O deputado federal Wladimir Barros Assed Matheus de Oliveira, conhecido como Wladimir Garotinho, filho dos ex-governadores do Estado do Rio de Janeiro, Anthony e Rosinha Garotinho, e irmão da deputada federal Clarissa Garotinho, foi o escolhido pelos campistas para governar Campos dos Goytacazes pelos próximos quatro anos. A mãe dele, Rosinha, também foi prefeita de Campos. Wladimir recebeu – até o momento – 119.782 votos.
Caio Santos Vianna, que disputava o segundo turno com Wladimir, liderou boa parte da apuração dos votos, mas Wladimir acabou virando e foi eleito. Caio recebeu – até o momento – 107.859 votos. A apuração ainda não terminou, mas 98% das urnas já foram apuradas. Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, mais de 105 mil eleitores não votaram.
Candidatura indeferida
As eleições do município de Campos dos Goytacazes foram marcadas por ações da justiça contra o filho dos ex-governadores do Rio Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho. Na véspera do primeiro turno, o juiz da 76ª Eleitoral de Campos, Angiolis Gaudard, determinou que o nome de Wladimir Garotinho constasse no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) como deferido. No entanto, no site do Tribunal Superior Eleitoral do Rio, sua candidatura se manteve como “anulada sob júdice”.
A impugnação de sua candidatura ocorreu por causa do seu vice, Frederico Paes, que foi barrado na Justiça Eleitoral por descumprir o prazo de desincompatibilização. A alegação é que o empresário permaneceu como diretor do Hospital Plantadores de Cana (HPC) e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Estabelecimentos de Saúde da Região Norte Fluminense (SindihNorte) fora do prazo exigido pela legislação eleitoral para deixar o cargo. O pedido de impedimento foi feito pelo candidato Dr. Bruno Calil.
O Ministério Público do Rio de Janeiro também apresentou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra Wladimir Garotinho na última sexta-feira, dia 27. Segundo o MP, Garotinho publicou em sua página no Facebook, ainda impulsionando a publicação, um texto com informações que não procedem sobre seu adversário ao se tratar de problemas da atual administração municipal. Por esse motivo, o órgão chegou a pedir a inelegibilidade de Garotinho.
“Assim, resta claro que referida publicação teve como objetivo atingir a imagem do seu concorrente de 2º turno, o candidato Caio Viana, através da divulgação de informações falsas, que vinculavam o atual Prefeito Rafael Diniz ao candidato Caio Vianna, dizendo que os dois estariam fazendo ‘ameaças aos funcionários’, numa clara tentativa de enganar os eleitores“, diz a apresentação do documento enviado pelo Ministério Público.
[…] segundo turno, dois candidatos sub júdice tiveram maioria dos votos: Wladimir Garotinho, do PSD, de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, e Rubens Bomtempo, do PSB, de Petrópolis, […]