Fechado desde 2018, o famoso Mercado São José das Artes, mais conhecido como Mercadinho São José, em Laranjeiras, já está apto a receber propostas de empresas interessadas na revitalização e administração do espaço. Nesta terça-feira (30/05), a Prefeitura do Rio publicou no Diário Oficial a ata de convocação para seleção dos possíveis novos gestores do local, que completa 80 anos, nesta quarta-feira (31/05).
Aniversariante da semana, o Mercadinho São José não tem muitos motivos para comemorar. Isso porque o icônico endereço da Rua das Laranjeiras, um dos points gastronômicos e culturais mais importantes da Zona Sul da cidade, se encontra abandonado e deteriorado, sendo alvo, inclusive, de vandalismo por parte de moradores de rua.
Em fevereiro deste ano, o prefeito Eduardo Paes, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e o presidente do INSS, Glauco Wamburg, oficializaram a assinatura do protocolo de intenções para a compra e posterior reativação do espaço. A proposta de reativação foi apresentada pelo secretário municipal de Trabalho e Renda, Everton Gomes.
Everton: Os próximos passos do Mercadinho São José
O fechamento do centro cultural se deu quando o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) – proprietário do imóvel – conseguiu retomá-lo judicialmente. Desde então, o mercado permanecia com destino indefinido.
“Este mercado era um espaço em que as famílias vinham, as pessoas frequentavam, tinha atividade cultural, muita gastronomia. De repente, esse prédio tão bonito ficou abandonado. Na hora que você tem uma ocupação de um lugar a partir de regras bem definidas, o local que tinha virado um ponto de degradação da vida urbana passa a ser um ativo para a cidade“, lembrou Paes no início do ano.
Inaugurado em 31 de maio de 1944, o Mercadinho São José foi criado à época pelo então presidente Getúlio Vargas. O local abrigou uma senzala e um celeiro de uma fazenda localizada no Parque Guinle, na época do Império, e foi transformado em mercado de hortifrutigranjeiros para abastecer a população com produtos mais baratos durante a Segunda Guerra.
Posteriormente no local, funcionaram bares e restaurantes, tornando- se tornando um dos pontos de encontro preferidos de cariocas e turistas.