O relógio marca o início de tarde na Lagoa Rodrigo de Freitas e é época de férias, mas as belezas do local são ofuscadas por descarte incorreto de lixo no espelho d’água, que acumula embalagens de isopor de quentinhas, copos plásticos e cocos verdes boiando.
O flagrante foi feito na terça-feira (03/01) pelo ambientalista Mário Moscatelli e chamou a atenção do subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle, que tem feito ações para reprimir o comércio ilegal de refeições e bebidas na localidade.
Valle lamenta a falta de organização dos vendedores clandestinos, que não trariam sequer lixeiras para os clientes, ainda mais para uma demanda além do planejado, já que são ilegais. “Independente de ter lixeiras ou não, é preciso ter educação das pessoas, sejam vendedores ou consumidores. Muitas vezes, os vendedores de quentinha colocam um saco, os clientes colocam lá, mas, ao fim, o próprio ambulante de refeições descarta pelo local, incapaz de colocar em uma lixeira maior. Ou então, o consumidor que joga. É questão de respeito”, opina Valle.
Ainda segundo o subprefeito, as lixeiras instaladas pela Comlurb, tipo papeleiras, são alvo de vandalismo e furto, porém garante que a Prefeitura tem feito esforço para repor o material. Em uma entrevista ao DIÁRIO DO RIO, Flávio Valle afirma que os “vendedores” de quentinhas clandestinas, na verdade, são revendedores e que a procedência dos ingredientes das refeições, em especial os mais caros, podem ser fruto de atividades criminosas como roubo de cargas.
Valle ainda ressalta que há suspeita de que o mercado clandestino de refeições se assemelharia a uma milícia. Além disso, em outra matéria do DDR sobre o assunto, uma especialista em Segurança de Alimentos aponta riscos à saúde que podem ocorrer com higienização incorreta, manipulação da comida e até armazenamento, podendo gerar hospitalização de quem a consome.
Pela notícia aprendemos que o problema é a venda de quentinhas. A incivilidade de jogar o dejeto na lagoa não é o problema.
Para Bens!
Nota para a notícia: dó.