada pela sociedade. Mas ela só ocorreu porque o homem agredido denunciou a agressora e divulgou o vídeo. Ele não se intimidou com as ameaças, comuns nestes casos, do usual “você sabe com quem está falando?”.

Outro episódio recente, que mereceu o repúdio do mundo inteiro, foi o das agressões a Vini Jr., jogador do Real Madrid. Ele pôs a boca no trombone e apontou o racismo nos xingamentos de que foi alvo.

A boa notícia, nesse caso, é que, pela primeira vez na história, a Justiça da Espanha condenou três torcedores autores das ofensas racistas. Pegaram oito meses de prisão e ficarão dois anos longe dos estádios de futebol.

Vini Jr. merece nosso aplauso. Sua bravura é tão grande quanto o seu talento futebolístico.

As manifestações racistas, muitas vezes, são ameaças à vida.

Foi o que aconteceu com a deputada estadual Renata Souza, nossa companheira de PSOL, vítima de ameaças graves contra sua vida e de ofensas racistas e misóginas, feitas por e-mail. Renata deu queixa na Polícia.

Esperamos que a investigação policial seja rigorosa, descubra quem é o autor dos ataques e que seja punido.

Renata, sempre combativa, não se deixará intimidar. E continuará seu importante trabalho político em defesa dos direitos humanos, das mulheres e dos invisibilizados e oprimidos.

Renata e Vini Jr. têm em comum a mesma coragem de enfrentar o racismo de cabeça em pé, sem se deixar intimidar por agressões e intolerância.