A legalização dos jogos no Brasil é uma pauta importantíssima para o Brasil, talvez só perca para a dos royalties. Pouco falada fora de alguns círculos, há projetos de um Cassino Resort no Rio de Janeiro, com hotéis, centro de convenção, centro de exposição, um grande shopping e com 5% do empreendimento sendo um cassino. O total de investimento seria de US$ 10 bilhões, gerando 50 mil empregos, isso em 2018. Não é por outro motivo que o DIÁRIO DO RIO é favorável a abertura de um cassino em nossa cidade.
Mas não é apenas o Jornal, a maioria dos deputados federais são favoráveis a legalização dos jogos de azar, em uma sondagem feita pela Paraná Pesquisas, contratada pelo portal de notícias BNLData, em parceria com o Instituto Brasileiro Jogo Legal – IJL, em junho de 2019, mostra que 52,1% dos deputados federais são favoráveis, 40,8% dos parlamentares são contrários e 7,1% não sabem/não responderam.
A pesquisa apontou os motivos contrários a legalização: lavagem de dinheiro (20,6%), aumento da patologia (17,2%), religioso (10,1%), fiscalização deficitária (9,7%) e ausência de controle (9,2%). Bem, convenhamos que lavagem de dinheiro é feita a vontade no Brasil sem necessidade de liberar ou não cassinos. E que o jogo já é legalizado, há as apostas em sites gringos, as corridas de cavalo, raspadinhas, loterias e por aí vai.
Contra, a bancada evangélica, e olha que o atual prefeito do Rio de Janeiro, bispo Marcelo Crivella (Republicanos) já deu várias declarações a favor da liberação dos cassinos. Afinal, é o cassino que pode retornar o Rio de Janeiro a uma época de ouro.
O pastor Marco Feliciano (PSC-SP), e um dos líderes da Frente Evangélica, disse que o grupo é totalmente contra a ideia e que não há possibilidade de negociação. Afinal, o jogo leva ao vício e destrói uma família. Só que o desemprego e a pobreza destrói muito mais.
Só no Rio de Janeiro o turismo pelos jogos de azar poderia injetar R$ 27 bilhões por ano. Para efeito de comparação, o Rock in Rio 2019 movimentou R$ 1.7 bilhão. E em tributos o Brasil poderia arrecadar R$ 58 bilhões.
O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ), em matéria da Folha, também joga contra o Estado que lhe dá votos e diz que o deputado evangélico que apoiar a legalização de qualquer modalidade de jogo de azar terá um enorme desgaste no seu eleitorado. Diz que a Bíblia seria contra… mas não há nenhum trecho do livro sagrado para cristãos proibindo ou permitindo os jogos de azar. Ligado ao Pastor Silas Malafaia, diz que o cassino abriria a porta para lavagem de dinheiro, crime pelo qual seu líder já foi indiciado em 2017.
A Folha também mostra que não são apenas os evangélicos contra a liberação do jogo, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e também diz que os cassinos podem ser instrumentos para que recursos provenientes de atividades criminosas assumam o aspecto de lucros e receitas legítimas.
Ao que parece, tanto os evangélicos e os bispos católicos, creem que vivemos em um Brasil que não há crime organizado, nem lavagem de dinheiro. E que essa passaria a existir só porque liberaram alguns cassinos.
Para o advogado Witoldo Hendich Júnior, especialista em regulamentação de jogos, “O discurso que afirma que o jogo faz mal para o país é desprovido de ciência e de argumentos técnicos”.
Além de Crivella, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), é favorável a liberação dos jogos. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu aval ao seu filho, Eduardo Bolsonaro (PSL) em setembro de 2020 para entrar nas articulações para autorizar cassinos no Brasil. É o segundo filho do presidente da República a se envolver na liberação da jogatina, de acordo com O Antagonista. Em janeiro, o senador Flávio Bolsonaro esteve em Las Vegas, onde encontrou com Sheldon Adelson, magnata dos cassinos, e voltou encantado. Estavam com ele o deputado Hélio Lopes e o presidente da Embratur, Gilson Machado, empresário do setor hoteleiro no Recife. Machado é defensor e interessado na defesa da liberação dos cassinos. Voltaram com dados, de novo, econômicos. Nos Estados Unidos, a indústria dos jogos gera 1,7 milhão de empregos em mais de duzentas profissões e remunera seus trabalhadores em 74 bilhões de dólares por ano.
A novidade agora é, de acordo com o Blog do PCO, é que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (foto), tenta superar os entraves políticos para colocar em votação, ainda neste ano, o Projeto de Lei que regulariza os cassinos resorts no Brasil. A votação pode ocorrer após as eleições municipais, que se encerram em 29 de novembro.
No fim de 2020 o Congresso voltou a discutir a liberação dos jogos de azar no Brasil.
a burrocracia brasileria e coisa seria!
Não sou contra os casinos, mas acredito que eles deveriam ser instalados em áreas que não tenham outros atrativos. Las Vegas, por exemplo, era um lugar onde ninguém ia antes dos jogos. Seria uma forma de levar renda e Turismo para áreas remotas do Brasil, oportunidades para aquelas famílias que precisam deixar suas raízes pra migrar pra cidade grande. No RJ poderia ter, mas em areas como Baixada, pois colocar casino em Leblon e Ipanema não vai ajudar na infraestrutura de outras localidades.
Toda moeda tem dois lados: há pontos positivos e negativos que sempre acontecem com a liberação do jogo, porém os cassinos movimentam a economia de muitos países, trazendo muitos empregos em diversas áreas.
Do jeito que funciona no Brasil, com o jogo clandestino, só favorece os mesmos criminosos de sempre e estimula a contravenção…
Se os cassinos forem oficiais, darão emprego a muita gente, desde croupiers, garçons, cozinheiros, atendentes, manobristas, administradores, músicos, artistas, gente do show business… Jogo é negócio e assim deve ser encarado: como negócio muito rentável.
Por isso mesmo, deve ser institucionalizado, como nos países que prosperam explorando esta área, e assim deve ser explorado no Brasil, com leis e regras pertinentes e rígidas.
Não sei se este projeto no Porto seria o melhor para o Rio de Janeiro, mas há muitos lugares pela cidade que comportariam diversos cassinos, com shows e muito entretenimento incluídos.
A legalização dos jogos no Brasil poderá movimentar cerca de R$ 55 bilhões e arrecadar 16 bilhões por ano para os cofres públicos. Gostaria de salientar que o Brasil é um dos raros países das Américas a proibir o jogo, fomentando assim todos os tipos de jogos ilegais.
O ex-presidente do Instituto Brasileiro Jogo Legal, Maginho José, proferiu uma exposição assertiva, na qual não faltaram dados e análises estatísticas: “É inconcebível que uma atividade que movimenta cerca de 19 bilhões de reais por ano no país não tenha uma contrapartida para o Estado e para a sociedade, por falta de regulamentação”. Segundo estimativas expostas, o setor tem potencial de representar 1% do PIB nacional.