Bolsonaro chamou Witzel de ‘estrume’ durante reunião ministerial ocorrida em abril

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Witzel e Bolsonaro durante discurso à época em que eram próximos - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Foi divulgado na tarde desta sexta-feira (22/05), com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, o vídeo da reunião ministerial de 22/04 a qual o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, alegou que serviria como prova de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, estava tentando interferir na Polícia Federal (PF).

Durante a reunião, que teve clima tenso, Bolsonaro, entre outros assunos, chamou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de ”estrume” e disse que ele, o governador de São Paulo, João Dória, e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, por exemplo, querem a ”hemorroida” do Governo Federal.

”É de se preocupar com isso. Que os caras querem é a nossa hemorroida! É a nossa liberdade! Isso é uma verdade. O que esses caras fizeram com o vírus, esse bosta desse governador de São Paulo, esse estrume do Rio de Janeiro, entre outros, é exatamente isso. Aproveitaram o vírus. Tá um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta. Que quem não conhece a história dele, procure conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado! Né?”, disse Bolsonaro.

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Trecho do vídeo da reunião ministerial onde Bolsonaro chama Witzel de ”estrume”

De amigos a inimigos devido ao ”Caso Marielle”

Anteriormente próximos, devido a ideologias políticas parecidas, Bolsonaro e Witzel se tornaram inimigos no segundo semestre do ano passado, quando o presidente da República atribuiu ao governador do RJ o vazamento de informações à imprensa a respeito das investigações sobre a morte de Marielle Franco, ocorrida em março de 2018. Segundo Bolsonaro, Witzel tentou criar uma conexão entre ele e o assassinato da ex-vereadora.

Desde então, a relação ficou completamente estremecida e passou a um capítulo de troca de ofensas constantes. No último dia 04/05, por exemplo, Witzel criticou severamente Bolsonaro por sua ”falta de apoio” à democracia e sua postura em relação ao enfrentamento à pandemia do Coronavírus no país.

Uma semana depois, o governador foi ainda mais incisivo em suas críticas ao presidente e disse que Bolsonaro ”caminha para o precipício e quer levar com ele todos nós”.

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