Porto Maravilha ganha cada vez mais ‘cara’ de bairro com residenciais, comércio e infraestrutura

Região que recebeu injeção de investimentos nos últimos anos começa a ganhar mais frequentadores, restaurantes, bares e novas lojas

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Fachada do Kobra e Vlt no Porto Maravilha • Foto: Rafa Pereira, Diário do Rio

Quem passa pela região do Porto Maravilha vê com surpresa a transformação pela qual a região tem passado. O deserto que costuma imperar no trecho hoje dá lugar a estabelecimentos comerciais, empresas recém-abertas, estudantes novo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e ao fluxo de novos moradores da região. Tudo isso divide espaço com os canteiros de obras, que anunciam a chegada de mais prédios residenciais que tomam conta da área.

As primeiras moradias estão previstas já para o mês de junho. Segundo a Prefeitura, serão 27 mil unidades nos próximos três anos. Do total de moradores que irão migrar para o Centro do Rio, pelo menos 30% são de fora da cidade. Eles vêm da Baixada Fluminense, de São Gonçalo, de Maricá e da Região Serrana, em busca de praticidade, como morar mais perto do trabalho, serviços e de áreas de lazer.

Já outros compradores apostam na valorização do imóvel. Muitos acreidtam que as transformações na região irão turbinar os valores dos apartamentos em um futuro negócio. Enquanto isso, os prédios comercias, com seus imponentes retrofits, dão o tom do tamanho da mudança na área. (Veja no fim da matéria o mapa de alguma dos residenciais, divulgado pelo jornal O Globo). Ainda há alguns empreendimentos que se sabe já foram vendidos e se tornarão condomínios – como o da rua Sacadura Cabral 103, em cima da Pedra do Sal – e não fazem ainda parte da relação.

A região começa a ganhar, além dos lançamentos, escolas, como é o caso da creche que será aberta no Santo Cristo pela empreendedora Andrea Buffara. Mas muito se fala ainda sobre a necessidade de trazer mais unidades escolares para a região. “Temos uma das maiores redes escolares do país analisando a aquisição de um terreno de 3000m2 perto da Polícia Federal”, diz Rodolfo Rique, coordenador da Sergio Castro Imóveis, que abriu filial na região, num histórico sobrado de 1899.

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Símbolo dessa guinada do Porto Maravillha, o Aqwa Corporate, está com 85% de ocupação. A maioria dos espaços recebeu empresas de óleo e gás e escritórios de advocacia e de bancos. No térreo do edifício de 21 andares projetado pelo renomado arquiteto Norman Foster, três restaurantes e uma cafeteria já ficam cheios na hora do almoço.

O comércio também chegou com tudo nessa parte do Centro, no Terminal Gentileza, onde é feita a integração do BRT Transbrasil com o VLT, dos 80 espaços para locação, 14 abrigam marcas como Casa do Biscoito, Bob’s e Grão da Terra. Outros 12 estão em negociação.

Seguinto com a inauguração de novos pontos comerciais, também abriu uma lanchonete 24 horas no posto de gasolina ao lado do Rio Wonder. A 50 metros do residencial, uma filial do Mercado Dom, com outras duas unidades em São Cristóvão, foi inaugurada há três meses de olho na futura clientela. A expectativa geral, é de que a consolidação cada vez maior de novos moradores faça o comércio deslanchar de vez.

Falando em residencias, o Porto Carioca, projeto da Emccamp Residencial, deve ser entregue em 2026. Serão 1.472 apartamentos, em 23 pavimentos. Mais de 60% das unidades estão vendidas. No térreo haverá quatro lojas, que já estão sendo negociadas com supermercados, hortifrútis e padarias. Já o Epicentro, perto do Maravalley, terá um mall com 27 lojas. O residencial da Cury deve ficar pronto em março de 2026.

Veja o mapa de residenciais do Porto Maravilha:

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6 COMENTÁRIOS

  1. Vai dar tudo errado porque já começou errado. O centro vai ficar cada vez mais perigoso, sem segurança, um gueto igual aos países que optaram por tipo de arquitetura.

  2. Enquanto isso na baixada esse fdp desse prefeito não está fazendo nada ruas sem saneamento básico rua cheias de lamas e tem bairro as escuras nem calsadas tem em quanto isso na Leopoldina estão fazendo calsadas novas

    • Amigo, a baixada não pertence a administração do Eduardo Paes. A prefeitura dele administra a cidade do Rio. Na baixada, cada cidade tem seu próprio prefeito.

  3. Antes as moradias ficavam distante do centro e os empregos ficavam nele. Então surgiu um ser de inteligência suprema que democraticamente recortou o centro com o maravilhoso VLT, só que para isso foram necessárias muitas obras que ajudou na falência de várias comércios.
    É simplesmente triste caminhar pelo centro do Rio, vejam a Marechal Floriano, saiam do chamado Porto maravilha, tentem passar por outros caminhos que não sejam os principais e se sobrevivrem nos digam como foi.
    Vários imóveis históricos caindo aos pedaços, casarões invadidos e tudo mais que se possa imaginar.
    Paro por aqui, mas não param os problemas em todo o centro do Rio.

  4. O centro do Rio é belíssimo, uma pena ve-lo decadente, degradado e mal aproveitado. É um local com toda infraestrutura que pode abrigar muitosa imóveis residenciais, que de certo, ajudaria à recuperação daquela área.

  5. Torço para que a revitalização da região portuária dê certo com o aumento de imóveis residenciais e aumento de comércio típico de bairros residenciais, tais como supermercados, padarias, bancos. Talvez com o crescimento de população residente na região portuária, tenhamos um aumento no interesse pelo centrão da cidade (que engloba áreas como a Rio Branco, a Pres. Vargas, o Castelo, a região da Saara, a região da Central do Brasil, Pça Tiradentes e da República) como região de trabalho, o que existiu até a pandemia. Foi uma pena que a revitalização da região portuária tenha começado de forma errônea, com a construção de alguns prédios comerciais, que ficaram às moscas, quando o objetivo sempre foi transformar a região portuária em residencial para atrair moradores para o centro do Rio e fazê-los morar perto de seus trabalhos.

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