Nesta quinta-feira (21/01), o prefeito Eduardo Paes (DEM) anunciou que o Rio não terá Carnaval em 2021. A cidade é uma das que mais atrai turistas no período, devido aos desfiles das escolas de samba. Mas, mesmo reconhecendo as perdas financeiras, o presidente do Hotéis Rio, Sindicato patronal dos meios de hospedagem, Alfredo Lopes, afirma que a decisão foi adequada em função das incertezas de imunização da população.
Para o empresário, é preciso combinar com outros estados, principais destinos emissores do Brasil, para que haja um fluxo de turistas para a cidade, além de dar tempo hábil para que os profissionais da indústria do Carnaval possam desenvolver fantasias e carros alegóricos no nível de excelência apresentado a cada ano.
“O cancelamento do Carnaval em julho gera um prejuízo enorme para a economia da cidade, vários setores são envolvidos com isso. Porém, para realizar um Carnaval fora de época, é necessário um planejamento prévio com outros estados para que façam a mesma coisa, de forma que a gente tenha trânsito de turistas, senão não faz sentido, fazer uma festa da gente para nós mesmos?”
Alfredo Lopes acredita que promover um Carnaval fora de época, em julho, a partir de agora, não daria tempo de desenvolver toda a indústria envolvida. Ele destaca que a incerteza quanto à vacinação da população também impacta os planos.
“Não faz sentido, seria reduzir a qualidade do Carnaval do Rio, que para mim é o melhor do mundo. Embora reconheça que é um prejuízo, entendemos que é melhor realizar um evento organizado e de forma segura do que se meter em estrepolias em um período já tão problemático e indeciso de nossa economia e da vida em todo o mundo”, conclui.
Devido ao cancelamento, a Prefeitura do Rio de Janeiro está estudando a possibilidade de assegurar um auxílio financeiro aos trabalhadores que vivem do Carnaval.