Rio de Janeiro completa 458 anos de fundação

Em quase cinco séculos de existência, o Rio coleciona muita emoção, história e vivência. Neste 1° de março comemora seu aniversario com um evento no Centro Histórico, que testemunhou o nascimento da civilização brasileira

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Parque Bondinho Pão de Açúcar / Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Em 1502, após a chegada dos portugueses, um velejador chamado Gaspar de Lemos navegou através do Pão de Açúcar e avistou a famosa Baía de Guanabara. Foi aí que o local que hoje chamamos de Rio de Janeiro foi “descoberto”. Porém, apenas no dia 1° de março de 1565 o Rio de Janeiro foi oficialmente fundado, por Estácio de Sá, e batizado como São Sebastião do Rio de Janeiro. E nesta quarta-feira (01/03), essa história faz aniversário, o Rio de Janeiro apaga suas velinhas e completa 458 anos de fundação.

E para comemorar, o Prefeito do Rio, Eduardo Paes, irá realizar um super evento de aniversário da cidade bem na esquina da Rua do Mercado com a Rua do Ouvidor, no Centro Histórico, às 18h. Logo ali na região do Paço Imperial, onde o Brasil como o conhecemos nasceu, com a vinda de Dom João VI e a transformação de nossa cidade na única capital de um império europeu fora do velho mundo. Além da festa, Paes, ao lado do atuante subprefeito Alberto Szafran, vai inaugurar o primeiro trecho do programa de iluminação histórica do Centro do Rio, considerado o berço da civilização brasileira.

Capital do Brasil

Em cinco séculos de existência, o Rio coleciona muitas emoções e vivências.

Em 1808, a família real portuguesa veio para o Rio de Janeiro, a cidade se tornou capital do Império Português (com o Brasil elevado a Reino Unido) e eventos importantes, que contam a história do Brasil Real e Imperial, aconteceram nas ruas do Rio. Por exemplo, em 1818, no Centro, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, na esquina da Sete de Setembro, ocorreu a aclamação de Dom João VI como rei de Portugal, Brasil e Algarves. Os convidados viram o príncipe europeu se tornar rei fora de seu continente — isso nunca ocorreu em outro lugar.

Também foi na Igreja do Carmo que dois Pedros foram coroados imperadores, depois que o Brasil declarou independência de sua “metrópole”, em 1822, deixando de ser colônia. Ali ao lado, no Convento do Carmo, morreu Dona Maria Primeira, mãe de Dom João e única monarca européia a morrer por aqui.

Alguns anos mais tarde, em 1889, a capital do Império assistiu à queda da monarquia, com o golpe militar de 15 de novembro. A transição da Monarquia para a República começou em 1889 e a grande transformação do país só acabou, efetivamente, em 1930. Na época, a cidade, com a Proclamação da República, tornou-se a capital federal; antes era “município neutro”.

O Rio de Janeiro manteve sua posição até a inauguração de Brasília, como capital da república em 1960. Assim, o Rio de Janeiro já foi capital de reino, império e até da república.

Centro e a construção do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro, como mostram os fatos históricos, sempre foi relevante para a cultura e a economia do país.

Antes de se tornar capital, o Rio já era de extrema importância para o desenvolvimento do Brasil. O começo do Rio, como conhecemos hoje, foi, de acordo com as cartas dos portugueses, no Morro de São Januário, mais tarde conhecido como Morro do Castelo, e depois na Praça Quinze ou Largo do Paço – que até hoje é Centro vital e cultural do Rio. Além disso, a região Central também concentrou o primeiro sinal de urbanização do Rio, com uma estrada construída no século XVII para levar a produção de açúcar ao Porto do Rio.

Também em meados do século XVII, o comércio marítimo transformou o porto e as imediações do Largo do Carmo, atual Praça XV, em centro econômico e administrativo do Rio setecentista. Nesta época foi construido o Arco do Teles, ultima construção do tipo remanescente na cidade, onde, aliás, fica a sede do DIÁRIO DO RIO.

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A atual Praça XV, palco da Revolta da Cachaça

Grandes eventos

Outros grandes eventos aconteceram na Cidade Maravilhosa e podem ser listados aqui, como: a cidade foi palco principal dos movimentos abolicionista e republicano na metade final do século XIX. Assistiu à Revolta da Vacina, em 1904; recebeu a Exposição Internacional comemorativa do Centenário da Independência do Brasil (1822-1922); sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992; os jogos panamericanos em 2007, a Copa do Mundo de 2014; e os Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Até mesmo uma convenção internacional de Art Déco já foi recebida no Rio, pois a Cidade Maravilhosa é dona do maior monumento neste estilo arquitetônico no mundo: o Cristo Redentor. Desde 2012, parte da cidade foi designada pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade; e, em 2019, recebeu o título de primeira Capital Mundial da Arquitetura.

A cidade é um dos destinos turísticos mais procurados pelos viajantes. Musa de artistas, pintores viajantes e artesãos, chegou a inspirar toda uma coleção do maior mestre vidreiro da história, Émile Gallé. Apresenta uma intensa vida cultural, redes de lojas, museus, praias – como Copacabana, Ipanema e Leblon – gastronomia de ponta e parques, além da maior floresta urbana do mundo. É uma Cidade Maravilhosa!

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