Quando não é a luminária que despenca aos pés dos usuários, são os pombos que fazem uma verdadeira cachoeira de fezes na entrada do hall de embarque do Terminal das Barcas da Praça XV, no Centro do Rio. A ave já foi vista, mais de uma vez, em cima da caixa de som, mas o perigo vai além de uma rajada incômoda: Os dejetos trazem risco à saúde, de doenças como a letal Criptococose, que também é conhecida como meningite do pombo. E limpar que é bom…também não acontece.

Em março, o DIÁRIO DO RIO denunciou a queda de uma luminária LED junto ao embarque da mesma estação. Embora a CCR Barcas, concessionária que administra o local, já tenha recebido mais de R$ 288,3 milhões por indenizações dos cofres públicos, o descaso ainda é evidente e sequer uma nova luminária foi reposta no lugar da que despencou no mês passado. Também estão previstas mais três parcelas de R$ 153 mi, ao total, e mais quatro parcelas, sendo que uma delas, pode bater R$ 200 milhões com a correção monetária. No mês passado, a tarifa da viagem aumentou para R$ 7,70, ficando 11,6% mais cara.

Para a moradora de Niterói Renata Pires, de 52 anos, o estado da estação é de desprezo com o usuário. “Nem de graça é e tenho vergonha, mas preciso do transporte para evitar o trânsito. Mas, já pensou chegar suja em um compromisso?“, questiona.

Em nota, a CCR Barcas informa que existem rotinas normativas e diárias de limpeza em todas as estações. “Na Praça XV, a presença de pombos é comum e o fato de a estação ser aberta, facilita o acesso e a permanência das aves. Por conta disso, em pouco tempo, o local fica sujo novamente. Em alguns pontos específicos, em pontos mais altos da estação, essa limpeza é feita após o término da operação, já que envolve a necessidade de escadas e outros equipamentos de segurança necessários para trabalho em altura“, completa a concessionária.  

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