Megaoperação da Prefeitura em Copacabana atinge em cheio o comércio e eventos clandestinos

Após uma denúncia do DIÁRIO DO RIO, agentes da Prefeitura, realizaram um verdadeiro "choque de ordem" na orla de Copacabana, e causaram baixas severas ao comércio clandestino, que não tem controle sanitário e vende mercadoria falsa

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Após uma denúncia do DIÁRIO DO RIO sobre o caos urbano que acomete um dos principais pontos turísticos da cidade, agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP), realizaram, na noite de quinta-feira (20/04), uma mega operação de ordenamento no calçadão da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, buscando atacar o incontrolável comércio clandestino e a emissão de barulho por camelôs que organizavam uma espécie de festa “rave” espúria todas as noites.

O bairro, que vem sendo apelidado de “Plebéia do Mar”, encontra-se ainda tomado por mendigos e vendedores ambulantes ilegais, vendedores dos mais diversos tipos de mercadoria, dentre elas uma enorme gama de produtos falsificados e bebidas e alimentos sem procedência e sem controle sanitário de qualquer tipo. Todos os produtos clandestinos foram devidamente apreendidos pelos agentes, que atuaram com caminhões e camionetas para levar uma quantidade sem fim de carrocinhas, bebidas, comidas e produtos falsificados.

Engana-se quem imagina que a ilegalidade praticada pela camelotagem ilegal, que como sempre age à margem da lei, é o único problema da orla. O caos generalizado vinha sendo estimulado pela emissão – por diversos destes ambulantes, cada um deles tocando aos berros uma música diferente – de barulho em volume altíssimo sendo emitido mesmo após o horário permitido. Isso sem contar a quantidade chocante de sujeira deixada por catadores de lixo e a presença ostensiva de kombis receptadoras de ferro-velho que perturbam o sossego dos moradores, frequentadores e turistas da região.

Além disso, toda essa irregularidade causada pelo comércio informal – e criminoso, quando vende mercadoria falsa – tende a prejudicar o comércio local, que caminha dentro da legalidade e paga seus impostos . Muitas vezes os quiosques legalizados da orla, que sofrem constante fiscalização, acabavam levando a fama da barulheira insuportável que na verdade é emitida pela aparelhagem de som – sempre de péssima qualidade – dos ambulantes clandestinos. Sem contar que estes ambulantes, muitas vezes, comercializam o produtos similares aos vendidos nos quiosques por preços menores, sem qualquer garantia ou controle sanitário.

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Horácio Magalhães, presidente da associação Amigos de Copacabana, afirma que as operações de ordenamento ajudam, mas estão muito longe de resolver o problema. “Falta um trabalho de inteligência para identificar os locais onde os camelôs armazenam esses carrinhos e mercadorias. Afeta o ordenamento urbano do bairro, dando um aspecto de bagunça. Fora a concorrência desleal com os quiosques, bares e restaurantes da orla”.

Especialistas em segurança consultados pelo DIÁRIO citam que é sabido que as mercadorias ilegais dos camelôs costumam ser armazenadas em imóveis invadidos, como o da Av. Nossa Senhora de Copacabana entre Bolívar e Barão de Ipanema. Além disso, os criminosos esconderiam seus produtos falsificados em buracos na areia e também em carros arruinados que ficam estacionados pelas ruas internas do bairro. “Uma vez, vi da minha janela pessoas cavando um buraco na areia e enterrando um freezer velho, que passaram a usar para armazenar mercadoria”, diz Alcina Sobreira, moradora de um prédio na avenida Atlântica.

Para Tony Teixeira, líder da Associação de Moradores de Copacabana, essas ações de “choque de ordem” são fundamentais para que os frequentadores recebam do poder público, uma cidade organizada. “Isso afeta os outros bares e restaurantes, que pagam impostos, funcionários, aluguel e enormes despesas. É uma concorrência desleal”.

Em nota, a SEOP informou que realiza operações diárias de ordenamento no bairro, em conjunto com a Subprefeitura da Zona Sul para coibir ambulantes irregulares, desobstrução de logradouro público, estacionamento irregular, perturbação do sossego, entre outras irregularidades. E que a operação em questão acarretou na apreensão centenas de produtos, como quentinhas, isopores, bebidas, placas de publicidade, grelhas de churrasco, triciclos, bicicletas elétricas e souvenirs.

Em entrevista ao DIÁRIO DO RIO, o Secretário Municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, afirmou estar ciente das ínumeras denúncias de frequentadores da região sobre ambulantes com caixas de som, ocupando ilegalmente o espaço público. “Essas ações de ordenamento acontecem por toda cidade especialmente nas áreas em que concentram maior quantidade de comerciantes ilegais. Nós temos a orla da cidade como um patrimônio ambiental, cultural e turístico, não vamos tolerar desordens. Por isso a gente vai continuar fazendo essas operações e aplicando a lei, para que a gente possa viver em uma cidade em que as pessoas possam conviver harmonicamente”.

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12 COMENTÁRIOS

  1. Faz o L, é isso que eles querem bolsonaro iria colocar todos os camelôs legalizados.. E pagando uma taxa mínima para trabalhar na direção correta.. Mais roubaram nossos votos infelismente os bandidos que estão no poder, então agora é só fazer L..

  2. Sou a favor de colocar ordem, mas tem que ser feita de forma inteligente.
    Em Copacabana tem câmeras que registram tudo que acontece ali. Inclusive de onde vêm as mercadorias.
    Retirar estás pessoas dali sem cadastrar e lhe oferecer instrução e oportunidade não resolve o problema.

  3. O problema do bairro é muito maior, isso é só a ponta do iceberg. Pelos comentários dá pra notar essa desproporção, o foco das autoridades devia ser outro, mas pra um bairro que um dia já foi nobre e hoje se encontra largado, já é alguma coisa.

  4. Um absurdo pessoas defendendo o comércio ilegal de camelos, e pior ainda são os produtos impróprios para o consumo. Inútil dizer que concomitantemente ocorrem outros crimes configurados em assalto, e que o comercio ilegal é dos males o menor. Barulheira infernal, falta de respeito, e ai daquele que for reclamar com um vendedor ambulante…tá ferrado. A prefeitura tem que aplicar a tolerância zero.

  5. Dá para perceber o exagero na escrita do”jornalista” quando se trata do comércio de rua. Em todo o mundo existe esse tipo de comércio… Em alguns lugares chega a ser a atração do lugar. O comércio regular rouba com preços abusivos. A 51 do Copacabana palace é a mesma do camelo! Ao invés de apreender, poderiam açúcar ou multar se fragrado irregularidades… Infelizmente muitos desses camelos não terão a mente forte para recomeçar e irão para o tráfico!

  6. Diariodorio já que vcs gostam de fazer denúncias, Que acaba prejudicando as pessoas que estão trabalhando de verdade, porque vcs não aproveita e faz fiscalização com as suas câmeras para denunciar os gigantesco de assalto na orla e na nossa senhora de Copacabana? Na maioria das vezes que os guarda estão correndo atrás de Camelôs, e até mesmo agredindo, a molecada tá roubando, até não querer mais no calcadao, e ainda zoa com a nossa cara. Concordo que tem muitíssima coisa errada em Copacabana, porém essas operações acaba servindo somente para os ambulantes, enquanto as demais situações continuam do mesmo jeito. não vejo nada mudar, há não ser o Camelô que perdeu tudo para os guardas, que na maioria das vezes vai buscar, e acaba tomando prejuízo tbm, pois muitas coisas não são devolvida. Lembrando que nós ambulantes pagamos impostos sim, a partir do momento que compramos mercadorias para vender. Então o que serve para o ambulante do calçadão, tem que servir para as de mais situações tbm. E outra moro na zona norte, e trabalho na zona sul, eu não vejo as mesma operações pra cá, e olha que aqui é bem pior nem se compara. Só porque é ponto turístico, e de um bando de riquinhos, ai tem que ter limpeza pesada em tudo, obras que começam e acabam rápido operações da seop e várias outras coisas, tipo prioridade total por ser a zona sul, e os outros bairros que se lasque com seus problemas né. Queremos a reportagem pesada dos roubos gigantesco que tem na zona sul. A senhora morreu no domingo sendo vítima de roubo, eu achei que de segunda feira em diante, teria um policiamento pesado, só que infelizmente não foi o que eu vi. vi na segunda os guarda novamente tomando mercadorias e carrinhos de ambulante, e na quinta feira eles agredindo uma mulher. Só que isso pra vcs não interessa né seus hipócritas. quando for filmar e tirar fotos do calcadao, tira sim, mas tira foto e filma bem direitinho pra vcs enxergar a verdadeira putaria que rola em Copacabana, não filma só as barracas e carrocinha de trabalhador não. pois com tudo isso, vcs só está prejudicando as pessoas que realmente estão lá para ganhar o pão de cada dia. Outro detalhe, eu e varios Camelôs já fomos vítimas de ladrões no calçadao, por alerta pessoas que seriam vítimas deles. Eu mesma sofri retaliação de um que tem várias passagens, e uns 6 de menor, porque queria fazer vítima perto da minha barraca, por eu ter reclamado resolveram me ameacar, e o outro, com várias passagens, resolveu jogar várias pedra na minha direção, fui falar com os policiais, e ficou por isso mesmo. O outro que tbm me ameaçou porque queria que eu ajudasse ele com pix, só que o pix era de 20 reais, sendo que o estacionamento é 2,00, como eu não aceitei a deixar a vítima fazer pix para mim, o cara me ameaçou de uma forma pesada que fiquei até cismada de trabalhar. É tanta coisa errada que vejo, que não tem nada há ver com as carrocinha, que ultimamente nem ânimo eu tenho mais de andar e trabalhar em Copacabana, de tanta coisa errada que a gente vê, e o pior que só quem está trabalhando que sofre com essas operações que eu acho nada háver, justamente por só servir para ambulantes

  7. O argumento falacioso da concorrência desleal. Um vende caipirinha de 51 a 10 reais e o quiosque um negroni por 50…”concorrência”. Piada demais esse lugar.

  8. Quero ver subir o morro e fazer apreensão lá em cima. Garanto que tem bastante coisas ilegais por lá. Mas não neh!? Preferem atrasar lado de trabalhadores que estão ali correndo atrás do pão de cada dia.

  9. O Rio de janeiro é abandonado em todas as regiões, a guarda municipal quando foi criada tinha operações em todos os bairros hj vc não vê mais, penso que estão todos aposentados só aparecem para multar carro e rebocar, em acari tem uma feira que vende peças de carros roubadas, produtos de roubo de caminhões mesma coisa na feira da Pavuna na descida do metrô essa feira é tão grande que vc passa por becos entre as barracas, ocupam calsadas ruas e a prefeitura não faz nada, em Copacabana os comerciantes pagam impostos Pavuna também, tanto a prefeitura como o diário do Rio pode fazer uma pesquisa que vai achar o endereço da Pavuna, já fiz essa denúncia e nunca vi uma reportagem de vcs.

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