Antigo reduto do movimento negro no Rio de Janeiro, o Renascença Clube, localizado no tradicional bairro do Andaraí, na Zona Norte, se mantém até os dias de hoje como a vanguarda carioca das tradições afrodescendentes e do samba de raiz.
Fundado na década de 1950 por um grupo de negros de classe média que, impedidos de ingressar em clubes tradicionalmente frequentados por famílias brancas, resolveu criar uma agremiação onde as famílias negras pudessem se reunir e se divertir em uma harmoniosa convivência social e cultural, na qual não fossem, portanto, discriminados.
Atualmente, não é exagero dizer que o “Rena” (como carinhosamente é chamado pelos frequentadores) é palco de uma das maiores rodas de samba do país. Um evento que reúne grandes personalidades do samba e atrai cariocas e turistas.
Nas segundas-feiras – tradicional dia de folga dos músicos que tocam em rodas de samba – um grupo de sambistas, sob o comando do músico e compositor Moacyr Luz, promove o Samba do Trabalhador, roda que é referência para os apreciadores do estilo, e, que é considerada por muitos como a melhor da cidade.
A ideia de reunir músicos nas tardes de segunda-feira, partiu de Moacyr Luz, que junto a diretoria da associação, abriu as portas para que a folga de segunda torna-se a mais badalada roda de samba da cidade, alcançando um sucesso fulminante.
Os trabalhadores músicos emprestam o seu dia de folga para outros trabalhadores, em um espaço acolhedor e com um repertório que abrange sucessos de todas as épocas do estilo de música mais popular do Brasil. O Samba do Trabalhador serve também como ponto de encontro para gerações de sambistas.
Na roda de samba, a presença de sambistas consagrados, como Luiz Carlos da Vila, José Luís do Império, Marquinho Sathan, Galera do Fundo Quintal, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Toninho Geraes, Tantinho da Mangueira e muitas outras estrelas, abrilhantam ainda mais o evento que há anos é sucesso de público e contribui para a manutenção da cultura de samba na cidade.
A história do Samba do Trabalhador foi registrada pelo jornalista Daniel Brunet em um livro documental que revela os bastidores do evento semanal que entrou para a história do samba. O pós Samba do Trabalhador está chegando com uma nova geração que se desenha com grupos de samba, inclusive alguns com o conceito dos anos 1980 que era a consciência cultural proposta de resgate e valorização que os jovens buscavam nos anos 1970 dentro do clube.
SERVIÇO:
Quando:Segunda-feira, às 17h.
Endereço: Rua Barão de São Francisco, 54, Andaraí
[…] #Riodesamba: ‘Samba do Trabalhador’ batendo ponto toda segunda WhatsApp Facebook Twitter Linkedin Email Telegram Quintino Gomes Freirehttps://diariodorio.comDiretor-Executivo do Diário do RIo e defensor do Carioca Way of Life […]
Melhor roda de samba ,que já fui.
Adoro, é muito bom.
Vou quase sempre.