Camelôs clandestinos fazem barricadas na Avenida Atlântica, que tem noite de Jacarezinho

Orla de Copacabana se transformou em cenário de guerra na noite da última terça (09), com agentes da Prefeitura e guardas municipais sendo atacados por vendedores ambulantes

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''Barricada'' de caixotes na Avenida Atlântica - Foto: Reprodução

Na noite da última terça-feira (09/05), a charmosa orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, se transformou em um verdadeiro cenário de guerra. Isso porque agentes da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e da Guarda Municipal (GM) sofreram uma emboscada por parte de vendedores ambulantes que atuam no local. A ação foi uma retaliação às recentes fiscalizações da Prefeitura para coibir camelôs clandestinos, que têm acarretado na apreensão de uma grande quantidade de produtos comercializados ilegalmente.

As equipes foram atacadas a pedradas na Avenida Atlântica, na altura da Rua Constante Ramos. Caixotes de madeira também foram utilizados para fechar a via, numa espécie de ”barricada improvisada”, e houve uma tentativa de incêndio, rapidamente evitado pela GM.

Vale ressaltar que um agente da Coordenadoria de Controle Urbano ficou ferido no olho, foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região e, posteriormente, encaminhado ao Hospital Souza Aguiar, no Centro. Paralelamente, uma viatura teve seu vidro quebrado.

”Essas ações foram orquestradas em represália às ações de ordenamento que nós fazemos na cidade como um todo. Vamos continuar trabalhando pela ordem do Rio de Janeiro e não admitiremos violência contra agentes públicos. Faremos valer a nossa autoridade de poder público”, destaca o secretário Brenno Carnevale.

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Ao todo, sete pessoas foram conduzidas à 13ª DP (Copacabana), sendo duas pela Guarda Municipal, uma pelo programa ”Rio+Seguro” e quatro pelo 19º batalhão da Polícia Militar.

Caos recorrente na orla mais famosa do mundo

Em 20/04, o DIÁRIO DO RIO denunciou que camelôs têm transformado a orla de Copacabana em um verdadeiro caos, com a realização de ”raves” noturnas diariamente, além da presença maciça de mendigos e usuários de drogas em frente a hotéis de luxo na Avenida Atlântica.

Após a reportagem, mais precisamente no dia 23/04, a Prefeitura realizou uma megaoperação na região a fim de combater o comércio e eventos clandestinos. Na ocasião, foram apreendidos diversos produtos vendidos ilegalmente.

Já na última quinta-feira (04/05), uma nova operação, dessa vez focada na repressão ao uso de crack, percorreu as principais vias do bairro e abordou 25 pessoas, a maioria com antecedentes criminais como roubo, furto, tráfico, receptação e Lei Maria da Penha. Com elas, foram encontradas e apreendidas armas brancas, entorpecentes, cachimbos de crack e trituradores de maconha.

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12 COMENTÁRIOS

  1. É complicado né porque você vê até em programas de televisão que as pessoas não tem como ganhar dinheiro e vão para a praia vender alguma coisa. Como se isso fosse algum tipo de solução. Daqui a pouco vai ter mais vendedor do que banhistas ou turistas.

    • A maior parte das pessoas emite opiniões rasteiras sobre a gestão da cidade sem entender a complexidade de seus problemas, e sem o mínimo de conhecimento sobre as soluções. Criticar é mais simples do que pensar, infelizmente!

    • Você estava aonde durante os 4 anos do Crivella? Quem acha que com Paes a cidade está abandonada deveria estar em Marte no período do Bispo, que não se ocupou com apenas abandonar o Rio, mas em destruí-lo. Paes até hoje está tentando reconstruir o que sobrou!

  2. Tudo bem, mas o camelô pode agredir o agente público? Pelo teor da reportagem houve uma operação de repressão e os camelôs retaliaram, atirando pedras e obstruindo o trânsito.Entendo que tudo passa pelo processo eleitoral. Vamos experimentar usar o voto para retirar de cena políticos populistas e demagogos? Quem sabe o quadro mudará.

    • Tudo bem, mas o Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro é o Eduardo Paes. Onde entra o Governador do Estado nessa história de ordenamento público Municipal?

  3. Triste para o endereço mais cobiçado do Rio, mas cena normal para o resto da cidade. Lei é para ser igual para todos. Tem seletividade pelo CEP, morro desce pro asfalto. Chega na praia também. #RIOFAVELA

  4. Se o camelô está sem licença ou se excedeu deve ser preso pela polícia e não agredido. Interessante que em Madureira não se consegue andar de tantos camelôs ilegais, mas lá a guarda não mete as caras. São covardes e estão achando que são policiais. Só zona sul, na zona norte eles nem aparecem. Covardes.

      • Sim. Claro que tem enormes problema de camelôs em Madureira, que nos impedem de passar livremente pela rua. Convém lembrar que os moradores do subúrbio do Rio costumam ser mais tolerantes com o comércio ilegal.

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