Não é de se admirar, para quem acompanha os jornais e blogs, que faltando um ano e um mês para o fim de seu mandato Sérgio Cabral esteja batendo recorde de impopularidade. De acordo com a pesquisa Datafolha o governador é considerado ótimo+bom por apenas 20% dos eleitores do estado, ano passado eram 55%!
Entre os mais ricos e escolarizados a impopularidade é ainda maior, apenas 16% de ótimo mais bom e 43% consideram seu governo ruim ou péssimo, no total são 38%. Novamente, ano passado eram 12%!
Já o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), também não está bem, pouco melhor que Cabral já que segurou o sangramento iniciado em junho com as manifestações. Na pesquisa Paes é aprovado por 30% e reprovado por 33% dos cariocas e 36% consideram regular.
Olha que a dupla gasta os tubos em propagandas, o Bruno Kazuhiro fez uma boa leitura com as razões para impopularidade da dupla. Acho que este vídeo do Porta dos Fundos também ajuda a explicar:
Sérgio Cabral candidato ao Senado em 2014
Hoje Sérgio Cabral praticamente confirmou sua candidatura ao Senado em 2014 durante uma inauguração no Méier:
Companheiros têm me estimulado muito para disputar o Senado. O Senado é a Casa da federação. Essa questão não cabe a mim, cabe ao conjunto de aliança de partidos. Vou colocar meu nome à disposição
Para ser candidato Cabral terá de renunciar, provavelmente em 31 de março, fazendo então que Pezão assuma e ganhe toda a visibilidade como governador, além de impossibilitar que ele fosse candidato a reeleição em 2018, permitindo assim que todos os outros pré-candidatos do partido trabalhem com mais afinco. Claro que para isso Pezão terá de sair dos seus atuais 5%.
Quanto a ser impopular e candidato ao Senado não fará que Cabral deixe de ser favorito. Além de ser governador, a eleição para o Senado não tem 2º turno e os atuais 20% de ótimo+bom podem ser o suficiente para que consiga a cadeira e, convenhamos, até o momento não temos candidatos a senador, no máximo o Tio Carlos (SDD).
Vale lembrar que Cabral foi eleito Senador em 2002, juntamente de Crivella, renunciando em 2006 quando venceu a corrida para o Palácio Guanabara.