TRE vai apurar caso do fiscal que sacou arma ao apreender material de campanha em Anchieta

Tribunal Regional Eleitoral do Rio emitiu comunicado comentando o ocorrido deste sábado (31/10)

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Fiscal do TRE armado com pistola ameaça candidatos a vereador do Rio (Foto: Reprodução Facebook)

Após um fiscal do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) sacar uma arma durante a apreensão de materiais de campanha de candidatos a vereador do PSB na manhã de sábado (31/10), em Anchieta, na Zona Norte do Rio, o TRE-RJ, informou que o incidente será “apurado com rigor“.

Sobre a ação do fiscal, e o fato dele estar em posse de uma arma de fogo, o Tribunal disse que  “Boa parte dos fiscais eleitorais são cedidos pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Uma medida importante para garantir a segurança das próprias equipes e também a ordem pública“.

Ainda segundo o TRE, mesmo cedidos à Justiça Eleitoral, esses policiais mantêm os deveres de ofício, agem na garantia da lei e têm porte de arma”.

Em relação a ação do fiscal, que ameaçou os candidatos a vereador com a pistola, o órgão destacou que “Tudo indica que o policial tirou a arma porque havia uma ameaça de injusta agressão. Mas o incidente será apurado com rigor e, caso seja constatado qualquer tipo de abuso, tomaremos as providências“.

Veja o momento em que o fiscal do TRE saca a arma e ameaça os candidatos a vereadores:

Confira a íntegra do comunicado do TRE

“Numa operação de rotina realizada neste sábado (31), a equipe de fiscalização da 4ª Zona Eleitoral flagrou uma barraca irregularmente instalada em frente a um supermercado por militantes do Partido Socialista Brasileiro (PSB), no bairro de Anchieta, município do Rio de Janeiro. Havia ainda uma caixa de som e um boneco de aproximadamente dois metros, que fazia uma sátira ao prefeito e candidato a reeleição Marcello Crivela (PRB). Houve resistência e desacato de alguns cabos eleitorais, quando o material irregular começou a ser recolhido pela equipe do TRE-RJ, formada por policiais militares cedidos para atuar como fiscais eleitorais.

Responsável pela fiscalização da propaganda eleitoral na Capital, a juíza da 4ª ZE Luciana Mocco esclareceu que boa parte dos fiscais eleitorais são cedidos pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. “Trata-se de uma medida importante para garantir a segurança das próprias equipes e também a ordem pública”, disse. “Mesmo cedidos à Justiça Eleitoral, esses policiais mantêm os deveres de ofício, agem na garantia da lei e têm porte de arma”, lembrou a magistrada, numa referência ao fato de, ao se sentir intimidado, um dos fiscais ter segurado a arma, sem porém apontá-la aos militantes. Antes, os fiscais haviam se apresentado aos cabos eleitorais, esclareceram as irregularidades e fizeram as orientações devidas. Só então, eles começaram a recolher o material.

“Tudo indica que o policial tirou a arma porque havia uma ameaça de injusta agressão. Mas o incidente será apurado com rigor e, caso seja constatado qualquer tipo de abuso, tomaremos as providências”, esclareceu a juíza eleitoral Luciana Mocco. Em logradouros públicos, a legislação eleitoral permite exclusivamente o uso de bandeiras e a colocação de mesas para distribuição de material de campanha, desde que não atrapalhem a circulação de pessoas e veículos (artigo 37, parágrafo 6º da Lei 9504/97). Por isso, estavam irregulares a instalação da barraca em plena calçada para distribuir propaganda e o boneco de grandes proporções.”

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp TRE vai apurar caso do fiscal que sacou arma ao apreender material de campanha em Anchieta

1 COMENTÁRIO

  1. Como sempre, a notinha do Tribunal passando o pano como era de se esperar…
    Vejam bem a justificativa da operação:
    – Barraca irregularmente instalada – ora, isso (uso irregular do espaço público) não é competência Municipal?
    – Caixa de som e boneco com sátira ao Prefeito… Isso é crime de que(??) Não são feitas sátiras entre os candidatos sempre(???)
    Já o uso e abuso da máquina pelo candidato que quer se eleger nenhuma ação (!!) A emissora do tio (bispo) faz campanha velada em jornais da grade.
    A fim de passar o pano para o policial sacar a arma, a nota justifica por supostamente se sentir intimidado e revela se tratar de agente cedido pela PM (o que eu havia levantado na matéria)…
    Quanto a essa parte, tenho as seguintes considerações.
    Ora, não é proporcional a ação do policial sacar a arma sem uma agressão ou iminência. Sentir intimidado é uma desconexão em se tratando, supostamente, de agente bem preparado.
    E se é importante a cessão de policiais pela PM (na verdade desvio de função para ganharem dobrado, pois se precisasse de apoio, bastaria requisitar por ofício) e eles mantém os deveres, então precisa andar fardado ou devidamente identificado…
    Enfim, como eu disse antes: esse Judiciário como o Ministério Público estão cheios de policiais cedidos. Somado com o fato dos membros desses órgãos serem de origem das classes dominantes, temos as forças do estado perseguindo campanhas coletivas de candidatos nenhum pouco associados aos poderosos.

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui