Rodrigo Bacellar e Eduardo Paes trocam acusações e elevam o tom em disputa política

Deputado e presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, rebate acusações de extorsão feitas por Eduardo Paes e desafia prefeito para um debate público.

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Eduardo Paes comemora reeleição no Parque Oeste — Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo

O clima político entre o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), esquentou nesta quinta-feira (10/10) com uma troca de acusações públicas. Durante uma sessão plenária da Alerj, Bacellar elevou o tom contra Paes, chamando-o de “vagabundo” e afirmando que o prefeito estava acusando o parlamento de extorsão. As informações são de Vitor D´Avila/Tempo Real RJ.

O atrito começou após Paes, em entrevista após sua reeleição, sugerir que Bacellar e outras lideranças da Alerj estariam praticando extorsão contra o governador Cláudio Castro (PL). Paes teria sugerido que o parlamento estaria interferindo no governo de Castro com “ameaças” e “extorsões”.

Bacellar desafia Paes para um debate

Durante a sessão, Bacellar não poupou palavras e desafiou Paes a enfrentar suas acusações cara a cara.
“Venha na minha frente e fale” disse Bacellar, propondo um debate em praça pública. “Cite meu nome e me acuse, mas respeite o parlamento, porque ninguém aqui faz extorsão, muito menos ameaça.”

Ele ainda acusou a Câmara Municipal de ser “subserviente” à prefeitura, uma crítica que também atingiu o presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD).

Resposta de Bacellar

Bacellar prosseguiu com sua defesa, afastando rumores de que poderia se candidatar ao governo do Estado em 2026, posição que Paes já está cotado para disputar. Bacellar admitiu que, no entanto, almeja uma indicação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas negou que tenha interesse em concorrer ao governo estadual. “É uma pena que daqui dois anos não vou estar mais aqui, gostaria muito de confrontar esse rapaz” disse Bacellar.

Revelações sobre bastidores políticos

O presidente da Alerj também trouxe à tona detalhes de conversas privadas com Paes, afirmando que o prefeito teria feito críticas ao PT, ao presidente Lula e ao ex-presidente da Alerj, André Ceciliano. “Ele foi me cumprimentar no Palácio Tiradentes e me chamou para almoçar. No almoço, meteu a porrada no Lula e no Ceciliano”, revelou Bacellar.

A resposta de Eduardo Paes

Em resposta, Paes voltou a criticar Bacellar em suas redes sociais, reiterando as acusações e pedindo ao governador Cláudio Castro que enfrente a situação. “Essa gente lá e eu cá! A ‘cosa nostra’ vai se agitar! Eles sabem a que me refiro! Enfrente-os, governador! O Rio agradece!”, escreveu Paes.

Acusações de extorsão

A polêmica começou após Paes declarar, em entrevista ao jornal O Globo, que Cláudio Castro precisa “dar um basta” na interferência da Alerj no governo estadual. Paes afirmou que o governador deveria buscar apoio de setores da oposição para evitar ser refém de extorsões. Quando questionado sobre se Bacellar estaria envolvido nessas práticas, Paes respondeu que “é a liderança da Alerj” e que “o presidente, por óbvio, é um deles”.

A troca de acusações promete continuar alimentando a tensão política no Rio de Janeiro, com desdobramentos esperados nas próximas semanas.

O que diz a Câmara

A Câmara do Rio enviou uma nota declarando que a cidade se orgulha de ser uma capital em que os três poderes funcionam como reza a nossa constituição: independentes e harmônicos. Reiterou que a Câmara Municipal, nestes últimos quatro anos, foi fundamental para o resgate da cidade, como no Reviver Centro e na requalificação do BRT.

Reforçou ainda que o parlamento vem trabalhando muito em prol dos cariocas, e continuará assim pelos próximos anos. Com diálogo, harmonia e independência.

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